30 de janeiro de 2011

Grande homem, grandes pensamentos.

Nenhum político deve esperar que lhe agradeçam ou sequer lhe reconheçam o que faz; no fim de contas era ele quem devia agradecer pela ocasião que lhe ofereceram os outros homens de pôr em jogo as suas qualidades e de eliminar, se puder, os seus defeitos.

Agostinho da Silva

27 de janeiro de 2011

Há cá quem saiba gerir !

Provavelmente, se se disser a alguém que existe um município que fechou e apresentou as suas contas, relativas ao exercício de 2010, precisamente no dia 30 de Dezembro do mesmo ano, e que nessas contas se comprova que :

- Encerrou o ano sem qualquer dívida a fornecedores.
- Apresentou uma taxa de realização orçamental de 95% na receita.
- Apresentou uma taxa de realização orçamental de 82% na despesa.
- Cumpriu a promessa de redução da despesa, cifrando-se o valor dessa redução no montante de 4,6 milhões de Euros.
- Apresentou um saldo positivo na sua gestão no valor de 12 milhões de Euros (122 milhões de receita contra 100 milhões na despesa).

As pessoas dir-me-ão que, ou se trata dum município no estrangeiro, ou que eu estou a falar duma fantasia qualquer.
Pois muito bem, esse munícipio existe, trata-se do "meu" município, Almada, cuja gestão Camarária continua, ano após ano, a dar mostras de ser verdadeiramente exemplar. Não esquecendo também que, ano após ano, se torna evidente o crescimento sustentado da qualidade de vida no município, fruto das significativas obras levadas a cabo pela CMA (escolas, bibliotecas, equipamentos desportivos, espaços verdes, transportes e acessibilidades ...)

Perante tamanha prova de capacidade, eu pergunto-me :

- Não será este um verdadeiro exemplo da capacidade de gestão por parte do PCP, merecedor da confiança dos eleitores no sentido de, um dia, entregarem o governo do País a quem dá mostras de o saber gerir ?

É que contra factos, não há argumentos !

p.s.
os valores acima apresenados poderão ser consultados aqui abrindo o pdf que se encontra no final da página.

23 de janeiro de 2011

O Povo é soberano.

Cavaco Silva foi reeleito no cargo, e logo à 1ª volta.
Como é óbvio, fico triste.
Mas o Povo é soberano, e como tal há que respeitar o resultado.
Entendo que é uma péssima opção para o País, mas por outro lado não posso deixar de manifestar a minha satisfação.
Afinal de contas, a minha preocupação com o generalizado estado de crise no País era injustificada e revelou-se excessiva.
Votar em Cavaco é votar na continuidade, e convenhamos, ninguém no seu perfeito juízo votaria numa continuidade daquilo que lhe estivesse a causar, verdadeiramente, uma situação de crise, de carência, de incapacidade de fazer face às despesas.
Assim sendo, fico duplamente satisfeito. Primeiro, porque afinal o Povo não está a sofrer tanto como eu pensava, depois, porque fico com a certeza que afinal, a mais que certa chegada dum PEC IV e/ou até mesmo do FMI, não vão ser o "fim do mundo" para a maioria das famílias Portuguesas.

Somos um "ganda" País, pá ! a malta vive aqui que é uma maravilha !

Feito o desabafo, sentido e emotivo, uma coisa vos posso garantir, os 7% obtidos na candidatura que apoiei de forma incondicional, dão-me força, muita força, para continuar a lutar, diariamente, por um futuro melhor para o nosso Povo.
A mim não me calam, nem me dão música, muito menos com "cavaquinhos" ! 

21 de janeiro de 2011

João Villaret - Fado Falado.

João Villaret, morreu há precisamente 50 anos atrás. Foi sem dúvida um dos maiores declamadores Portugueses.
De entre os grandes momentos que nos deixou, há um em particular, que sempre que oiço me arrepio até à medula.
Falo obviamente do "Fado Falado", um maravilhoso poema de Aníbal Nazaré, que acabou por se tornar uma verdadeira obra-prima, depois da estrondosa declamação de João Villaret.



19 de janeiro de 2011

Biblioteca de Fernando Pessoa online.

