30 de dezembro de 2009

Desejo único para 2010

Para o novo ano que se avizinha, tenho apenas um único desejo :

- Que este seja em definitivo o ano em que todos daremos as mãos pelo nosso Planeta Terra.

28 de dezembro de 2009

Portugal Gourmet

Na maior parte das vezes em que se fala sobre o actual estado de crise nacional, e do desequilíbrio cada vez maior entre as nossas exportações e importações, tende-se a estabelecer paralelismos e/ou comparações com realidades distintas que se verificam noutros países, alguns até fora do espaço Europeu a que pertencemos.
É bem verdade que os bons exemplos se podem e devem de importar, independentemente da sua origem, mas não é menos verdade que muitas das vezes, o que funciona na perfeição noutra parte do globo, não funcionará necessariamente bem aqui em Portugal. Porque as realidades são distintas, a sociedade rege-se por outra ordem de valores, a economia conhece realidades totalmente distintas, o clima é diferente, etc. etc. etc.
Por tudo isto, prefiro sempre pegar em bons exemplos nacionais, com fórmulas mais que testadas e sustentadas em resultados francamente positivos, para que sirvam de verdadeiros “case-study” no sentido de repensarmos o país e nos tornarmos competitivos internacionalmente, com uma economia forte, ou pelo menos, menos fraca, e que nos permita ir mitigando a diferença assustadora que se tem acentuado em relação ao “comboio” dos restantes países da UE
Os mercados actuais absorvem, basicamente, dois tipos de produtos, o produto normalizado, produzido em massa e a preços altamente competitivos, e o chamado produto “gourmet”, o produto de qualidade superior, que não é produzido em larga escala, mas que tem o seu escoamento sempre garantido pelas classes alta e média-alta que consomem, até à exaustão, este ultimo tipo de produto.
Exemplo disso mesmo são os nossos Vinho do Porto e Vinho da Madeira,
Há anos que estes sectores não conhecem crises, que exportam muito bem e que vêem escoados todos os stocks.
Este é, por exemplo, um dos “case-study” a que me refiro. Não precisamos de ir lá fora para beber conhecimento que nos permita entender que passos devemos dar no sentido de criar produtos que sejam absorvidos pelos mercados externos e que signifiquem criação de mais valias para Portugal.
Portugal até é um país abençoado pelo clima e pela geografia, o que nos tem permitido produzirmos produtos de alta qualidade mas que nunca foram devidamente explorados com o objectivo de os tornar rentáveis através das suas exportações para os mercados externos, como aconteceu com os casos dos vinhos do Porto e da Madeira.
Então, pergunto eu, para quando a criação de regiões demarcadas que nos permitam criar condições para fazer elevar as cotações de alguns outros produtos Portugueses que já deviam de estar a ser devidamente produzidos e comercializados para os mercados externos ?
A cereja do Fundão, que é constantemente considerada como a cereja de maior qualidade produzida na Europa, a laranja Algarvia, de qualidade e sabor únicos, as maçãs do Oeste, também elas altamente conceituadas, o azeite, que de sul a norte é produzido em Portugal e que ganha ano após ano medalhas de ouro nos concursos internacionais, a carne Mirandesa e a de Arouca, também com vários prémios internacionais ganhos, o porco preto do Alentejo, o queijo dos Açores, os cogumelos e espargos de praticamente todo o interior do país …
Tudo isto são produtos de altíssima qualidade que poderiam e deveriam significar a saída de Portugal do marasmo em que nos encontramos e do constante afundanço na balança das exportações, por total inépcia dos nossos governantes e empresários.
Dada a reduzida dimensão do nosso território, jamais poderemos competir, em termos de preço e quantidade, com os grandes produtores Europeus como a França, Alemanha e até Espanha, mas podemos, e devemos, ser o país Gourmet desta Europa.
A matéria prima está, e sempre cá esteve, basta trabalhá-la.

22 de dezembro de 2009

Feliz Natal


Directamente do meu "enclave" Alentejano, desejo a todos um Feliz Natal, com muito amor, saúde e alegria.

17 de dezembro de 2009

Querido Pai Natal


QUERIDO PAI NATAL,

ESTE ANO LEVOU O MEU CANTOR E DANÇARINO PREFERIDO, MICHAEL JACKSON, O
MEU ACTOR PREFERIDO PATRICK SWAYZE E AS MINHAS ACTRIZES PREFERIDAS, A
NATASHA RICHARDSON E FARRAH FAWCETT......

