14 de dezembro de 2010

Pensamentos.

“Dívida de gratidão”

Expressão abominável esta, porque deturpa pela base a essência da gratidão.

A verdadeira gratidão existe nos dois sentidos, isto é, de quem a pratica para quem a recebe, assumindo aí um carácter de bem feitoria desprendida e sem qualquer perspectiva de ressarcimento futuro envolvido, bem como, de quem a recebe para quem a praticou, e nesse caso assume as formas de agradecimento, admiração e reconhecimento nos seus estados mais puros.

A gratidão é gratuita, não tem qualquer tipo de preço, razão pela qual jamais poderá constituir-se como dívida.

4 comentários:

  1. A gratidão verdadeira, a sentida, a genuína, acredita (pelo menos quero acreditar) nunca é vista como uma "dívida".
    Quero acreditar que é mais uma "frase feita"!
    Beijinho.

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  2. Sim, Teresa, será de facto uma frase (mal) feita :-)))
    Se há sentimento que me rege a existência, é a gratidão.
    Sabes bem o que me arrepia ouvir esta frase feita ?

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  3. Olá Eduardo, é esta expressão e uma outra que abomino e que é "carregar a cruz".
    A ajuda desinteressada e o obrigado genuíno valem por si mesmos. Não têm taxa de juros nem prazos de validade.
    Um beijinho, Sofia

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  4. Olá Sofia, há de facto várias frases ou expressões que são muito "aparvalhadas".
    Voltarei ao tema em futuros posts com o mesmo título deste "pensamentos".

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