30 de dezembro de 2009

Desejo único para 2010

Para o novo ano que se avizinha, tenho apenas um único desejo :

- Que este seja em definitivo o ano em que todos daremos as mãos pelo nosso Planeta Terra.

28 de dezembro de 2009

Portugal Gourmet

Na maior parte das vezes em que se fala sobre o actual estado de crise nacional, e do desequilíbrio cada vez maior entre as nossas exportações e importações, tende-se a estabelecer paralelismos e/ou comparações com realidades distintas que se verificam noutros países, alguns até fora do espaço Europeu a que pertencemos.
É bem verdade que os bons exemplos se podem e devem de importar, independentemente da sua origem, mas não é menos verdade que muitas das vezes, o que funciona na perfeição noutra parte do globo, não funcionará necessariamente bem aqui em Portugal. Porque as realidades são distintas, a sociedade rege-se por outra ordem de valores, a economia conhece realidades totalmente distintas, o clima é diferente, etc. etc. etc.
Por tudo isto, prefiro sempre pegar em bons exemplos nacionais, com fórmulas mais que testadas e sustentadas em resultados francamente positivos, para que sirvam de verdadeiros “case-study” no sentido de repensarmos o país e nos tornarmos competitivos internacionalmente, com uma economia forte, ou pelo menos, menos fraca, e que nos permita ir mitigando a diferença assustadora que se tem acentuado em relação ao “comboio” dos restantes países da UE
Os mercados actuais absorvem, basicamente, dois tipos de produtos, o produto normalizado, produzido em massa e a preços altamente competitivos, e o chamado produto “gourmet”, o produto de qualidade superior, que não é produzido em larga escala, mas que tem o seu escoamento sempre garantido pelas classes alta e média-alta que consomem, até à exaustão, este ultimo tipo de produto.
Exemplo disso mesmo são os nossos Vinho do Porto e Vinho da Madeira,
Há anos que estes sectores não conhecem crises, que exportam muito bem e que vêem escoados todos os stocks.
Este é, por exemplo, um dos “case-study” a que me refiro. Não precisamos de ir lá fora para beber conhecimento que nos permita entender que passos devemos dar no sentido de criar produtos que sejam absorvidos pelos mercados externos e que signifiquem criação de mais valias para Portugal.
Portugal até é um país abençoado pelo clima e pela geografia, o que nos tem permitido produzirmos produtos de alta qualidade mas que nunca foram devidamente explorados com o objectivo de os tornar rentáveis através das suas exportações para os mercados externos, como aconteceu com os casos dos vinhos do Porto e da Madeira.
Então, pergunto eu, para quando a criação de regiões demarcadas que nos permitam criar condições para fazer elevar as cotações de alguns outros produtos Portugueses que já deviam de estar a ser devidamente produzidos e comercializados para os mercados externos ?
A cereja do Fundão, que é constantemente considerada como a cereja de maior qualidade produzida na Europa, a laranja Algarvia, de qualidade e sabor únicos, as maçãs do Oeste, também elas altamente conceituadas, o azeite, que de sul a norte é produzido em Portugal e que ganha ano após ano medalhas de ouro nos concursos internacionais, a carne Mirandesa e a de Arouca, também com vários prémios internacionais ganhos, o porco preto do Alentejo, o queijo dos Açores, os cogumelos e espargos de praticamente todo o interior do país …
Tudo isto são produtos de altíssima qualidade que poderiam e deveriam significar a saída de Portugal do marasmo em que nos encontramos e do constante afundanço na balança das exportações, por total inépcia dos nossos governantes e empresários.
Dada a reduzida dimensão do nosso território, jamais poderemos competir, em termos de preço e quantidade, com os grandes produtores Europeus como a França, Alemanha e até Espanha, mas podemos, e devemos, ser o país Gourmet desta Europa.
A matéria prima está, e sempre cá esteve, basta trabalhá-la.

22 de dezembro de 2009

Feliz Natal


Directamente do meu "enclave" Alentejano, desejo a todos um Feliz Natal, com muito amor, saúde e alegria.