SÓ QUERO LEMBRAR-LHE QUE O MEU POLÍTICO PREFERIDO É O SOCRATES....

OBRIGADO PAI NATAL.

p.s.
por sinal nenhum dos nomes referidos é meu preferido em coisíssima alguma, mas a piada chegou-me assim, e assim teria de a apresentar.

15 de dezembro de 2009

Regeneração da vida marinha na Arrábida

Decorria o ano de 1998 quando se procedeu à criação do Parque Marinho Professor Luiz Saldanha, inserido no Parque Natural da Arrábida. O parque compreende a frente marítima entre as praias da Foz e da Figueirinha, com uma extensão de 38 quilómetros de costa rochosa. Ao todo, são 53 quilómetros quadrados de área marinha.
O principal objectivo da criação deste parque foi o de garantir a conservação da biodiversidade e o futuro dos recursos pesqueiros nesta maravilhosa zona da costa Portuguesa.
Para o efeito, em 2005 o Plano de Ordenamento estabeleceu regras apertadas e rigorosas para todas as actividades que podem desenvolver-se nas diferentes zonas do Parque Marinho, pondo assim termo à pesca “selvagem” que quase vitimou definitivamente este verdadeiro santuário da vida marinha.
Em todo o Parque foi proibida a pesca comercial de embarcações não licenciadas, a pesca por artes de arrasto e por apanha comercial ou lúdica, a caça submarina e a navegação com motos de água.
Passados apenas 3 anos os resultados já começam a ver-se, e são evidentes os sinais de regeneração nesta que é considerada uma área única a nível nacional e europeu. Mais de mil espécies de fauna e flora marinha fazem deste pedaço de costa um paraíso para quem mergulha.
Este é verdadeiramente um exemplo a seguir em muitas outras zonas costeiras do nosso país, e que trará benefícios a curto, médio e longo prazo para todos, inclusive para os pescadores, que tanto se queixaram, mas que vêm agora os stocks pesqueiros da zona a aumentarem para níveis inimagináveis há 3 anos atrás.

14 de dezembro de 2009

Palhaça, esquizofrénica e inimputável.

Exceptuando algumas séries “fetiche” que passam nos canais cabo, das quais destaco o intemporal “Dr. Frasier” e a magnífica “Boston Legal”, apenas sou seguidor assíduo de outro programa de televisão, trata-se do já velhinho Eixo do Mal.
Assisto ao programa desde o seu início, sempre com interesse e com expectativa de colher mais alguma (boa) informação que nos é passada num formato que, pelo menos para mim, é interessante e bem disposto.
Os elementos que compõem o programa têm-se mais ou menos mantido, sendo que a substituição do jornalista José Júdíce pelo Pedro Marques Lopes se revelou numa perda de qualidade significativa para o programa.
Mas quem me leva a escrever aqui umas linhas é a “personagem” da Clara Ferreira Alves, que começa a fazer perigar a minha férrea vontade de seguir o Eixo do Mal.
Num altura em que muito se fala em palhaçadas, esquizofrenias e inimputabilidades, torna-se claro que esta Sra. é um verdadeiro 3 em 1 nessas características.
A forma absurda, desbragada e até assaz incorrecta como a referida Sra. se insurge, sempre que algum dos outros elementos critica o PS, tornou-se impossível de aturar, e realçam o seu lado esquizofrénico.
Se a crítica se situa mais concretamente em relação ao Sr. Dr. Mário Soares, ai então, caldo entornado, a Sra. torna-se claramente num ser inimputável e que jamais poderá ser levada a sério.
É uma pena que quem de direito na SIC não tenha já promovido a substituição desta Sra. por alguém que devolva a qualidade e a credibilidade a que o Eixo do Mal nos habituou.
Evitei aqui neste texto chamar a Sra. de palhaça, até porque acordar todos os dias com aquela cara não deve ser fácil, e era desnecessário “bater mais no ceguinho”.

10 de dezembro de 2009

Palhaçadas

Podem até chamar-me saudosista, mas eu ainda sou do tempo em que o Palhaço ia com o Coelhinho e o Pai Natal no comboio ao Circo.
Agora é que pelos vistos os Palhaços andam apenas pela Assembleia da Republica e de mãos dadas com esquizofrénicos.


