28 de abril de 2011

Anibal António Cavaco de Oliveira Silva Salazar, eis o "nosso" Presidente.

O nosso Presidente da Republica, aquele senhor que sempre se recusou a usar um cravo na lapela no dia 25 de Abril, já não consegue calar mais o seu militante Salazarismo.
Aproveitando a frágil situação actual do País, veio apelar de novo à "União Nacional".
Já não se contenta com mensagens e atitudes subliminares, não, agora decidiu despir-se de preconceitos e passar a demonstrar à saciedade a sua verdadeira natureza política.
Para os mais distraídos, convém esclarecer que o termo "União Nacional", dito neste contexto traz, como soi dizer-se, água no bico.
A última vez que em Portugal houve a tal "União Nacional", a mesma resultou em 40 anos de ditadura.
A União Nacional foi, nem mais nem menos, que o Partido único que Salazar criou e que lhe permitiu governar sem oposição.

A falta de decoro não conhece de facto limites na pessoa do Sr. Presidente da Republica.

26 de abril de 2011

A longa ressaca de Abril.

Na ressaca de mais um dia de comemorações do 25 de Abril, parece-me inevitável a analogia entre um dia de festa seguido dum horroroso dia de ressaca, com aquilo que tem sido a vida em Portugal ao longo dos últimos 37 anos.
Portugal teve fortes motivos de festa quando, no dia 25 de Abril de 1974, os Capitães de Abril levaram a cabo uma operação militar que culminou com a queda do regime ditatorial de Salazar e Marcelo Caetano.
O Povo saiu à rua, louco, efusivo e incrédulo. A festa foi grande, assim como grande foi a "bebedeira" da Liberdade.
Como sempre, depois dum dia de festa segue-se o dia de ressaca, e o pior, nesta nossa história, é que o nosso dia 26 de Abril de 1974, o da ressaca, perdura até hoje.
É o mais longo dia de ressaca da história Portuguesa, e até, quem sabe, da história Mundial.
O Povo Português viveu numa abstinência forçada de liberdade, de democracia e de progresso durante 41 anos.
Quando, no dia 25 de Abril de 1974, lhes foram servidas doses industriais de liberdade e de democracia e com elas, doses ainda maiores de promessas de progresso e de melhoria das condições de vida, o Povo, obviamente, aceitou-as de braços abertos e bebeu-as e bebeu-as e bebeu-as ...
Bebeu de tal forma, que se tem mantido ébrio ao longo destes 37 anos.
Os Srs. que têm mandado na "taberna", sempre que se aproximam alturas de chamar o Povo a votar, têm continuado a servir "copos 3" de borla, prometendo os possíveis e os impossíveis, de forma a manter devidamente etilizado este pobre Povo.
Passados que estão 37 anos, ou seja, praticamente 4 décadas, tantas quantas aquelas em que Portugal viveu subjugado ao poder da ditadura, penso que é chegada a hora de acabarmos com a ressaca.
Os Portugueses têm, obrigatoriamente, de se manter sóbrios e muito atentos até ao próximo dia 5 de Junho, altura em que serão chamados a eleger novo Governo.
Até lá, muitas vão ser as borlas de "copos 3" que nos vão oferecer, mas o Povo tem de as rejeitar, tem de manter a sobriedade e tem acabar de vez com esta maldita ressaca que dura desde o dia 26 de Abril de 1974.

25 de Abril foi, é, e há de continuar a ser, um dia lindo e onde podemos e devemos comemorar.
O dia 26 de Abril foi de ressaca, sim senhor, mas já dura há demasiado tempo.
Façamos dos dias que se seguem, os dias que todos merecemos, os dias de verdadeira e efectiva liberdade, democracia e progresso, sendo para tal essencial que no próximo dia 5 de Junho, todos juntos, saibamos escolher correctamente o futuro que merecemos.

Votar PCP,  é votar Portugal !

24 de abril de 2011

2ª Senha.

1ª senha.

Vou-me antecipar e dá-la antes das 22:55 !


21 de abril de 2011

Via Sacra ... de novo !

