15 de abril de 2010

Uma questão de fé, ou de (falta de) inteligência ?

O produto da fé com a falta de inteligência e/ou conhecimento produz intolerância.
Contrariamente ao que é comum afirmar-se, eu acredito piamente que a necessidade da fé de que o Homem padece, não surgiu por acção das religiões. Antes pelo contrário, foi precisamente pela necessidade de fé que o Homem “inventou” as religiões.
Desde os tempos mais remotos que, sempre que o Homem se encontrou perante dificuldades superiores, recorreu à fé para as poder resolver. Quando o Homem é, pelas mais diversas razões, inculto ou mesmo pouco inteligente, e alia a isso uma fé inabalável na sua religião, então, é fácil e muito provável que surja a intolerância. Suportado pela sua fé, e perante a sua desinteligência ou desconhecimento sobre algo, esse Homem torna-se intransigente. E quanto mais forte é a sua fé, maior se torna a sua intolerância.

Serve isto para explicar duas questões que são, infelizmente, bastante actuais. A primeira, o radicalismo Islâmico que fez abanar o Mundo pela base com os seus ignóbeis ataques terroristas. A segunda, para a postura de intolerância com que muitos dos fiéis Católicos repudiam e tentam fechar os olhos (os deles e os dos outros) às evidências dos crimes de pedofilia na Santa Madre Igreja.

Perante tudo isto, é com muita satisfação, e porque não dizê-lo, inteligência, que eu grito a plenos pulmões :

- Graças a Deus que sou Ateu !

4 comentários:

  1. Eduardo
    As religiões têm contribuido para o bem e para o mal deste mundo, não sei bem em que proporção, mas concerteza que essa proporção varia com a religião, com a época e com o local.
    Não consigo saber se estaríamos melhor ou pior sem elas. Mas a nova religião do consumismo e do lucro não fica atrás das outras, pelo menos no que toca à parte má.
    Precisamos de cultivar o altruísmo e o respeito pela natureza, e nisso, algumas religiões fazem-no ou fizeram-no bem. O problema é que as religiões são praticadas por homens, com tantos defeitos como aqueles que não as praticam.
    Sobre o assunto dos crimes de pedofilia, gostei da crónica da Inês Pedrosa no Expresso do fim de semana passado (em breve deve estar on-line). Não podemos culpar todos os membros da Igreja Católica pelos crimes (hediondos, sim) de alguns dos seus membros. Há também muita gente boa, altruísta e bem intencionada na Igreja.

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  2. Benjamina, escrevi um post no Illuminatus, muito, muito, muito, corrossivo precisamente sobre essa questão (http://www.illuminatuslex.com/2010/04/forma-como-igreja-por-intermedio-de.html).
    E no ultimo comentário que deixei a esse mesmo post explico porque o fiz daquela forma e qual a minha ideia em relação a algumas das pessoas que servem a igreja. Pena que se calhar a maioria das pessoas que lá comentaram ou apenas leram, não vão agora ler esse mesmo comentário !
    No fundo, digo algo que se aproxima bastante do que aqui acaba de dizer no seu comentário.
    A minha indignação surge porque os (bons) exemplos, seja no que for, deverão vir de cima. E neste cao, de cima, das mais altas instâncias da Igreja Católica, o que tem vindo é uma vergonha ... quase inquisitória.

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  3. Olá Eduardo
    Ouvi ontem falar nesse artigo mas não o li, nem concedi aceder. Sobre o artigo da Inês Pedrosa, já está on-line (http://aeiou.expresso.pt/ines-pedrosa=s23492).
    Se fosse possível não haver impostores na Igreja Católica, nas outras religiões, nos partidos políticos e na Justiça, mas só gente de valores e princípios sólidos, mesmo que errassem, porque errar é humano, o mundo seria muito melhor...

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  4. Benjamina, de facto não vai conseguir ler esse meu post porque o mesmo "sumiu" de forma "estranha" daquele blogue.
    Coisas do Demo com certeza ! mas isso são outros "20 paus".
    Quanto aos impostores, acrescentaria o quão bom seria não ter de conviver com eles diariamente nos ambientes de trabalho.

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