9 de outubro de 2010

É uma questão de fazer as contas ...

Talvez por causa da minha actividade profissional, que me obriga a uma exactidão de cálculo constante, e onde nada pode ser feito ou calculado com base no "mais ou menos", acabei por me ir tornando, ao longo dos anos, um verdadeiro discípulo do rigor e da exactidão, não me permitindo nunca, e não gostando de permitir aos demais, que se navegue em zonas de "cinzentismo", as coisas ou são brancas, ou são pretas, cinzento, nunca !
Isto tudo para explicar o calafrio na espinha que senti ontem ao tomar conhecimento da alegria que reinava na pessoa do nosso Ministro das Finanças, Dr. Teixeira dos Santos, quando veio, entusiasticamente, afirmar que, afinal, a receita fiscal se cifrou nuns estrondosos 3,8% contra os inicialmente previstos 1,2%.
E veio ele todo feliz, confessar este tremendo erro de cálculo ?
Mas que confiança pode algum Português ter nas contas, nos cálculos, nas previsões, que esta gente efectua ?
De 1,2% para 3,8%, vai uma distância superior a 200% de erro no cálculo, meus amigos.
Calhou a ser para cima, no sentido positivo, o problema é que na maior parte das vezes esses erros de cálculo têm sido para baixo, tão para baixo que os PEC's se sucedem ao ritmo dos seus próprios erros.
De facto, a falta de rigor instalou-se de forma descarada, e até já serve de bandeira política a estes Srs. do PS.
Vejam o estado a que isto chegou !

6 comentários:

  1. Aqui está uma opinião que assino por baixo "de caras" !

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  2. Sem querer desviar-me do tema central, também me parece que esta é a evidência de que muita gente ainda não tinha percebido a dimensão da crise; ou melhor, a crise atingiu sobretudo os que já não tinham emprego ou que o perderam entretanto, e por isso só agora o grosso irá começar a senti-la no bolso.

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  3. Pois! O problema é que ninguém nos garante que tenha sido para cima. Não haverá, de novo, erro de cálculo?
    Já não há paciência!

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  4. João, quem dera que estivéssemos ambos redondamente enganados. Era sinal que ainda havia esperança, assim ...

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  5. Paulo, entendo perfeitamente o teu desvio, até porque é pertinente e adequado.
    Tens razão, a crise, no que à "pele" diz respeito, só agora começou para a grande maioria.
    Agora é que se começa a sentir na pele a verdadeira crise. O problema é que ela vai ainda no princípio e é inevitável a sua gradual agudização.
    Uma coisa é certa, os países endividam-se de duas formas :
    1 - Por má gestão governativa
    2 - Por endividamento das famílias
    As pessoas, por mais que lhes custe ouvir dizer isto, têm de meter na cabeça que têm andado a viver acima, muito acima, das suas reais capacidades. Coleccionaram créditos como quem colecciona pedrinhas da praia, e isto tinha de chegar ao ponto de ruptura, para daí se partir para um ponto de equilíbrio.
    Queixam-se alguns analistas que irá haver retração da ecónomia, e eu digo, ainda bem, porque isso no fundo é o resultado prático do realinhamento do país à sua realidade económica.
    É duro ouvir isto, mas é a realidade.
    Não podemos querer produzir como 3º Mundistas, viver como 1º Mundistas e dar nas visas como Xeiques Árabes.
    Sejamos realistas

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  6. Teresa, com este Governo, o único nº correcto é o 13 !
    Os gajos dão azar como o caraças !

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