9 de dezembro de 2009

De novo a doação de orgãos

No capítulo da Saúde o nosso governo apresenta comportamentos díspares para situações que são, ao fim e ao cabo, semelhantes, ou que pelo menos visam objectivos semelhantes.
Aquando da chegada ao País das primeiras remessas de vacinas para a Gripe A, o nosso elenco governativo, Ministra da Saúde e 1º Ministro em destaque, correram para a frente das câmaras de televisão para que todos pudéssemos ver, com os nossos próprios olhos, que a vacina era necessária, que era segura, e que, acima de tudo, era um dever que todos nós, enquanto cidadãos conscientes e preocupados com o bem estar geral do País, deveríamos seguir.
Pois bem, a mensagem passou e parece que a vacinação tem sido um sucesso. Para quem, ainda o tempo nos há de mostrar !
Depois disso, e noutra medida que visa, segundo a nossa Ministra da Saúde, a melhoria da qualidade de vida da população Portuguesa, sugeriu a abolição das Taxas Moderadoras para aqueles que, em vida, sublinho, EM VIDA, doassem órgãos.
Segundo a nossa Ministra, a doação de órgãos (após-morte ou em vida) é “…uma forma de participar na sobrevivência e qualidade de vida de muitas pessoas".
Perante tal posicionamento da nossa Ministra da Saúde e, não tendo ouvido qualquer comentário em contrário do restante elenco Governativo, em particular do Sr. 1º Ministro, começo a estranhar o facto dos dias se passarem sem que sejamos presenteados com imagens em directo, ao vivo e a cores, do nosso 1º Ministro e/ou da nossa Ministra da Saúde a sujeitarem-se a intervenção cirúrgica para doarem, ou um rim, ou um pulmão, ou outro qualquer órgão que entendam ser importante para melhorarem a qualidade de vida dum qualquer Português que esteja a necessitar de um desses órgãos.
Mas eu sou paciente, e vou continuar à espera, porque acredito que a nossa Ministra da Saúde e o nosso 1º Minstro, humanos e clarividentes como são, não deixarão de cumprir o seu dever, e serem, tal como fizeram com as vacinas para a Gripe A, os primeiros darem-nos tamanho exemplo de civismo.

3 de dezembro de 2009

Miudezas em troca de Taxas Moderadoras

A ministra da Saúde pretende a eliminação das Taxas Moderadoras para aqueles que sejam doadores de órgãos.

Isto quer dizer o quê ?

Que o Governo está mesmo disposto a chupar-nos até ao tutano, não ?

“Não queres pagar taxas moderadoras ?
Porreiro pá, deixas cá a rinzeira que a malta faz-te o desconto”

Vergonha de País este !

Pois a mim não me levam nada, a não ser os gases, que lhos dou de bom grado.

1 de dezembro de 2009

Desabafo

Entra-se e sente-se o peso desmesurado a espalmar-nos contra um chão sujo, não pelo aspecto higiénico, mas pelos passos de gente suja que o pisa.
O ar é irrespirável, sulfuroso, e parece não se mover há décadas.
É como se o ar fosse o elemento contaminador de tudo, como se fosse ele que descaracteriza as personalidades que o inalam e exalam vezes sem conta, o mesmo ar, vezes sem conta, dentro e fora, dentro e fora.
Aquele ar já passou pelas entranhas de todos, a cada inalação é como se sentíssemos as entranhas deste e daquele a espalharem-se por nós dentro.
É nojento, é angustiante, pior que isso é triste, muito muito triste.
É uma tristeza que vem de dentro, não é algo visível, palpável, não é como ver um amigo ou ente querido morto, é pior, é sentir que somos nós que estamos mortos, mortos por dentro, e pior que tudo isso, sem direito ao descanso que os mortos têm.
Ser morto sem sossego e ter de viver morto com os olhos abertos e sentir tudo isto é tortuoso, é indigno e é a pior forma de morrer vivendo.

29 de novembro de 2009

Agostinho da Silva


"A liberdade que há no capitalismo é a do cão preso de dia e solto à noite"

26 de novembro de 2009

Exposição Luiz Pacheco na BNP.