17 de dezembro de 2009

Querido Pai Natal


QUERIDO PAI NATAL,

ESTE ANO LEVOU O MEU CANTOR E DANÇARINO PREFERIDO, MICHAEL JACKSON, O
MEU ACTOR PREFERIDO PATRICK SWAYZE E AS MINHAS ACTRIZES PREFERIDAS, A
NATASHA RICHARDSON E FARRAH FAWCETT......

SÓ QUERO LEMBRAR-LHE QUE O MEU POLÍTICO PREFERIDO É O SOCRATES....

OBRIGADO PAI NATAL.

p.s.
por sinal nenhum dos nomes referidos é meu preferido em coisíssima alguma, mas a piada chegou-me assim, e assim teria de a apresentar.

15 de dezembro de 2009

Regeneração da vida marinha na Arrábida

Decorria o ano de 1998 quando se procedeu à criação do Parque Marinho Professor Luiz Saldanha, inserido no Parque Natural da Arrábida. O parque compreende a frente marítima entre as praias da Foz e da Figueirinha, com uma extensão de 38 quilómetros de costa rochosa. Ao todo, são 53 quilómetros quadrados de área marinha.
O principal objectivo da criação deste parque foi o de garantir a conservação da biodiversidade e o futuro dos recursos pesqueiros nesta maravilhosa zona da costa Portuguesa.
Para o efeito, em 2005 o Plano de Ordenamento estabeleceu regras apertadas e rigorosas para todas as actividades que podem desenvolver-se nas diferentes zonas do Parque Marinho, pondo assim termo à pesca “selvagem” que quase vitimou definitivamente este verdadeiro santuário da vida marinha.
Em todo o Parque foi proibida a pesca comercial de embarcações não licenciadas, a pesca por artes de arrasto e por apanha comercial ou lúdica, a caça submarina e a navegação com motos de água.
Passados apenas 3 anos os resultados já começam a ver-se, e são evidentes os sinais de regeneração nesta que é considerada uma área única a nível nacional e europeu. Mais de mil espécies de fauna e flora marinha fazem deste pedaço de costa um paraíso para quem mergulha.
Este é verdadeiramente um exemplo a seguir em muitas outras zonas costeiras do nosso país, e que trará benefícios a curto, médio e longo prazo para todos, inclusive para os pescadores, que tanto se queixaram, mas que vêm agora os stocks pesqueiros da zona a aumentarem para níveis inimagináveis há 3 anos atrás.

14 de dezembro de 2009

Palhaça, esquizofrénica e inimputável.

Exceptuando algumas séries “fetiche” que passam nos canais cabo, das quais destaco o intemporal “Dr. Frasier” e a magnífica “Boston Legal”, apenas sou seguidor assíduo de outro programa de televisão, trata-se do já velhinho Eixo do Mal.
Assisto ao programa desde o seu início, sempre com interesse e com expectativa de colher mais alguma (boa) informação que nos é passada num formato que, pelo menos para mim, é interessante e bem disposto.
Os elementos que compõem o programa têm-se mais ou menos mantido, sendo que a substituição do jornalista José Júdíce pelo Pedro Marques Lopes se revelou numa perda de qualidade significativa para o programa.
Mas quem me leva a escrever aqui umas linhas é a “personagem” da Clara Ferreira Alves, que começa a fazer perigar a minha férrea vontade de seguir o Eixo do Mal.
Num altura em que muito se fala em palhaçadas, esquizofrenias e inimputabilidades, torna-se claro que esta Sra. é um verdadeiro 3 em 1 nessas características.
A forma absurda, desbragada e até assaz incorrecta como a referida Sra. se insurge, sempre que algum dos outros elementos critica o PS, tornou-se impossível de aturar, e realçam o seu lado esquizofrénico.
Se a crítica se situa mais concretamente em relação ao Sr. Dr. Mário Soares, ai então, caldo entornado, a Sra. torna-se claramente num ser inimputável e que jamais poderá ser levada a sério.
É uma pena que quem de direito na SIC não tenha já promovido a substituição desta Sra. por alguém que devolva a qualidade e a credibilidade a que o Eixo do Mal nos habituou.
Evitei aqui neste texto chamar a Sra. de palhaça, até porque acordar todos os dias com aquela cara não deve ser fácil, e era desnecessário “bater mais no ceguinho”.