Como sempre defendi que a "bloga" deveria ter, também, a preocupação de ser um verdadeiro serviço publico, não podia deixar de postar aqui, para que todos os meus visitantes possam usufruir, esta maravilhosa novidade, que me foi enviada por mail, por um bom amigo.

Trata-se da Biblioteca Particular de Fernando Pessoa, que pode agora ser consultada Online e de forma gratuita.
Para tanto, basta seguirem o Link abaixo :


Usufruam e divulguem, que nunca é demais divulgar a nossa cultura !

17 de janeiro de 2011

Palavras para quê ? é um gestor Português !

José Eduardo Bettencourt é o exemplo típico do gestor Português, que chega aos cargos não pelo mérito, mas por "cunha", e que depois têm desempenhos pouco mais que desastrosos.
Em 18 meses de Presidência do Sporting, conseguiu contratar 3 Directores desportivos.
O primeiro, Sá Pinto, sem experiência alguma no cargo, mas já com um historial de comportamentos incorrectos enquanto atleta, que desaconselhavam de todo a sua contratação. Viu-se ! depois de meses no cargo, agride um atleta (Liedson), em pleno balneário. Não contente com o erro cometido, JEB contrata Costinha para o cargo. Parece que não ter experiência anterior no cargo e ter sido um jogador problemático é condição "sine qua non" para que JEB contrate um Director Desportivo para o Sporting.
Os resultados foram também os que se viram. E quando se pensava que não podia piorar eis que JEB, sempre "genial", contrata um terceiro Director Desportivo, sem se livrar do segundo, que baixa na hierarquia, mas não no salário. Este último, já com anterior experiência no cargo, precisamente no Sporting, e com resultados que são explicados pela sua anterior demissão.
Estamos falados quanto a directores.
Treinadores, foram 3. De Paulo Bento "for ever" a Carvalhal "a prazo" até chegar ao "moço de forcados" Paulo Sérgio, que pouco ou nada havia feito que justificasse a sua contratação para um clube com a grandeza do Sporting.
Quanto a jogadores, foram vários, mas relembro aqui apenas os mais "carismáticos", como Sinama Pongolle que custou 8 milhões para ser emprestado, ou Hildebrand para o banco, ou Caicedo (já ninguém se lembrava deste, não é ?), ou os portentosos Torsiglieri e Zapater.
Isto para não falar da forma inexplicável como fez sair do clube os seus melhores jogadores, a verdadeiros preços de saldo, como foram os casos de Miguel Veloso e Moutinho, ou como conseguiu criar o "quid pro quo" com Izmailov, também ele um dos melhores valores do plantel.
Em suma, 18 meses depois JEB não conquistou nada, não cumpriu nenhum dos objectivos a que, obrigatoriamente, qualquer presidente do Sporting se deve propor, e quando as dificuldades apertaram, simplesmente bateu com a porta, numa atitude de inqualificável cobardia.
E pior que isso, sai sem que lhe sejam imputadas responsabilidades pela danosa gestão praticada que tanto lesou a entidade patronal (sim, porque JEB recebeu vencimento pelo desempenho das funções).

De facto, caro JEB, para se ser um bom gestor é preciso muito mais que o "berço" ou o circulo de amigos !

15 de janeiro de 2011

Quadras

Anda o Cavaco entretido
Em desviar as atenções
Já diz coisas sem sentido
Só por causa das Acções

O Alegre voz de trovão
Com seu ar altaneiro
Está tão turvo da visão
Como um dia de nevoeiro

Dr. Nobre o independente
Não é aquilo que parece
Está do “Bochechas” dependente
P´ra pregar a sua prece

O Defensor lá do Minho
É um mero figurante
Fica cedo pelo caminho
Obedece ao seu mandante

O Coelho da Madeira
É um disparate pegado
Deve ser da bebedeira
O seu ar de esgazeado

Sério, honesto e competente
É de quem me falta falar
O Francisco Lopes é boa gente
O Povo nele vai ter que votar

12 de janeiro de 2011

Visão para um Portugal diferente ... para melhor !