A não perder, a exposição que começa hoje, sobre a vida e obra do Poeta Luiz Pacheco na Biblioteca Nacional de Portugal.
Poeta, editor e crítico literário, Luiz Pacheco foi acima de tudo, um desalinhado, que se autoclassificou literáriamente como "neo-abjeccionista", apesar da sua proximidade com a corrente surrealista.
Criou a editora Contraponto, onde publicou, entre outros, escritores como Mário Cesariny, António Maria Lisboa e Natália Correia.


24 de novembro de 2009

Verde sim, mas não violento.

A dependência energética mundial, do chamado Ouro Negro, levou a que durante os últimos dois Séculos, assistíssemos ao constante despoletar de verdadeiras Guerras do Petróleo.
Agora que esse recurso tende a escassear, e o mundo se vira para as chamadas energias alternativas, poderemos entrar na era das Guerras Verdes.
A verdade é que as energias alternativas que por agora se perfilam como as mais viáveis são, também elas, dependentes de alguns elementos naturais que tenderão a rarear, caso comecem a ser explorados a ritmos galopantes como aconteceu com o petróleo.
A indústria automóvel aposta nos carros eléctricos, que são movidos a baterias de Lítio. Ora, o Lítio é também ele um elemento natural raro, e ainda por cima, com as suas maiores fontes de exploração localizadas em dois países com um passado de guerra entre eles. Estou a falar das grandes minas de Lítio existentes no Deserto de Atacama, e que estão em território Chileno e Boliviano.
A Água pode ser outro dos elementos naturais a desencadear conflitos. Hoje em dia 1,1 mil milhões de pessoas não tem acesso directo a água potável, e os estudos apontam para um agravamento significativo destes números.
Os Biocombustiveis, bem como as tecnologias de utilização limpa do carvão, são fontes de consumo de água em doses brutais, agravando assim o cenário de eventuais lutas pelo controlo e poder da Água.
Também a energia Nuclear tem ganho a simpatia de muitos, dado que é uma energia isenta de emissões e energeticamente muito eficiente. Uma tonelada métrica de Urânio produz a mesma quantidade de energia que 3.600 toneladas métricas de Petróleo. As novas centrais apresentam níveis de segurança muito superiores e os desastres como o de Chernobyl, parecem não se vir a repetir. O problema coloca-se com os resíduos radioactivos que estas centrais produzem, e que podem ser (já são) alvo da cobiça países e de grupos terroristas internacionais, que pretendem ter acesso a matérias-primas, como o urânio empobrecido, que lhes permitam a fabricação de armamento nuclear.
Como é bom de ver, há que avançar sem dúvida para as energias alternativas, mas tendo o cuidado de não se cair em erros que no passado nos trouxeram até ao estado actual.
Verde sim, mas não violento !

23 de novembro de 2009

3 em 1 ecológico.

Hoje vou tentar fazer aqui um post que seja um verdadeiro 3 em 1 em termos ecológicos.
Fim de semana, ar livre, preservação da natureza, passeio, saúde, paisagem bonita, eis o cocktail que proponho para o próximo dia 29 de Novembro.
Como ?
É simples, no próximo dia 29 de Novembro, o grupo de trabalho do projecto "Os pequenos florestadores", levará a cabo uma acção de voluntariado popular, na Arriba Fóssil da Costa de Caparica, com o objectivo de controlar as espécies invasoras (Chorão e Acácia) e a plantação de árvores autóctenes (Carrasco, Pinheiro Manso, Aroeira e Medronheiro), nesta maravilhosa paisagem da nossa Costa.
Os detalhes desta acção, poderão ser consultados no blog FlorestadoInterior , o qual desde já recomendo a todos quantos prezem a boa informação sobre questões ambientais (aqui está a 1ª parte do meu 3 em 1).
Será uma óptima oportunidade de passar uma boa manhã em contacto com a natureza e favorecendo dessa forma a sua saúde (2ª parte do 2 em 1) e, "last but not least", estará a contribuir para a sustentabilidade na nossa Casa Terra (3 em 1, certo ?).

19 de novembro de 2009

Novas oportunidades para empresários ?

Com a crise como pano de fundo, têm-se multiplicado os estudos que visam compreender as razões que colocam Portugal cada vez mais na cauda da UE, em termos de competitividade.
Muitos desses estudos, identificaram a falta de qualificações académicas dos trabalhadores, como sendo um dos maiores motivadores da falta de competitividade Portuguesa.
Mas então, o que dizer do estudo efectuado por por Renato Carmo, investigador do ISCTE, em relação às habilitações literárias dos nossos empresários ?
Os números apurados por este investigador mostram que, quase 23% dos nossos empresários tem apenas a 1ª classe e que mais de 20% tem apenas o 9º ano.
Se calhar estava na hora do nosso Governo criar um programa "Novas Oportunidades para Empresários", não ?

