8 de janeiro de 2011

Presidenciais, a decisão está (há muito) tomada.

A minha opção de voto para as próximas eleições presidenciais estava há muito tomada, mas depois do que tenho visto e ouvido nesta campanha eleitoral, reforcei de forma inequívoca essa minha opção.
Não sou Defensor de alguns dos ataques que se têm promovido com vista ao derrube de adversários, acho mesmo que isso é uma forma pouco Nobre de fazer política.
Aliás, nem sei mesmo como é que um político se pode sentir Alegre com tal postura.
É por causa de atitudes destas, que a maior parte dos Portugueses já não liga Cavaco á vida política nacional.
Há candidatos que se lançam na corrida ao poder, de forma desenfreada, mais parecendo um Coelho correndo pela vida em dia de caça.
Gente dessa não me interessa.
Interessa-me ter um Presidente sério, honesto, trabalhador e defensor dos direitos do Povo, e esse homem dá pelo nome de Francisco Lopes.

6 comentários:

  1. O eleitor

    O cidadão com relação ao Estado – federal, estadual ou municipal - tem muitas características que o definem: ele é o consumidor que faz a economia girar; é o contribuinte que aceita passivamente a fúria arrecadatória do estado; também é o usuário dos serviços, nem sempre bons, que o poder público põe a sua disposição; é, ou deveria ser, o fiscal da administração da coisa pública; e, por último é o eleitor que escolhe quem deve ocupar o executivo por determinado tempo, ou deve legislar por certo período.
    Direitos, deveres e atribuições dos cidadãos mudam em intensidade e alcance de país para país. Claro está que em países cujos regimes não sejam democráticos, os deveres dos cidadãos costumam ser desproporcionalmente maiores que seus direitos, quando estes existem. Nas democracias é natural que os direitos e deveres sejam mais ou menos equilibrados, tanto maiores aqueles quanto maior for o respeito que o Estado dedica a seus habitantes. No Brasil, desde o advento da República, teoricamente, nasceu o cidadão eleitor, aquele que decidiria a quem delegar o poder de gerir a coisa pública. Bem verdade que desde 1889 até a década de trinta do século vinte, os eleitores eram menos cidadãos que compareciam às urnas, e mais gado em currais que referendavam as escolhas dos poderosos. Passou a existir até os infelizes termos “eleições a bico de pena” e “votos de cabresto” os quais definiam com exatidão perversa os processos pelos quais os cargos eletivos eram ocupados.
    A História registra que os eleitores brasileiros nunca tiveram muita ligação com os políticos os quais elegeram, nunca se preocuparam com o destino das promessas de campanha dos candidatos. Parece que, mesmo que seus votos tenham tomado destino da lata de lixo da história, nunca lhes interessou serem ativos cobradores dos políticos. Estranho comportamento, talvez explicado pela obrigatoriedade do voto. O eleitor se vê compulsado a comparecer às urnas, sob o risco de que se não o fizer perde sua condição plena de cidadão, contudo, como o voto é secreto, ele pode, a título de “protesto”, votar no palhaço Tiririca, votar em ninguém ou calcar qualquer número votando em quem ele não lembrará cinco minutos depois. Então como cobrar coisas de seu candidato? O quê cobrar? Há certa ligação entre votar como obrigação e deixar de fazer valer seu voto, embora essa atitude possa parece incoerente, niilista até.
    Há democracias em que o voto não é obrigatório, daí o leitor só vota se estiver convicto daquilo que deseja, se for participativo e acreditar no sistema vigente e nos compromissos de seu candidato; ou não vota como forma de marcar sua posição com relação ao sistema ou ao momento político. Convicção e participação em geral estão vinculados numa fecunda cumplicidade em regimes democráticos sérios, no nosso arremedo de democracia a participação obrigatória às urnas eclipsa as convicções e esperanças que os sufragistas possam ter. Não sejamos ingênuos, não há como afirmar que voto não obrigatório remeterá imediatamente o eleitor à consciência de seus anseios e ao voto naqueles candidatos afinados com suas convicções, mas, com certeza, aqueles que se derem ao trabalho de sacrificar o lazer e comparecerem às urnas estarão muito mais comprometidos com o processo democrático do que eleitores levados como gado ao sufrágio compulsório. JAIR, Matinhos, 01/01/11.

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  2. Caro Jair, antes de mais, quero saudá-lo pela sua visita a este meu espaço, e pelo facto de se ter tornado seguidor.
    Excelente exposição esta que aqui nos deixa, relativamente ao acto do voto, e à consciência cívica que deveria presidir sempre a tal acto.
    É precisamente por querer ser, sempre, um cidadão activo e participativo que não temo em deixar aqui as minhas ideias e opiniões, isto claro está, para além de outras acções que vou desenvolvendo na busca dessa cidadania participativa que defendo.
    Votar, ter sentido crítico na escolha daqueles que elegemos para governarem as nossas sociedades é uma obrigação da qual ninguém se deveria desvincular, mesmo quando, como por aqui acontece, as opções são, regra geral, fracas e repetitivas.
    Não é, na minha opinião, o caso do candidato Francisco Lopes, razão pela qual terá, sem qualquer dúvida, o meu voto.

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  3. Original este seu post. Gostei muito, e, quanto à sua escolha para candidato...os ponteiros do meu relogio.de.corda também estão mais inclinados para o seu lado.
    Continuação de bom fim-de-semana

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  4. Já vi que o relogio.de.corda anda certinho ! não se atrasa nem se adianta :-)))
    Continue a marcar essas horas sempre certinhas, e espero que muitos outros lhe sigam o exemplo ... Portugal bem precisa !

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  5. Bem visto.
    Por essas mesmas razões é que eu vou votar Francisco Lopes.

    Um abraço.

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  6. Fernando Samuel,
    tenho a esperança que desta vez hajam muitos, mas mesmo muitos mais, a pensarem o mesmo.

    Abraço

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