17 de junho de 2010

É hora de acção.

Ora deixa lá ver se eu entendo.
Primeiro, o nosso Governo decide, contra aquilo que foram as suas promessas eleitorais, aumentar os impostos.
E não se ficou por aqui, que aquilo ali para os lados do Largo do Rato é malta com grande imaginação quando se trata de vir ao bolso do pessoal.
Sim, que isto de levar a faustosa vida de reformado em Portugal é coisa que tem de acabar.
Os Patrões, que nestas coisas de malhar no Zé Povinho não gostam de ficar atrás de ninguém, e a reboque da tão propalada crise, insistem que a solução é criar precariedade laboral, através da flexibilização das leis do trabalho.
Eu, que não gosto de julgar ninguém sem antes meditar bem sobre o assunto, fiquei a pensar :

- Espera lá ai Eduardo, olha que as pessoas se estão a propor isto alguma razão hão de ter e já devem ter começado, eles próprios, a dar o exemplo.

E, confesso, fui em busca de informações que sustentassem este meu raciocínio.
Procurei, procurei, voltei a procurar e só o que encontrei foi algo que, afinal, entra em contradição com este linha de pensamento.

É por demais evidente o objectivo que move esta gente.
É hora de acção, o tempo esgotou-se.
Ou o Povo se une para acabar com estas políticas que visam a destruição do Estado Social, ou então iremos todos nós, e as futuras gerações, passar por um período de trevas que só conhece paralelo nos primórdios da Revolução Industrial, quando as pessoas trabalhavam de Sol a Sol, apenas para poderem receber uma fatia de pão seco e uma malga de vinho.

7 comentários:

  1. Fiquei surpreendido com as últimas notícias. A ausência de um plano coerente está a criar uma espécie de caça às bruxas que, porventura, terá o apoio dos não visados nestas medidas.
    De negação em negação vamos sendo confrontados com medidas atabalhoadas; impressionante!

    ResponderEliminar
  2. Muito pertinente esta sua reflexão crítica. Uma preocupação enorme relativa ao estado de "sítio" em que este governo nos lança. Quando é que tudo isto vai serenar? Quando teremos melhores dias e maior confiança em quem dirige os nossos destinos?
    Espero que esteja a melhorar e que rapidamente a sua vida se veja normalizada.
    Obrigada pelas suas visitas constantes e pelos comentários tão gratificantes.
    Desculpe as minhas ausências, mas o trabalho não me deixa devanear por outras bandas que não seja a Escola, a Escola!
    Jinhos.

    ResponderEliminar
  3. Paulo, é o desnorte total, e a meu ver, não é de agora que o desnorte vem. O desnorte sempre existiu, desde o inicio destes 2 ultimos Governos PS.
    Esta é uma gente desqualificada para gerir os desígnios do País, que se preocupam mais em se governar que em governar, e era inevitável chegarmos a este ponto de ruptura.
    As pessoas têm de se consciencalizar que estamos efectivamente em ruptura, que há e vai haver muita fome em Portugal, que o nosso tecido empresarial está ferido de morte, que os nossos sectores primários, como a Agricultura e as Pescas, estão dizimados, e que não vai ser possível, só por nós sairmos desta situação.
    E não sendo possível sairmos da situação pelos nossos próprios meios, o mesmo equivale a dizer que Portugal está entregue nas mãos dos Srs. do Dinheiro, que nos irão escravizar durante muitos e muitos anos.
    Caiu a máscara, não há volta a dar, e Portugal está perdido.
    Não há, nem vai haver forma de recuperarmos desta situação sem ser com dor e sofrimento, muita dor e muito sofrimento.

    ResponderEliminar
  4. Estado de sítio, diz bem.
    E como a história demonstra, normalmente, estes "estados de sítio" só se resolvem com Revoluções. As revoluções "per si" não resolvem as crises, não criam emprego, não geram receitas, mas criam os caminhos para um futuro melhor, e têm o condão de "limpar" os podres dum passado negativo.
    Em Abril foi assim, conquistou-se a liberdade, limpámos o vergonhoso passado de ditadura.
    Depois, com a ânsia natural de quem vinha de quase 50 anos de ditadura, queimaram-se demasiadas etapas e crescemos côxos em termos de democracia, porque esta assenta em pilares como o civismo e a educação, e esses foram sempre "patinhos feios" dos nossos Governos.
    A Liberdade está há muito conquistada, falta conquistar a verdadeira democracia, e essa, da forma como as coisas estão, parece-me que também só a conquistaremos com nova revolução.
    Resta saber se desta vez, chegarão os cravos ?

    ResponderEliminar
  5. Se queres saber, já nada me espanta. O desrespeito, o desnorte, a inconsciência(será?), o roubo descarado, o castigo SEMPRE dos que menos podem, o aumentar de uma pobreza que devia envergonhar os responsáveis: governo, patronato, grupos de interesses - sejam eles quais forem -, faz do período que estamos a travessar um dos que vai ficar para a História pelos piores motivos.
    Desta vez, acho que os cravos vão ser outros!
    Abraço.

    ResponderEliminar
  6. Teresa, eu também não acredito que desta vez cheguem os cravos.
    Portugal, enquanto Estado de Direito está ferido de morte, tornámo-nos numa moderníssima ditadura, onde o partido do Governo controla a Justiça e os Media e subjuga o Povo a todos os seus caprichos.
    O Povo tem de se levantar desta letargia, acordar, e tomar a seus braços a responsabilidade de mudar a situação.
    Cometer-se-ão erros se tal processo ocorrer, como julgo que ocorrerá, mas ainda assim insignifcantes comparados com os benefícios de se matar pela base esta "novel ditadura".

    p.s.
    Não tarda tenho o SIS a bater-me à porta.

    ResponderEliminar
  7. Ai tens, tens!... Não seremos dois?!
    Abraço.

    ResponderEliminar