18 de novembro de 2009

Lição de Economia.

Numa pequena vila e estância de veraneio na costa sul da França chove e nada de especial acontece.
A crise sente-se.
Toda a gente deve a toda a gente, carregada de dívidas.
Subitamente, um rico turista russo entra no foyer do pequeno hotel local. Pede um quarto e coloca uma nota de 100 € sobre o balcão, pega na chave e sobe ao 3º andar para inspeccionar o quarto que lhe indicaram, na condição de desistir se lhe não agradar.

O dono do hotel pega na nota e corre ao fornecedor de carne a quem deve 100€, o talhante pega no dinheiro e corre ao fornecedor de leitões a pagar 100€ que devia há algum tempo, este por sua vez corre ao criador de gado que lhe vendera a carne e este por sua vez corre a entregar os 100€ a uma prostituta que lhe cedera serviços a crédito.
Esta recebe os 100€ e corre ao hotel onde tinha uma dívida de 100€ pela utilização casual de quartos à hora para atender clientes. Neste momento o russo rico desce à recepção e informa o dono do hotel que o quarto proposto não lhe agrada, pretende desistir e pede a devolução dos 100€. Recebe o dinheiro e sai.

Não houve neste movimento de dinheiro qualquer lucro ou valor acrescido.

Contudo, todos liquidaram as suas dívidas e estes elementos da pequena vila costeira encaram agora com optimismo o futuro.


ESTÁ PERCEBIDO COMO É QUE A COISA FUNCIONA?!...

17 de novembro de 2009

Desafio



A amiga Fada do Bosque lançou-me o desafio que se segue, e que aceitei com todo o gosto.

EU JÁ TIVE a alegria suprema de ser Pai.

EU NUNCA falhei a um verdadeiro amigo.

EU SEI o que é errar e pagar por isso.

EU QUERO ver se alcanço os meus objectivos de vida.

EU SONHO com o dia em que poderei dispor de cada minuto dos dias a meu belo prazer.

15 de novembro de 2009

Desflorestação da Amazónia diminui

Na semana passada foi noticiado que os níveis de desflorestação da Amazónia tinham baixado cerca de 46%. Segundo o governo Brasileiro, este valor é o mais significativo desde que os registos começaram a ser efectuados há 21 anos atrás.
Ainda segundo o governo Brasileiro, entre Julho de 2008 e Agosto de 2009, foram destruídos "apenas" pouco mais de 7.000 Km2.

A minha primeira reacção a tal notícia é, obviamente, de satisfação e de esperança. No entanto, e tendo em conta o acentuado decréscimo de popularidade de Lula da Silva junto do povo Brasileiro, bem como a proximidade da Cimeira de Copenhaga, espero bem que não estejamos perante alguma "reengenharia" nos números apresentados.

Não gostaria de acabar sem deixar aqui de lembrar que, desflorestar pouco mais 7.000 Km2/ano, é o mesmo que todos os anos arrasarem com um pedaço de terra do tamanho do Baixo Alentejo !

A Amazónia pode ser grande, mas é finita !

11 de novembro de 2009

Patilhas e Ventoinha

Perante mais um caso de corrupção a envolver políticos Portugueses, dei por mim a pensar :
- "Mas será caso que não há quem ponha termo a isto. Quem investigue em condições de forma a que os corruptos sejam efectivamente punidos ?".
E foi nessa sequência de pensamentos, que me lembrei daqueles que foram, de longe, os dois maiores inspectores que este país conheceu.
Estou a falar obviamente dos saudosos Patilhas e Ventoinha dos, não menos saudosos, Parodiantes de Lisboa.
Aquilo é que eram homens para engavetar de vez, os Godinhos, os Varas, os Paulos Pedrosos e afins.
Quem, de entre os que estejam agora dos 40 anos para cima, não se lembra dos Parodiantes de Lisboa ?
Penso que terão sido, por ventura, o maior marco da história da rádiofonia Portuguesa. Cresci numa casa onde o rádio se ligava por volta das 7 da manhã, logo que a minha querida Mãe dava inicio à lida da casa, e só se desligava à noitinha, já depois de eu e o meu irmão termos "sorvido" o "Quando o telefone toca" e a sua frase inesquecível :
- "Quando o telefone toca, posso dizer a frase ?"
Só mais tarde chegaram outros ícones, como o "Pão com manteiga", o "Rock and Stock", "Som da frente" ou "Oceano Pacífico", este ultimo, ainda um "must" para este radiodependente.
Bom, mas melhor que as minhas nostálgicas palavras, nada como ouvirmos, e neste caso vermos, um episódio dos magníficos inspectores Patilhas e Ventoinha.


