22 de novembro de 2011

Mais que um direito, um dever.


Tendo em conta o ataque claro e despudorado que o actual Governo está a infligir ao Povo Português, aos seus mais básicos direitos e garantias, a nossa resposta não pode ser outra que não seja uma adesão massiva à Greve Geral do próximo dia 24.
Crises sempre existiram e continuarão a existir, o que não podemos permitir é que esta mesma crise sirva de desculpa para nos fazerem regredir no tempo, tentando devolver-nos a uma existência vergada a um novo e ainda mais cruel Fascismo que aquele que vivemos durante 40 anos.
O roubo dos 13º e 14º meses, aumento do número de horas de trabalho, diminuição de salários, liberalização dos despedimentos sem justa causa, tentativa de assassinato do Sistema Nacional de Saúde e do Ensino gratuito, tudo isto, mais não são que medidas Fascistas, que visam a subjugação dum Povo inteiro ao poder do grande Capital, e que jamais criarão condições para que Portugal possa efectivamente ultrapassar a actual crise.

Dia 24, fazer greve é muito mais que um dever, é, isso sim, uma obrigação e um acto da mais nobre cidadania.

8 comentários:

  1. Reformado, solidário, estarei na concentração do Rossio...

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  2. Trabalhador no activo, solidário, e tembém eu lá estarei no Rossio, dando voz e corpo ao desacordo pelas políticas fascitas do governo da Troika.

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  3. Olá Eduardo, mais uma vez a protestar... pois tem de ser. Afinal eu já nem esperança tenho... depois de ter lido esta notícia sobre a Islândia, não há mesmo nada que me anime... aqui vai:


    Capitalismo abutre: O novo desastre bancário da Islândia
    - Um ensaio geral para a Grécia e a Itália?

    (...)Os abutres tornaram-se proprietários de dois dos três novos bancos islandeses. A conselho do FMI o governo negociou um acordo tão frouxo a ponto de lhes dar uma licença de caça às famílias e negócios islandeses. Os novos bancos actuaram em grande parte como agências estado-unidenses de colectas de pagamentos quando compram dívidas podres de cartões de crédito, empréstimos bancários e contas não pagas de retalhistas a 30% do valor facial e a seguir perseguem os devedores para extorquir-lhes tanto quanto puderem, por quaisquer meios.

    Estes necrófagos do sistema financeiro são a maldição de muitos estados. Mas agora há um perigo de ascenderem ao topo da pirâmide legal internacional, até a um ponto em que estejam em posição de oprimir todas as economias nacionais.

    O caso da Islândia tem um viés especial. De acordo com a lei islandesa, hipotecas e muitos outros empréstimos ao consumidor estão ligados ao índice de preços no consumidor (IPC) em ascensão no país. Os possuidores desses empréstimos não só podem exigir 100% do seu valor facial como também podem acrescentar à dívida principal o aumento devido à indexação. Milhares de famílias enfrentam pobreza e perda de propriedade por causa de empréstimos que, em alguns casos, mais do que duplicaram devido ao crash da divisa e a subsequente inflação de preços. Mas o FMI, o governo da Islândia e o Tribunal Supremo reiteraram a indexação de preço do empréstimo principal e taxas de juro usurárias, por receio de que o sistema bancário reestruturado se deparasse com um desastre.

    leia mais aqui: http://www.resistir.info/islandia/capitalismo_abutre.html

    Um beijinho para todos vocês.

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  4. Amanhã todos temos o dever de utilizar um direito fundamental...
    Viva a Greve Geral!

    Um abraço.

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  5. Fada, esperança é a última a morrer, e nesta altura, confesso, que a situação da Islândia ou de outro qualquer Estado, que não o nosso, que esteja a ser vítima do capitalismo abutre (quem não está ?) serve-me apenas como fonte de informação e não como preocupação.

    Preocupação e disponibilidade temos de ter, sim, para lutar por Portugal e pelos Portugueses, e mesmo assim já vai ser díficil arranjar doses suficientes de ânimo e força para combater tanto mal.

    Acho que é hora de nos virarmos para dentro e não nos dispersarmos com a "estranja".

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  6. Ora bem Fernando, é essa a postura certa.

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  7. Eduardamigo

    Como sabes sou do PS, mais precisamente o N.º 1123, e já vinha da JASP e da ASP. E por isso mesmo...

    ... apoio o Manifesto encabeçado por Mário Soares, que aos meus 16 anos, supostamente me ensinaria História e o que me ensinou foi... Política;

    ... apoio a Greve Geral porque (ainda) existe o direito à indignação, ainda que não acredite, infelizmente, que ela vá mudar o que quer que seja;

    ... sou reformado (oficialmente, porque um jornalista nunca se reforma), não vou à manifestação (por motivos que não vêm ao caso), mas estou de alma e coração com quem nela participa;

    ... não gosto de unicidades, mas estou ao lado da CGTP e da UGT.

    Creio que já te roubei tempo em demasia; alto: hoje, pois já são 01:47 não abro a nossa Travessa, nem o nosso Pulhitica. Nem brincalhotices. Disse.

    Abç

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  8. Eduardo, nem é preciso que o digas, de certeza que estarás em campo, hoje!
    Não sei se teria assim tanta capacidade e voluntarismo para fazer o mesmo.
    -
    Permiti-me a veleidade de escrever sobre a Greve de hoje com arrojos de contra-corrente.

    A preocupação com que estamos a viver o presente é demolidora, talvez nos cegue até, em determinados momentos.

    Por isso:
    ...
    "Que fazer, então, interrogam-se os sábios economistas, em permanentes mesas redondas em busca do enigma da quadratura do círculo?
    Entretanto, vamos para a rua?! Se for para pressionar os chefões da União Europeia, contem comigo. Doutro modo, o que é que esperamos duma greve geral, na actual conjuntura?"

    Em síntese e duma forma mais esotérica:
    Temos pela frente um momento transcendente em que o Homem tem que se ultrapassar a si mesmo...

    Qual a via a seguir?

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