27 de janeiro de 2011

Há cá quem saiba gerir !

Provavelmente, se se disser a alguém que existe um município que fechou e apresentou as suas contas, relativas ao exercício de 2010, precisamente no dia 30 de Dezembro do mesmo ano, e que nessas contas se comprova que :

- Encerrou o ano sem qualquer dívida a fornecedores.
- Apresentou uma taxa de realização orçamental de 95% na receita.
- Apresentou uma taxa de realização orçamental de 82% na despesa.
- Cumpriu a promessa de redução da despesa, cifrando-se o valor dessa redução no montante de 4,6 milhões de Euros.
- Apresentou um saldo positivo na sua gestão no valor de 12 milhões de Euros (122 milhões de receita contra 100 milhões na despesa).

As pessoas dir-me-ão que, ou se trata dum município no estrangeiro, ou que eu estou a falar duma fantasia qualquer.
Pois muito bem, esse munícipio existe, trata-se do "meu" município, Almada, cuja gestão Camarária continua, ano após ano, a dar mostras de ser verdadeiramente exemplar. Não esquecendo também que, ano após ano, se torna evidente o crescimento sustentado da qualidade de vida no município, fruto das significativas obras levadas a cabo pela CMA (escolas, bibliotecas, equipamentos desportivos, espaços verdes, transportes e acessibilidades ...)

Perante tamanha prova de capacidade, eu pergunto-me :

- Não será este um verdadeiro exemplo da capacidade de gestão por parte do PCP, merecedor da confiança dos eleitores no sentido de, um dia, entregarem o governo do País a quem dá mostras de o saber gerir ?

É que contra factos, não há argumentos !

p.s.
os valores acima apresenados poderão ser consultados aqui abrindo o pdf que se encontra no final da página.

7 comentários:

  1. Eduardo, como te invejo e como te felicito!
    E invejo-te porque sei que dificilmente chegaremos a ter gestores com essa dinâmica, com esse interesse pelo bem comum, ou seja, das pessoas que depositaram nas suas mãos a responsabilidade de melhorarem as suas condições de vida.
    A prova não estará bem patente?!....
    Beijinho.

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  2. Eduardo, a câmara de Almada sempre teve fama de bem governada pela presidente Maria Emília, mas estou certo que encontrarás câmaras governadas pelo PS e PSD com resultados igualmente satisfatórios; por outro lado, das primeiras Câmaras (que eu conheço) a entrar em insolvência tinha (tem) gestão comunista, facto que também não será estranho a muitas Câmaras PS e PSD.
    Quanto a mim, as 2 realidades não são comparáveis, e agora ocorreu-me perguntar-te: como é que achas que o PCP lidava com a chamada economia paralela?

    um abraço,
    Paulo Lobato

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  3. Olá Paulo,

    quanto à questão das Câmaras, haverá seguramente bons e maus trabalhos independentemente do partido. O meu objectivo aqui foi o de enfatizar o bom trabalho, constante, que tem sido levado a cabo aqui na Câmara de Almada, e que me leva a pensar que há gente no PCP capaz de gerir dinheiros públicos e de construir "sociedades" como ninguém mais neste país.
    Como bem dizes, é possível que hajam outras câmaras bem geridas, com boa prestação nas contas e com obra feita a bem dos seus cidadãos, eu é que muito sinceramente não as conheço, mas aí vou-te pedir que me digas quais são ?

    Quanto à relação directa da ecónomia paralela com o PCP, sinceramente não sei ao que te referes.
    Que eu conheça, existem 2 tipos de ecónomia paralela, uma legal, e outra ilegal.
    A legal compreende a troca de serviços e/ou bens entre pessoas, sem que sejam passadas facturas. São exemplo disso, serviços prestados entre amigos ou familiares, por exemplo, um canalizador repara o cano da casa do seu amigo agricultor, e este, como forma de agradecimento oferece-lhe umas batatas, uns limões e um molhinho de agriões. Isto é ecónomia paralela legal, e conheço muito comunista que a pratica, em, especial no meu querido Alentejo e noutras zonas do nosso interior.
    A outra ecónomia paralela, é a ilegal, aquela que resulta do tráfico de droga, do jogo, da prostituição, e nessa, apesar de conhecer menos gente sei, como qualquer Português que se preze, de alguns casos de pessoas bem conhecidas de todos nós, inclusivé da esfera partidária do PS e do PSD que a praticam.
    Veja-se o tão actual caso "Godinho" e da Refer, ou melhor ainda o tão "querido" caso BPN, nesse, inclusivé, podemos dizer que temos um Presidente da Républica que pratica ecónomia paralela ... e ilegal, bem ilegal, não só através das ditas acções, bem como no estranho "sumiço" dos certidões e cadernetas da faustosa casa do Algarve.

    Perante isto, não sei se respondi directamente à questão da ecónomia paralela vs PCP ?

    É que sinceramente, Paulo, não entendi qual a ligação que vislumbraste para colocares essa questão.

    Abraço

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  4. A Câmara de Almada não apenas sabe gerir - como acontece com outras - mas gere num sentido determinado: tendo como preocupação primeira e essencial os interesses dos seus munícipes - e uma gestão com tal conteúdo, só em câmaras de maioria CDU.

    Um abraço.

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  5. Eduardo, Jamais me passou pela cabeça associar a economia paralela ao PCP, apenas tinha curiosidade em conhecer a tua opinião acerca da forma como pensas que o PCP lidaria com o assunto.
    Sabendo nós que esta economia (não registada), que (além das actividades ilícitas) comporta a fuga ao pagamento de IVA, IRC, IRS, Segurança Social,..., representa mais de 20% do PIB e que a sua prática está dizimada por toda a sociedade, qual seria a política (que pensas) que o PCP seguiria neste domínio?
    Com este exemplo, pretendo colocar a sociedade civil (no seu todo), que é co-responsável pela situação em que estamos, e sem a qual não se resolve o problema, na esfera das decisões políticas.

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  6. Ok, Paulo, entendo agora a tua questão.
    E concordo em absoluto com a necessidade de co-responsabilizar a sociedade cívil no caminho que todo o país terá que trilhar para sair desta situação.
    Mas essa co-responsabilização só será efectiva quando, seja qual for o governo, houver uma aposta efectiva e concreta na Educação e na Justiça.
    Porque só com um Povo educado e instruido, e como uma justiça verdadeiramente independente dos governos e céleres nas descisões, é que a sociedade cívil se poderá sentir motivada a participar nesse processo evolutivo que teremos, necessáriamente, que percorrer.

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