5 de julho de 2011

Menos mal.

Há muito que defendo o não pagamento de portagens na Ponte 25 de Abril, assentando esta minha posição em vários critérios, de entre os quais saliento o da equidade e justiça social relativamente a outras populações do território nacional, em situações idênticas, e que não pagam rigorosamente nada para atravessarem pontes que os levam a grandes cidades e, consequentemente, aos seus postos de trabalho.
Basta para tanto verificar-se quanto pagam, por exemplo, os cidadãos de Vila Nova de Gaia para atravessarem a(s) ponte(s) que ligam esta à cidade do Porto.
Por mais antagónico que possa parecer, é precisamente por causa destas questões de equidade e de justiça social que sempre me opus ao não pagamento das portagens na Ponte 25 de Abril durante o mês de Agosto.

Passo a explicar.

Durante 11 meses, as populações da dita “margem sul” são penalizadas relativamente às da “margem norte”, sendo obrigadas a pagar portagens para poderem ir trabalhar. Não contentes com isso, os nossos governantes ainda acharam por bem aliviar as populações da “margem norte” de pagarem portagens durante o mês de Agosto, para estes poderem ir a banhos, e sem custos, para as magníficas praias da “margem sul”.
Trata-se dum infame caso de dupla injustiça, que sempre considerei inaceitável.

Quando hoje li a notícia que dava conta que as “borlas” em Agosto na Ponte 25 de Abril vão acabar, não fiquei obviamente contente, porque o que defendo, reforço, é o não pagamento das portagens durante todo o ano, mas ainda assim, confesso, penso que de forma indirecta se conseguiu, pelo menos, minimizar a injustiça que vinha sendo cometida para com as populações da “margem sul” relativamente às da “margem norte”.

4 comentários:

  1. O problema é que este tipo de medida só é universal...para cima...

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  2. Assim tem sido M.
    Mas aparentemente a malta gosta ... pois continua a pôr lá os mesmos de sempre e que já têm experiência nessa matéria de ... universalizar ascendentemente.

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  3. És capaz de ter razão...

    Um abraço.

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  4. Amigo Fernando, aceito que à primeira vista esta minha posição possa parecer, no mínimo, antagónica, mas a verdade é que é muito injusto que uns paguem 11 meses para trabalhar e depois outros não o façam sequer para passar férias.

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