Imaginemos que o Governo Português, fosse ele qual fosse, decidia de facto avançar para grandes obras públicas, como forma de promover a revitalização da economia e o combate ao desemprego, garantindo dessa forma um crescimento económico-social sustentado.
Assim à primeira vista parece uma visão, mas os grandes líderes, aqueles que no decurso da história se demarcaram pela obra feita, só o foram por força disso mesmo, de serem visionários.
E no caso Português, atendendo à mais-valia geoestratégica que felizmente temos (mas que infelizmente nunca foi devidamente explorada) essa visão nem me parece assim tão inalcançável.
Esqueçamos o TGV nos moldes em que o mesmo tem sido debatido, esqueçamos o novo aeroporto de Lisboa, esqueçamos as autoestradas paralelas com os mesmíssimos destinos e partidas, esqueçamos tudo isso.
Pensemos antes que Portugal é, pela sua posição geográfica, a porta de entrada na Europa para todo o transporte de mercadorias por via marítima, e que esse mesmo tipo de transporte representa actualmente cerca de 80% do transporte mundial de mercadorias.
Pensemos ainda que os maiores transportadores marítimos mundiais evitam a todo o custo navegar pelo revolto Mar do Norte, pelas dificuldades e custos acrescidos que o mesmo representa.
Perante todo este cenário, não será preciso grande visão para se perceber de imediato que o nosso caminho para o sucesso passa, inevitavelmente, por nos transformarmos na maior porta de entrada e saída de mercadorias no espaço Europeu.
Como ?
Avançando para grandes obras públicas que passariam pela construção de duas grandes plataformas-giratórias que garantissem o correcto escoamento de todos os produtos que necessitam de entrar e sair do espaço Europeu por via marítima. Uma a sul, no Porto de Sines, outra a Norte no Porto de Aveiro.
Paralelamente faria todo o sentido avançar-se para a construção de duas linhas férreas de Alta Velocidade, mas essencialmente para transporte de mercadorias, que servissem essas duas plataformas-giratórias e que permitissem o escoamento das mercadorias de Sines para Madrid, e de Aveiro para Vigo.
Ao invés de se investirem milhões de Euros num novo aeroporto de Lisboa, o que é injustificável, uma vez que a Portela está longe de estar esgotada, antes pelo contrário apresenta nos últimos anos um decréscimo constante no número de voos diários, devia avançar-se isso sim, para o aumento e melhoria das condições operacionais da moribunda Base Aérea de Beja, que passaria a ser um aeroporto de mercadorias por excelência, estando o mesmo servido pela tal linha de Alta Velocidade que ligaria Sines a Madrid.
Se estas obras avançassem, e aqui se quiserem até se pode falar de parcerias publico-privadas, acredito sinceramente que Portugal estaria a dar um passo em frente no sentido de ultrapassar a actual crise e a contribuir no imediato para a criação de milhares de postos de trabalho, conseguindo com isso a revitalização gradual da economia nacional.
Estarei armado em visionário ?

10 de janeiro de 2011

AUREA - Busy (for me).

Aurea, não é apenas nome artístico, é mesmo o seu nome verdadeiro, tão verdadeiro quanto o valor que esta jovem Alentejana (Santiago do Cacém) apresenta.
Para quem não conheça, deixo aqui o vídeo de lançamento do seu primeiro trabalho musical.
Que vozeirão !
Fico a aguardar por futuros trabalhos, quem sabe, cantados em Português.
Mas até lá vou-me deliciando, e muito, com este Busy.

8 de janeiro de 2011

Presidenciais, a decisão está (há muito) tomada.

A minha opção de voto para as próximas eleições presidenciais estava há muito tomada, mas depois do que tenho visto e ouvido nesta campanha eleitoral, reforcei de forma inequívoca essa minha opção.
Não sou Defensor de alguns dos ataques que se têm promovido com vista ao derrube de adversários, acho mesmo que isso é uma forma pouco Nobre de fazer política.
Aliás, nem sei mesmo como é que um político se pode sentir Alegre com tal postura.
É por causa de atitudes destas, que a maior parte dos Portugueses já não liga Cavaco á vida política nacional.
Há candidatos que se lançam na corrida ao poder, de forma desenfreada, mais parecendo um Coelho correndo pela vida em dia de caça.
Gente dessa não me interessa.
Interessa-me ter um Presidente sério, honesto, trabalhador e defensor dos direitos do Povo, e esse homem dá pelo nome de Francisco Lopes.

6 de janeiro de 2011

Malangatana.

Malangatana, Juízo Final, 1961.

