3 de outubro de 2011

O isco está lançado.

As manifestações do passado dia 1 de Outubro causaram estragos consideráveis na, já de si debilitada, estrutura governativa de Passos Coelho e seus pares.
A prova de que o impacto foi grande surgiu ontem, via "media" em geral e Televisão em particular.
Se na Sexta-Feira e Sábado as notícias sobre as manifestações foram pouco mais que nenhumas, a verdade é que ontem, e depois dos números consideráveis de manifestantes e das decisões ali tomadas para o futuro da luta, as televisões bombardearam-nos com uma "parelha" de notícias que visam dois objectivos muito claros e concretos.
Foram vários, para não dizer todos, os telejornais que, com um dia de atraso, colocaram no ar imagens das manifestações e da sua força para, imediatamente a seguir, lançarem a notícia que as forças de segurança estão muito temerosas que os tumultos sociais em próximos actos de luta tomem conta das nossas ruas.
O objectivo primeiro está bem claro, é alertar, chamar a atenção, acicatar, provocar, ressabiar, aqueles que por ventura já estejam mais desorientados pela fome, pela precaridade, pelo sofrimento da crise, para ver se mordem o isco e se, de facto, tomam atitudes de insurreição que depois justifiquem os tais temores que agora, segundo eles, atemorizam as nossas forças de segurança.
O segundo objectivo, claro, na eventualidade do primeiro ser atingido com sucesso, é lançar de imediato as culpas sobre a CGTP e sobre as forças de esquerda deste país que são, no dizer deles, uns terroristas, desejosos de criar instabilidade na sociedade e nada preocupados com o bem estar do Povo Português.

Portanto, caros Portugueses, caso venham a participar nas acções de luta que se avizinham, façam-no conscientes de que estamos a lutar pelo país e não contra o país, que estamos a lutar pelos nossos direitos e não contra os nossos direitos.
Deixem o isco para quem o lançou e mostremos ordeiramente que os únicos actos terroristas neste país são aqueles que, diariamente, são levados a cabo pelo governo PSD-CDS.

10 comentários:

  1. Eles farão o que puderem para que as provocações façam efeito...

    Abraço.

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  2. O mal está feito, meu caro. A cura ninguém a conhece.

    Talvez o tempo.

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  3. Muito bem observado.

    Um abraço.

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  4. Samuel,

    como tu bem disseste no "Cantigueiro", se eles não conseguirem criar uma "combustão espontânea" junto de quem se manifesta, é quase certo que vão lançar os seus "infiltrados" para criarem focos de instabilidade e arruaça.
    E isso é que se torna muito complicado de controlar e/ou evitar.

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  5. Caro Joshua, cura, eu acho que há, o problema é que as pessoas não têm querido tomar o "remédio" para a maleita.

    E não entendo porquê, sinceramente ! pois tratar-se dum "genérico" do mais barato que há.

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  6. Fernando, o camarada Zeca é que a sabia toda, e já ele dizia :

    "O que faz falta é avisar a malta
    O que faz falta"

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  7. Este País precisa de uma sangria. Precisa de "despachar" os que estão no poder desde o 25 de Abril, porque vamos acabar numa ditadura... Já lá estamos, as pessoas é que estão bastante "anestesiadas"... é o que faz tanta TV. Anestesia.

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  8. Completamente de acordo contigo Fada.
    Vivemos numa novel ditadura que se tem implantado e crescido à base da "anestesia" cerebral que têm ministrado nas pessoas, ou melhor, que as pessoas têm permitido que lhes ministrem.

    É necessário um "despertar" de responsabilidades no Povo, um ganhar de consciência colectiva que tem faltado, porque este sistema cativa o egoismo e as pessoas não entendem que o bem pessoal só pode advir do bem geral.

    E este despertar vai chegar, pena que seja pela fome !

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  9. E é que estamos mesmo a ser provocados. Até ao nível da comunicação, ao nível dos meus contactos no Facebook, estou a ser censurada! E não devo ser só eu!

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