8 de novembro de 2009

Muros


Este, o de Berlim, caiu há 20 anos



Mas para quando a queda deste, em Gaza ?




7 de novembro de 2009

Complexo de inferioridade

Durante muitos anos, quando a conversa versava futebolices, fui desenvolvendo uma ideia que, passados estes anos todos, começa a ganhar corpo e a fazer cada vez mais sentido.
A minha ideia básica consiste na constatação duma realidade cada vez mais palpável e evidente de que em Portugal as pessoas só são adeptas de dois clubes.

Ou são do Benfica ou são do anti-Benifca. Ponto.

Não há ninguém do sporting, nem do porto, nem nada disso, as pessoas ou são do Benfica ou são contra o Benfica, e os que são contra o Benfica dizem-se adeptas do clube A ou B apenas como forma de manifestarem o seu anti-Benfiquismo primário.

A provar o que digo, estão variadíssimos comportamentos e declarações que apontam precisamente neste sentido.

Atente-se por exemplo na conferência de imprensa de ontem de Paulo Bento, na sua despedida do sporting, onde é o próprio ex-treinador do sporting que identifica como uma das principais causas de insucesso do sporting, o complexo de inferioridade em relação ao Benfica. São palavras de quem esteve à frente da nau sportinguista durante 4 anos, o que seguramente lhe confere credibilidade.

Já para os lados do porto, e apesar das constantes sucessões de títulos ganhos (da forma que se sabe), é vê-los, seja em que jogo for, comemorarem os seus golos às equipas adversárias (mesmo quando esta não seja o Benfica) entoarem de imediato a cançãozinha da ordem :


- SLB, SLB, SLB, SLB, filhos da puta SLB, filhos da puta SLB !


Quando tudo isto não é complexo de inferioridade então não sei o que será ?


P.S.
Se calhar convém explicar que enquanto escrevi isto, fi-lo com um sorriso sacrista nos lábios e com o objectivo, unico e exclusivo, de despertar umas "bocarras" que apimentassem o tema.
É que agora reli isto e ... não quero que fiquem a pensar que sou algum ferrenho e acéfalo adepto, ok ?

5 de novembro de 2009

Licenciatura Vara

Já há uns anos que me afastei das lides académicas, e dado que esta é uma área com constantes alterações, até posso estar desactualizado, mas...uma Pós-Graduação não é algo que se obtém só depois de uma Licenciatura ?

Das duas uma, ou o site do BCP tem uma gralha, ou então o Dr(?) Armando Vara é um caso único em termos académicos.

Atente-se nas datas da Licenciatura e da Pós-Graduação.

4 de novembro de 2009

Gripe A, a conspiração Bilderberg.

A Dra. Rauni Kilde, que já foi Ministra da Saúde da Finlândia, lança aqui uma teoria sobre a fraude que, segundo ela, é a Gripe A que é no mínimo perturbadora.
Este é um vídeo para ser visto com "open-minded" e com o espírito critico que cada um decidir aplicar-lhe.
Depois de ver este vídeo, decidi investigar um pouco sobre quem era a Sra. Rauni Kilde, e acabei por descobrir que esta Sra. dá conferências já há muitos anos sobre Ovnis, defende que já nos anos 40 os Alemães tinham chegado à Lua e que os Americanos já chegaram secretamente a Marte !
É no mínimo uma mente "interessante", no entanto, o que ela diz sobre a Gripe A poderá fazer algum sentido.



2 de novembro de 2009

Aviões de cortiça.

