28 de julho de 2010

Coerência Socrática.

Quando se faz vida através duma postura política ziguezagueante, sempre em busca das simpatias e dos interesses do momento, o que acaba por vir ao de cima é a total incoerência das pessoas.
Nesse capítulo, Sócrates é rei e senhor. A confirmar isso mesmo, temos agora a "sua" vitória de Portugal sobre a Espanha, no negócio entre a PT e a Telefónica.
Para quem dizia, no início da legislatura, que as três prioridades para Portugal eram Espanha, Espanha, Espanha, o senhor apresenta-se um nadinha bélico para com os nuestros hermanos.

21 de julho de 2010

Ei-los de volta.

Acordei com um mau estar tremendo, uma sensação de tristeza profunda, de perda, de angústia. Deixei-me ficar deitado, tentando lembrar-me de algo que por ventura explicasse tamanho mau estar. Não me ocorreu nada.
A meu lado, a minha mulher dormia profundamente, com aquele semblante lindo, sereno, pelo qual me apaixonei há uma vintena de anos. Levantei-me e espreitei o quarto do miúdo, também ele dormia o sono dos justos, tudo tranquilo, portanto. Fui à cozinha beber o meu matinal copo de água, pouco passava das 6 da manhã e o sol prenunciava mais um esplendoroso dia de Verão, o céu azul estava salpicado aqui e ali por umas branquíssimas nuvens "borreguinhas". Lá fora, a habitual orquestra dos melros e das rolas embalava mais uma manhã encantadora.
Que raio ! tudo perfeito e eu com esta tristeza, com este nó na garganta, porquê ? porquê ?
Decidi tomar um banho prolongado e relaxante. Costuma funcionar comigo, dispõe-me bem.
Soube-me bem, mas não melhorou o meu estado.
Pus o pão na torradeira e espremi umas laranjas para o sumo. Sentei-me á mesa para tomar o pequeno-almoço e, instintivamente, liguei a televisão. Enquanto comia, as notícias passavam em som de fundo sem que eu lhes prestasse grande atenção. Estava longe, absorto nos meus pensamentos.
De súbito, duas palavras ditas pela jornalista disparam o alarme, ligam-me à terra e fazem luz sobre o meu estado.
Já ontem aquilo me perturbara profundamente, mas o meu subconsciente como que havia apagado, naquela manhã, aquela informação que tanto me perturbava e me entristecia até à medula. Mas agora, elas aí estavam, de novo, a acordar-me para a triste realidade.
Estava encontrada a razão para o meu estado, havia de facto um motivo atendível para tamanha tristeza, para tamanha angustia.
Passados 36 anos eles estavam de volta, vivos, e cheios de força.

19 de julho de 2010

CPLP, Guiné Equatorial e Ana Gomes.

A ideia base que presidiu à formação da CPLP foi a de criar uma Comunidade que reunisse os países de Língua Portuguesa. Esta Comunidade visaria depois um conjunto de objectivos político-diplomáticos, bem como de cooperação em vários sectores, como os da educação, saúde, ciência e tecnologia, defesa, agricultura, administração pública, comunicações, justiça, segurança pública, cultura, desporto e comunicação social.
Não me parece correcta a eventual adesão da Guiné Equatorial à CPLP uma vez que, apesar das ligações históricas entre Portugal e a Guiné Equatorial, a verdade é que este não é um país onde a Língua Portuguesa tenha sido uma constante na sua história, muito menos, um país onde o Português tenha sido, desde sempre, a sua língua oficial. A presença Portuguesa no território da actual Guiné Equatorial, nomeadamente nas Ilhas Bioko, Ano Bom e Corisco remonta ao ano de 1471. Portugal manteve sob o seu domínio este território até 1778, ano em que, após os Tratados de Ildefonso e do Pardo, as mesmas passaram a ser do domínio Espanhol.
Penso que esta seja razão suficiente para justificar a não entrada da Guiné Equatorial na CPLP, não concordando nada, com as razões políticas que a Eurodeputada Ana Gomes apresentou.
Não que me admire com o conteúdo e/ou forma das razões por ela apresentadas, uma vez que as atitudes desbragadas, desabridas e porque não dizer, histéricas, como apresenta os seus argumentos são já a sua imagem de marca.
Mas a uma Eurodeputada exigia-se um pouco mais. Um pouco mais de nível, um pouco mais de conhecimentos, em suma, um pouco mais de cultura.
Alegar razões eminentemente politicas para a não adesão da Guiné Equatorial à CPLP é, no fundo, politizar em demasia uma Comunidade que, não deixando de ser política, tem acima de tudo uma génese cultural assente na Língua Portuguesa. Eu compreendo que a Dra. Ana Gomes tente puxar tudo para a esfera dos jogos de poder da política, pois é aí, nesse lodaçal, que ela conseguiu fazer carreira. 
A Dra. Ana Gomes entende que a Guiné Equatorial jamais deverá fazer parte da CPLP porque se trata duma tentativa do seu actual Presidente (Theodore Obiang) de legitimar uma brutal ditadura.
Não nego que o seja, mas não concordo é que este motivo, estritamente político, seja a razão que deva presidir á não adesão da Guiné Equatorial à CPLP, mas sim, o facto do Português não ser a sua língua oficial.
Se a preocupação da Dra. Ana Gomes relativamente ao facto da falta de Democracia ser o principal motivo para um país não pertencer à CPLP, então, estranho o seu silêncio quando a CPLP foi criada e na Guiné Bissau pontificava um Presidente de seu nome, Nino Vieira.
Ou melhor ainda, porque é ainda mais actual, estranho que a Dra. Ana Gomes nunca se tenha insurgido com a presença de Angola na CPLP, uma vez que a Presidência de José Eduardo dos Santos não é, como todos sabemos, um exemplo vivo de efectiva Democracia.
Ou será que aqui, neste último caso, a Dra. Ana Gomes não possa vir, mais uma vez, descabelar-se em frente às câmaras de televisão, com receio que as fortes influências que José Eduardo dos Santos tem sobre o actual Governo Português (por acaso do PS !) possam pôr fim a sua "brilhante" carreira política ?