Ora esta agora !
Não me bastava já o estado de crise profunda em que Portugal se encontra, agora ainda tenho de sofrer com a crise do meu querido Benfica.
Está visto que os próximos dias vão ser mesmo uma Via Sacra ... para o (Jorge) Jesus claro !

p.s.
Já agora, e se não for pedir muito, vejam lá se não ressuscitam este que eu já nem posso vê-lo !

18 de abril de 2011

FMI - a minha opinião.

Em 1984, um ano depois da entrada do FMI em Portugal pela segunda vez, eu, um jovem de 14 anos, nascido e criado em Almada, filho dum operário da Lisnave, encontrava-me já há um ano a viver em Vila Nova de Milfontes, terra natal dos meus pais.
Nessa altura, em grande desespero, o meu Pai, um trabalhador incansável, aceitou uma "nojenta" reforma antecipada, pois estava há já 2 anos numa situação insustentável, continuando a trabalhar mas sem receber ordenado.
Voltou por isso à sua terra natal para trabalhar numa loja de materiais de construção dum dos meus tios, de forma a poder sustentar a famíia.
Se a memória não me atraiçoa, nos 2 últimos anos de trabalho na Lisnave o meu Pai recebeu 3 ou 4 ordenados.
Eu, que até ali tinha tido uma vida perfeitamente normal para um filho da classe média Portuguesa, vi-me, nesse fatídico ano de 1984, perante uma situação que me marcou profundamente e que moldou de forma inevitável o meu carácter e a minha forma de ver e pensar a sociedade.
Lembro-me como se fosse hoje, em pleno início do mês de Novembro, os ténis que usava com muita frequência ficaram com as solas de tal forma gastas que se romperam, ficando eu com o "dedão" a tocar no chão.
Queixei-me à minha Mãe que, lavada em lágrimas, prontamente me fez umas "palmilhas" de papelão, recortado duma caixa de sapatos e que me serviram para aguentar esses malditos ténis até ao final do mês, altura em que entrou mais um dinheirinho em casa e eu pude, finalmente, comprar uns ténis novos. Obviamente, dos mais baratos e sem serem de "marca".
Isto aconteceu há precisamente 27 anos. 
Há 20 anos que trabalho arduamente, sempre no sector bancário e, obviamente, por conta doutrem, o que equivale a dizer, sempre com os meus descontos feitos a tempos e horas, ou seja, sem contribuir para o degradante estado actual da nossa economia.
Sou hoje Pai dum jovem de 15 anos, feitos há 5 dias atrás, e não consigo conceber que o meu filho, por força da entrada do FMI em Portugal, tenha de passar por aquilo que eu passei.
É que não concebo mesmo !
E peço a todos os "santinhos" que isso não aconteça, porque a verdade é que o meu Pai, por uma questão de feitio e de personalidade, aguentou todas essas amarguras em silêncio e sem ripostar, de orelhas baixas e sempre vergado aos Srs. do poder.
Mas o filho do meu Pai tem outra forma de ser e de estar, se houver um filho da puta que me obrigue a fazer passar o meu filho pela situação que eu passei, está bem fodido está !
Amanhece no dia a seguir com mais 250 gramas de chumbo no bucho e eu arranjo forma de ter cama e roupa lavada até ao fim dos meus dias.

Está bem claro o meu apreço pelo FMI.

FILHOS DA PUTA !!!

13 de abril de 2011

Ai a magana !!!

Aqui está a prova que um gajo nunca deve ir com "muita sede ao pote", não vá depois "ser apanhado com a boca na botija" e dar-se o caso de vir a "morrer pela boca como o peixe"..
E cheira-me (pelo menos ao outro cheirou) que o "peixe" já não estava fresco.

10 de abril de 2011

Pânico, mais fiável que qualquer sondagem.

Esqueçam as sondagens, pois essas resultam de operações inquinadas à partida e que são feitas por empresas onde, normalmente, no topo da hierarquia têm alguém com ligações ao PS e/ou ao PSD.
Mais fiável que tudo isso é atentarmos nas palavras, nos gestos e nas posturas daqueles que temem perder o poder, onde confortavelmente se instalaram ao longo de mais de 3 décadas.
Ontem, em pleno Congresso do PS, o pânico patenteado pelo histórico Manuel Alegre, lançando desesperado pedido para que os partidos da esquerda nacional (PCP e BE) não deixem o PS de fora dum eventual consenso de esquerda é, sem sombra de dúvidas, demonstração mais que evidente que afinal poderemos vir a ter grandes surpresas no próximo acto eleitoral.
O Povo Português tem andado adormecido, diria mesmo, anestesiado, com a falácia dos facilitismos do Liberalismo selvagem que PS e PSD têm apadrinhado.
Agora, infelizmente, a inevitável factura chegou, e aqueles que a deveriam pagar, já informaram (como sempre) os Srs. do FMI que se devem dirigir ao Povo para efectuar a cobrança.
É hora do Povo reagir, e pelos vistos, essa reacção começa já a amedrontar os Srs. do poder.