2 de janeiro de 2011

Mensagem de Ano Novo ao Sr. Presidente.

Depois de assistir ao triste espectáculo que foi a mensagem de Ano Novo do nosso Presidente, era impossível não tomar em braços a tarefa de escrever, eu mesmo, uma mensagem de Ano Novo endereçada ao nosso Presidente. Uma mensagem que, sendo minha, será seguramente de muitos outros Portugueses, trabalhadores, gente do Povo, gente que pouco contribui para as crises, antes, tem contribuído isso sim, para que eles, os Presidentes, 1ºs Ministros, Ministros e outras sinistras figuras, vivam faustosamente com os lucros do nosso trabalho, não sentindo, nem sabendo sequer, o que é efectivamente a crise.

Mensagem de Ano Novo ao Sr. Presidente
Sr. Presidente, numa coisa estamos de acordo, o ano que se avizinha será complicado, não tenha dúvidas disso. Será complicado para nós, Povo Português, e será com certeza complicado para si, para os seus colegas de partido, bem como para o partido que está no Governo.
Sabe Sr. Presidente, o Povo Português é de facto tolerante, mas não é manso, nem é capacho. O Povo Português, como o Sr. poderá verificar se se der ao trabalho de estudar a nossa história, é um Povo que tolera e aguenta como poucos, as traições, as injustiças e até os maus tratos, mas quando atinge o limite, Sr. Presidente, quando atinge o limite o Povo Português é bravo, o Povo Português ataca, o Povo Português luta, o Povo Português conquista.
Foi assim com D.Afonso Henriques, foi assim quando foi preciso acabar com o Reinado Filipino e foi assim, mais recentemente, quando foi preciso fazer Abril e acabar com aquela vergonhosa ditadura.
Daí para cá, Sr. Presidente, vão 34 anos de tolerância. Mas é notório que o limite está próximo, são por demais evidentes os sinais diários que o Povo Português dá, mostrando que é tempo, mais uma vez, de deixar a tolerância de lado e partir para a luta.
A ditadura económica que o Sr. Presidente e seus pares ajudaram a construir, através de políticas de liberalismo económico, que visaram sobretudo a não distribuição da riqueza gerada, antes, a sua concentração nas mãos de apenas alguns, está à beira do fim, colapsou e não tem pernas para andar.
O problema Sr. Presidente, é que da última vez que o Povo Português decidiu que bastava de tolerância e era preciso partir para a luta, esse Povo vinha de 40 anos de ditadura, de falta de Liberdade, de opressão, e consequentemente era um Povo ainda amedrontado, e só por isso foi possível fazer uma revolução com cravos como arma.
Hoje, Sr. Presidente, hoje a "malta" já não tem medo. Hoje, quando a luta começar, o Povo já se está nas tintas para os cravos, e vai necessariamente partir para outras formas de luta, contra si e contra todos aqueles que nos querem devolver a uma existência inferior, a uma existência próxima da escravatura.
Portanto, Sr. Presidente, se quer um conselho para este ano de 2011, aconselho-o seriamente a que um dia destes, quando se sentar à secretária, simule que a cadeira se partiu e ponha-se ao fresco !
A coisa vai apertar, e o melhor que o Sr. tem a fazer é ir a banhos para Boliqueime, porque por mais que a água do mar Algarvio seja quentinha, não chegará nunca ao ponto de ebulição do fervilhante caldeirão onde o Povo tratará de "cozinhar" esta corja que nos tem desgovernado ao longo dos últimos 34 anos.
Está bom de ver que não vou acabar a mensagem de Ano Novo desejando-lhe um bom ano, porque efectivamente não lho desejo, espero mesmo que este seja um ano mau para si, para aqueles que estão actualmente no Governo e para todos os restantes parasitas que gravitam, e que têm gravitado, à volta do vosso querido Bloco Central ao longo destes 34 anos.
Desejo bom Ano Novo sim, mas ao Povo Português, esperançado e crente, que já em 2011, aquando das Presidenciais, todos juntos possamos mostrar que o poder precisa de mudar de mãos, e que quem constroi o nosso futuro somos nós mesmos, pelo voto e pela luta, se for esse o caso.

Viva Portugal !
Viva Portugal !
Viva Portugal !