Longe vão os tempos em que a mercearia do Sr. Zé, lá no bairro, virava dependência bancária do dia para a noite.
As dependências bancárias cresciam como cogumelos, era o tempo (aparente) das vacas gordas.
O tempo passou, e hoje chega-se à conclusão que afinal vivíamos tempos de vacas loucas, isso sim.
Hoje, conforme noticia o Jornal I, BCP, BES e BPI estudam uma fusão das três entidades bancárias com vista à constituição dum grupo bancário forte que faça frente ao actual cenário de crise. Crise essa que eles próprios, os bancos, ajudaram a criar, diga-se.
Sob o ponto de vista económico-financeiro a solução pode até fazer sentido, o reverso da medalha nesta fusão, caso a mesma se venha a concretizar, é que estaremos perante uma verdadeira catástrofe nacional ao nível do desemprego.
Uma fusão dos 3 maiores bancos privados nacionais redundará, inevitavelmente, na tentativa de mandar para o desemprego largos milhares (não hajam dúvidas que se trata de milhares e não de meras centenas) de trabalhadores bancários.
E, ou muito me engano, ou a figura de extinção do posto de trabalho será aqui usada como “tábua rasa” para mandar para a rua milhares de bancários sem direito a indemnização. Isto claro está, entre outras formas que agora se andam a preparar para despedir com justa causa e sem encargos para o patronato.
Avizinham-se tempo de grande luta social e sindical, à qual, necessariamente, todos os trabalhadores deverão aderir, sob pena de, não o fazendo, passarem duma situação já de si precária, para a indigência imediata.
Mais que uma Fusão, avizinha-se isso sim uma Infusão, onde os trabalhadores bancários serão queimados em lume muito pouco brando.
Eduardito,
ResponderEliminarNão sabia.
Sabes aqueles momentos em que ficas sem palavras?
Pois, fiquei assim!
E não há possibilidade de responsabilizar todos os indivíduos, portugueses e não só, que conduziram o país e a Europa a este descalabro?
Não, não me parece que haja.
E viva a Alemanha e, viva a França, que continuam a determinar o que todo o resto da Europa deve fazer.
Luz ao fundo do túnel? Vês? Eu não!
Beijinho.
Teresinha.
ResponderEliminarSem palavras fiquei eu ontem depois de ouvir o 1º Ministro.
Que é que se passa com o teu Blogue ?
Não consigo lá aceder.
Como na Assembleia, onde estiveram os militares, para incutir no País a luz de que são portadores desde Abril de 1974, assim no refúgio Aboim Ascensão, não faltaram militares, que são os garantes de que esta fachada continue:
ResponderEliminarLUZ DE FACHADA
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E a fada madrinha
acende iluminação
com a sua varinha
varinha de condão
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Luzes multicolores
lá neste Advento
alegram os amores
é festa e é evento!
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dia da Restauração
eu vejo os coronéis
no Aboim Ascensão
a mostrar ser fiéis
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eu vejo brinquedos
que são recolhidos
e os meninos ledos
ai lá são protegidos
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Árvores iluminadas
a luz dão a arvoredo
e a crianças deixadas
na luz do seu medo!
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precisam dum colo
que cedo as deixou
e precisam consolo
a sua família faltou?
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e sem a consolação
eu vejo os milhares
que com fome vão
para os seus lares?
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estes são velhinhos
que pedindo o pão
não tem os carinhos
terão uma salvação?
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vejo o fogo de vista
para embalar um Zé
ai que já não avista
emprego, perde a fé!
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com euro a estoirar
e a falência à beira
eles foram iluminar
sem beira nem eira!
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e a fada madrinha
lá foi com o sininho
com a sua varinha
levar-lhes o colinho!
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mas o que é preciso
e que não será feito
é levar luz do siso
a estado de direito!
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Eugénio dos Santos