Dia 5 de Junho, é dia de, todos juntos, mostrarmos que o nosso futuro somos nós que o decidimos, porque uma coisa é certa :

- O Povo é quem mais ordena !

8 de abril de 2011

Nem morto !

É por estas e por outras que eu quero ser cremado quando me finar.
É que assim, a menos que me joguem as cinzas numa sarjeta em New York, não há cá confusões !

Bom fds.

5 de abril de 2011

O "meu" PEC.

Numa altura em que parece impossível a Portugal escapar aos "favores" do FMI ou dos Fundos de Ajuda Europeia, era bom que não se cometessem erros do passado e que pelo menos desta vez a correcta aplicação dessas verbas permitisse, não apenas a melhoria imediata da economia Portuguesa, mas também, deixar um trabalho e infraestruturas que criassem sustentabilidade futura para o país.
Efectuando um pequeno resumo sobre alguns posts que já aqui deixei neste espaço, permiti-me a ousadia de elaborar o "meu" PEC.

Como forma de combater o aumento assustador do desemprego e paralelamente dotar Portugal de infratestruturas verdadeiramente proveitosas, há um conjunto de obras públicas que deveriam ser levadas a cabo.
Entre elas, saliento, em especial, as Plataformas Giratórias a que fiz referência aqui.
Não menos importante, seria, a renovação e o alargamento da linha férrea nacional, como forma de equilibrar o país e inverter o rumo de desertificação do seu interior. Algo que mencionei também aqui.
De forma a minimizar os custos de todas estas obras e permitir, também, a reinserção social da nossa população prisional, penso que seria interessante que se adoptasse a medida que aqui deixei em tempos.
Num Mundo onde a degradação ambiental constitui umas das maiores ameaças futuras e com impactos imediatos nas economias, Portugal deveria apostar, como aqui sugeri, na correcta (re)florestação do seu território, eliminando erros crassos como foram, por exemplo, as desastrosas Campanhas do Trigo dos tempos de Salazar, que dizimaram grande parte da floresta típica do sul do país. Essa reflorestação, para além do impacto ambiental positivo, proporcionaria, também, possibilidades de negócio verdadeiramente inovadores e com capacidade de projectarem Portugal para um futuro muito mais promissor e sustentado, como exemplifiquei aqui, com esta fábrica de Ponte de Sôr.
Por força da nossa pequenez territorial, quando comparados com outros países Europeus, Portugal deveria apostar numa produção agrícola e dos seus derivados,  de qualidade, em detrimento da quantidade. Apostar num Portugal Gourmet, como aqui referi, penso, poderia ser o melhor caminho para a recuperação da nossa agricultura.

Perguntar-me-ão, aqueles que tiveram a pachorra de ler tudo aquilo que já escrevi até aqui, mas como é que isso se consegue ?
E eu respondo :
- Votando bem nas próximas eleições de dia 5 de Junho.
E voltarão vocês a perguntar-me, votar bem é votar em quem ?
E eu voltarei a responder :
- Olha ! votem naqueles que já deram provas mais que suficientes que têm gente capaz de gerir correctamente este país, como aqui dei notícia.
E os mais distraídos ainda me perguntarão, mas de que partido são esses que governam tão bem ?
E eu direi :
- São estes, pá !

2 de abril de 2011

Marvin Gaye - I Heard It Through The Grapevine (A capella)

Marvin Gaye, uma das vozes que mais me fascinou desde sempre, faria hoje 71 anos, não fosse a estúpida e hedionda morte que teve.

Deixo-vos aqui esta magnífica interpretação (A Capella) do seu grande êxito "I Heard it trough the grapevine".