2 de janeiro de 2011

Mensagem de Ano Novo ao Sr. Presidente.

Depois de assistir ao triste espectáculo que foi a mensagem de Ano Novo do nosso Presidente, era impossível não tomar em braços a tarefa de escrever, eu mesmo, uma mensagem de Ano Novo endereçada ao nosso Presidente. Uma mensagem que, sendo minha, será seguramente de muitos outros Portugueses, trabalhadores, gente do Povo, gente que pouco contribui para as crises, antes, tem contribuído isso sim, para que eles, os Presidentes, 1ºs Ministros, Ministros e outras sinistras figuras, vivam faustosamente com os lucros do nosso trabalho, não sentindo, nem sabendo sequer, o que é efectivamente a crise.

Mensagem de Ano Novo ao Sr. Presidente
Sr. Presidente, numa coisa estamos de acordo, o ano que se avizinha será complicado, não tenha dúvidas disso. Será complicado para nós, Povo Português, e será com certeza complicado para si, para os seus colegas de partido, bem como para o partido que está no Governo.
Sabe Sr. Presidente, o Povo Português é de facto tolerante, mas não é manso, nem é capacho. O Povo Português, como o Sr. poderá verificar se se der ao trabalho de estudar a nossa história, é um Povo que tolera e aguenta como poucos, as traições, as injustiças e até os maus tratos, mas quando atinge o limite, Sr. Presidente, quando atinge o limite o Povo Português é bravo, o Povo Português ataca, o Povo Português luta, o Povo Português conquista.
Foi assim com D.Afonso Henriques, foi assim quando foi preciso acabar com o Reinado Filipino e foi assim, mais recentemente, quando foi preciso fazer Abril e acabar com aquela vergonhosa ditadura.
Daí para cá, Sr. Presidente, vão 34 anos de tolerância. Mas é notório que o limite está próximo, são por demais evidentes os sinais diários que o Povo Português dá, mostrando que é tempo, mais uma vez, de deixar a tolerância de lado e partir para a luta.
A ditadura económica que o Sr. Presidente e seus pares ajudaram a construir, através de políticas de liberalismo económico, que visaram sobretudo a não distribuição da riqueza gerada, antes, a sua concentração nas mãos de apenas alguns, está à beira do fim, colapsou e não tem pernas para andar.
O problema Sr. Presidente, é que da última vez que o Povo Português decidiu que bastava de tolerância e era preciso partir para a luta, esse Povo vinha de 40 anos de ditadura, de falta de Liberdade, de opressão, e consequentemente era um Povo ainda amedrontado, e só por isso foi possível fazer uma revolução com cravos como arma.
Hoje, Sr. Presidente, hoje a "malta" já não tem medo. Hoje, quando a luta começar, o Povo já se está nas tintas para os cravos, e vai necessariamente partir para outras formas de luta, contra si e contra todos aqueles que nos querem devolver a uma existência inferior, a uma existência próxima da escravatura.
Portanto, Sr. Presidente, se quer um conselho para este ano de 2011, aconselho-o seriamente a que um dia destes, quando se sentar à secretária, simule que a cadeira se partiu e ponha-se ao fresco !
A coisa vai apertar, e o melhor que o Sr. tem a fazer é ir a banhos para Boliqueime, porque por mais que a água do mar Algarvio seja quentinha, não chegará nunca ao ponto de ebulição do fervilhante caldeirão onde o Povo tratará de "cozinhar" esta corja que nos tem desgovernado ao longo dos últimos 34 anos.
Está bom de ver que não vou acabar a mensagem de Ano Novo desejando-lhe um bom ano, porque efectivamente não lho desejo, espero mesmo que este seja um ano mau para si, para aqueles que estão actualmente no Governo e para todos os restantes parasitas que gravitam, e que têm gravitado, à volta do vosso querido Bloco Central ao longo destes 34 anos.
Desejo bom Ano Novo sim, mas ao Povo Português, esperançado e crente, que já em 2011, aquando das Presidenciais, todos juntos possamos mostrar que o poder precisa de mudar de mãos, e que quem constroi o nosso futuro somos nós mesmos, pelo voto e pela luta, se for esse o caso.

Viva Portugal !
Viva Portugal !
Viva Portugal !

7 comentários:

  1. Expressão de um sentimento comum e de uma revolta colectiva.
    Eles não nos ouvem e asseguram-se que o exército e as forças de segurança estejam na sua defesa e os protejam.
    Vai ser um pouco difícil aguentar a revolta e quem se vai lixar é mais uma vez o povo.

    ResponderEliminar
  2. Luís,
    o Povo lixado está sempre, quando é desgivernado por gente desta, mas não pode é ser passivo e continuar a errar no sentido de voto.
    Digo eu ...

    ResponderEliminar
  3. olá , cheguei aqui pelo caminho da TERESA do Crónicas
    mas valerá a epna gastar palavras em politica??? ou será melhor estarmos adormecidos?
    já nem sei
    kis :=)
    BOM ANO

    ResponderEliminar
  4. AVOGI, seja muito bem vinda.
    Claro que vale a pena, um Povo adormecido é um Povo morto e sem futuro.
    A participação popular na vida do país é um acto de cidadania indispensável.
    Bem sei que o estado das coisas é tão mau e gerador de tanta tristeza, que chega a dar vontade de baixar os braços. Mas isso não pode nunca acontecer, não podemos deixar que outros decidam por nós.

    O caminho faz-se caminhando, certo ?

    Um beijinho e volte sempre.

    ResponderEliminar
  5. Olá Eduardo, espero sinceramente que a mudança comece por nós, "comuns" portugueses pois depositar essa mesma mudança unicamente nos nossos políticos é, efectivamente, fundo perdido.
    Um beijinho,
    Sofia

    ResponderEliminar
  6. Sofia, a mudança tem mesmo de começar por nós, Povo, nas atitudes do dia-a-dia, e na hora de ir votar, escolhendo de facto outros políticos que não estes que já demonstraram total incapacidade governativa.

    ResponderEliminar