15 de julho de 2010

Cucumis melo.

Cucumis melo, mais conhecido entre nós como Melão, essa magnifica fruta que nesta altura do ano se torna verdadeiramente indispensável á nossa mesa. Fresco, sumarento, e com sabor e textura que o colocam, muito provavelmente, no topo das minhas preferências ao nível das frutas.
Simplesmente adoro-o, de tal forma que me apeteceu, agora mesmo, após um almocinho leve de Verão, que consistiu numas maravilhosas fatias de Melão de Almeirim, com um não menos maravilhoso Presunto Pata Negra, escrever um post em homenagem a esta magnifica fruta.
O Melão, para além de saboroso é uma fruta com excelentes propriedades. Quando devidamente maduro é um óptimo calmante e tem ainda propriedades diuréticas e laxantes. Contém Cálcio, Fósforo e Ferro, que contribuem para a formação dos ossos, dentes e sangue. Tem também vitamina A que protege a visão, vitamina C, que age contra infecções e Niacina, que combate problemas de pele. Por tudo isto é indicado para quem sofra de gota, reumatismo, artrite, obesidade, colite, prisão de ventre, afecções renais, nefrite, cistite e infecções ginecológicas
Por tudo isto, o Melão é sem sombra de dúvidas uma das frutas mais indicadas para consumir no nosso Verão.
E vão por mim, não há melhor que o nosso Melão de Almeirim !

p.s.
As saudades que eu tenho do Doce de Melão que a minha Mãezinha me fazia.

11 de julho de 2010

Ibéria em festa.

Nem só os "nuestros hermanos" têm motivos para festejar hoje. Também nós, Portugueses, podemos e devemos festejar a fantástica vitória (e já é a 7ª) no Campeonato Europeu de Rugby na variante de Sevens.
A Ibéria, esse país que infelizmente nunca existiu, está em festa e de parabéns.

Xiiiuuuu, que hoje é Domingo.

7 de julho de 2010

Almada, cada vez mais Ecológica.

É com satisfação que constato que, ano após ano, a cidade de Almada se torna cada vez mais num exemplo nacional ao nível das grandes cidades com preocupações ambientais e de sustentabilidade.
Depois da emblemática obra do Metro Sul do Tejo, que tantas vozes discordantes levantou e que hoje se encontram silenciadas pelo sucesso esmagador que a mesma constitui, é agora chegada a hora de passarmos a usufruir em Almada de mais um importante meio de transporte não poluente, o Flexibus.
Os Flexibus são mini-autocarros movidos exclusivamente com motores eléctricos, que operarão sobretudo na parte histórica da cidade, vulgo Almada Velha, e Cacilhas, onde se encontra o terminal de transportes rodoviários e fluviários da cidade.
Mais um passo em frente na sustentabilidade que todos deveriam procurar alcançar e que em Almada se faz não só de doces palavras, mas acima de tudo de actos concretos.

5 de julho de 2010