10 de dezembro de 2009

Palhaçadas

Podem até chamar-me saudosista, mas eu ainda sou do tempo em que o Palhaço ia com o Coelhinho e o Pai Natal no comboio ao Circo.
Agora é que pelos vistos os Palhaços andam apenas pela Assembleia da Republica e de mãos dadas com esquizofrénicos.


9 de dezembro de 2009

De novo a doação de orgãos

No capítulo da Saúde o nosso governo apresenta comportamentos díspares para situações que são, ao fim e ao cabo, semelhantes, ou que pelo menos visam objectivos semelhantes.
Aquando da chegada ao País das primeiras remessas de vacinas para a Gripe A, o nosso elenco governativo, Ministra da Saúde e 1º Ministro em destaque, correram para a frente das câmaras de televisão para que todos pudéssemos ver, com os nossos próprios olhos, que a vacina era necessária, que era segura, e que, acima de tudo, era um dever que todos nós, enquanto cidadãos conscientes e preocupados com o bem estar geral do País, deveríamos seguir.
Pois bem, a mensagem passou e parece que a vacinação tem sido um sucesso. Para quem, ainda o tempo nos há de mostrar !
Depois disso, e noutra medida que visa, segundo a nossa Ministra da Saúde, a melhoria da qualidade de vida da população Portuguesa, sugeriu a abolição das Taxas Moderadoras para aqueles que, em vida, sublinho, EM VIDA, doassem órgãos.
Segundo a nossa Ministra, a doação de órgãos (após-morte ou em vida) é “…uma forma de participar na sobrevivência e qualidade de vida de muitas pessoas".
Perante tal posicionamento da nossa Ministra da Saúde e, não tendo ouvido qualquer comentário em contrário do restante elenco Governativo, em particular do Sr. 1º Ministro, começo a estranhar o facto dos dias se passarem sem que sejamos presenteados com imagens em directo, ao vivo e a cores, do nosso 1º Ministro e/ou da nossa Ministra da Saúde a sujeitarem-se a intervenção cirúrgica para doarem, ou um rim, ou um pulmão, ou outro qualquer órgão que entendam ser importante para melhorarem a qualidade de vida dum qualquer Português que esteja a necessitar de um desses órgãos.
Mas eu sou paciente, e vou continuar à espera, porque acredito que a nossa Ministra da Saúde e o nosso 1º Minstro, humanos e clarividentes como são, não deixarão de cumprir o seu dever, e serem, tal como fizeram com as vacinas para a Gripe A, os primeiros darem-nos tamanho exemplo de civismo.

3 de dezembro de 2009

Miudezas em troca de Taxas Moderadoras

A ministra da Saúde pretende a eliminação das Taxas Moderadoras para aqueles que sejam doadores de órgãos.

Isto quer dizer o quê ?

Que o Governo está mesmo disposto a chupar-nos até ao tutano, não ?

“Não queres pagar taxas moderadoras ?
Porreiro pá, deixas cá a rinzeira que a malta faz-te o desconto”

Vergonha de País este !

Pois a mim não me levam nada, a não ser os gases, que lhos dou de bom grado.

1 de dezembro de 2009

Desabafo

Entra-se e sente-se o peso desmesurado a espalmar-nos contra um chão sujo, não pelo aspecto higiénico, mas pelos passos de gente suja que o pisa.
O ar é irrespirável, sulfuroso, e parece não se mover há décadas.
É como se o ar fosse o elemento contaminador de tudo, como se fosse ele que descaracteriza as personalidades que o inalam e exalam vezes sem conta, o mesmo ar, vezes sem conta, dentro e fora, dentro e fora.
Aquele ar já passou pelas entranhas de todos, a cada inalação é como se sentíssemos as entranhas deste e daquele a espalharem-se por nós dentro.
É nojento, é angustiante, pior que isso é triste, muito muito triste.
É uma tristeza que vem de dentro, não é algo visível, palpável, não é como ver um amigo ou ente querido morto, é pior, é sentir que somos nós que estamos mortos, mortos por dentro, e pior que tudo isso, sem direito ao descanso que os mortos têm.
Ser morto sem sossego e ter de viver morto com os olhos abertos e sentir tudo isto é tortuoso, é indigno e é a pior forma de morrer vivendo.