19 de setembro de 2011

Manhãs de Setembro.


Veio-me o cheiro a Setembro
Logo pelo acordar
Tempo doce em que relembro
Manhãs de encantar

Tudo era novidade
Tinha a vida mudado
Não havia dificuldade
Que me deixasse amargurado

Era a força da vida
A força da mocidade
Tanta noite perdida
Na maior felicidade

E de manhã ao acordar
Não havia cansaço
Nada me fazia recuar
Nada era embaraço

Manhãs frescas de orvalho
Aromas de fim de Verão
Com o sol por agasalho
E a vida inteira na mão

12 comentários:

  1. Afinal!!!!

    E além de poeta...modesto...

    Gostei muito! Mas reconheço que me surpreendeste:)

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  2. Devaneios M, meros devaneios !
    Tenho-os aos quilos, mas só alguns vêm aqui parar na forma de post.

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  3. Então, se tens «quilos» deles, vai partilhando ao menos uns «gramas», de vez em quando...

    Um abraço.

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  4. Eduardo,

    De certeza que alguns dos teus conterrâneos sabem umas coisitas de música.
    Ora bem, assim sendo porque não convidá-los a musicar este (e outros) devaneio?

    E que belo canto alentejano daria!

    Força, pensa nisso.

    Beijinho.

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  5. Ó Teresinha ! isso é que era uma coisa bonita. Ver um "devaneio" meu musicado. Coisa linda.
    Duvido é que apareça um músico suficientemente louco para o fazer.

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  6. Eduardito,

    Livra-te de desistir!
    Não gosto nada, mas mesmo nada, de pessoas que desistem, que não vão à luta, que se acomodam.
    Ora como não te incluo neste grupo, vamos em frente.
    Um músico ... "louco para o fazer"?
    Vamos lá pôr as coisas nos devidos lugares. Suficientemente louco para NÃO o fazer, isso sim.
    Beijinho.

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  7. Ok Teresinha, tenho de ver se um dia destes arranjo um músico que se entretenha com os meus devaneios :-)))
    Se conheceres algum, estás à vontade ...

    O pior é se nos aparece algum Zé Cabra !

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  8. Devaneios doces, sugestivamente belos, a olhar pela fotografia!...

    Sabe bem fazer destes interlúdios, a música embaladora também se ouve...estamos no Céu?! onde estamos, afinal? nem apetece descer àquele Planeta, ao longe ?!, tão azul...tão negro!...

    Um abraço, Eduardo, belo e sentido poema!

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  9. Caro Nunes, agrada-me verificar que também a sua alma poética se soltou com este devaneio.

    Abraço.

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  10. Parente,

    Um Alentejano que se prese tem que dar uns toques a cantar e a escrever umas coisitas, que não é o teu caso. Tu escreves a serio.

    A 1ª quadra vamos dizer assim é uma maravilha.

    Vê se gostas:

    Fiz da Chaimite um arado
    E da granada um pião
    Da G3, fiz um cajado
    E do CRAVO uma Nação.

    Eu quilos não tenho mas meia-quarta arranjo

    Abraços

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  11. Ó Parente, eu para as quadras ainda vou inventando para aqui umas porras mal amanhadas.
    Agora para a cantoria é que a porca torce o rabo. Mal por mal, só se já lhe tiver empurrado umas cartuchadas é que se me afina o pio.

    Se gosto ?
    Atão nã havera de gostar, home !

    Para lá de bom. Não negas as origens.

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