A cortiça, esse nobre material do qual Portugal é o maior produtor/exportador mundial, está agora a ser usada para a construção de pequenos aviões em Portugal.
Em Ponte de Sôr, no interior norte Alentejano, a pequena fábrica da Dyn'aero, em parceria com a Corticeira Amorim, tem em mãos um projecto arrojado e inovador na aeronáutica nacional.
O projecto, de 1,27 milhões de Euros, pretende que, uma parte substancial dos materiais derivados do petróleo que são usados na construção de ultraleves da Dyn'aero, sejam substituidos por componentes de cortiça.
Estes componentes encontram-se quer na estrutura do avião (asas e revestimento exterior), quer nos equipamentos de segurança, como por exemplo num caixa colocada sob o assento do piloto que amortece a aterragem, como ainda nos painéis de instrumentos.
Para além das enormes vantagens ecológicas, existem ainda, segundo a Dyn'aero, vantagens significativas em termos de custos, o que se reflectirá no preço final dos aviões.
Este projecto, teve apoio Estatal no âmbito do QREN, e do consórcio fazem ainda parte o Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros da Universidade do Minho (PIEP) e a ActiveSpace Tecnologies.
Este é um motivo de orgulho para Portugal uma vez que, a utilização de cortiça na produção de aviões é um projecto pioneiro em termos mundiais.
Esta fábrica em Ponte de Sôr, emprega já 60 pessoas, o que também é de realçar, em tempo de crise como aquele que vivemos hoje em dia.
A comercialização destes aviões está prevista para 2011, e os preços podem ir dos 50.000€ aos 150.000€, dependendo do modelo.

27 de outubro de 2009

Aproveitamento das águas pluviais

Mais um Inverno se aproxima, mais chuva virá (pelo menos assim se espera), e mais um ano se passa sem que eu constate melhorias ao nível do aproveitamento das águas pluviais.
Ainda na semana passada, aquando das fortes chuvadas de 2ª e 3ª feira, pude observar o triste espectáculo que é, ver todos aqueles milhares de litros de água escorrerem rua abaixo e sarjeta adentro, sem que se criem mecanismos de aproveitamento deste bem tão precioso e cada vez mais escasso que é a água.
Eu, que sou um acérrimo defensor do reforço do poder local, sou também, neste aspecto em particular, um crítico relativamente à inércia que a maioria das Câmaras Municipais têm demonstrado nesta questão.
Muitas são as áreas e as soluções que poderão ser implantadas, para que se obtenha um maior aproveitamento das águas pluviais, mas há uma área em particular que me chama maior atenção, que são os jardins, ou espaços verdes, públicos.
Todos gostamos certamente, que as nossas cidades e vilas tenham bonitos jardins e aprazíveis zonas verdes para que possamos delas usufruir nos nossos tempos livres. Mas essas áreas são autênticos sorvedores de doses industriais de água, sendo que, na maior parte dos casos, essa mesma água, que é usada única e exclusivamente para rega, provem da rede pública, ou seja, água potável, que é um bem preciosíssimo e que é ali esbanjada de forma inaceitável.
E a solução para minimizar este desperdício é tão simples, que me espanta e indigna que nada, ou praticamente nada, seja feito para resolver a questão.
Bastaria que em cada jardim ou espaço verde, fosse reservado um espaço para construção de tanques subterrâneos para onde se encaminhariam as águas pluviais, isto á imagem dos sistemas que já hoje existem para as habitações. Esses sistemas, no caso concreto dos jardins ou espaços verdes, nem precisariam de sistemas de filtragem tão eficientes como os que já existem para as habitações, dado que a água aqui armazenada visa unicamente a rega.
E se se quiser juntar o útil ao agradável, ainda se pode depois, ter um sistema de bombagem dessa água para rega, assente em energia solar, através de painéis fotovoltaicos, semelhantes àqueles que já hoje existem para algumas iluminações públicas ou sistemas de semáforos.
O custo de instalação destes sistemas é reduzido e o lucro ambiental seria tremendo.
Será assim tão difícil de entender isto e de levar à pratica tão simples projectos ?

23 de outubro de 2009

Redução de custos, finalmente !

É com agrado que registo a preocupação do Engº Sócrates em encetar uma significativa redução de custos nos orçamentos dos Ministérios.
E o melhor exemplo disso mesmo é a escolha de Santos Silva para a Defesa.
Tendo em conta a sua personalidade beligerante e o estilo truculento, caso tenhamos algum conflito internacional onde seja necessário intervenção Portuguesa, nem vai ser preciso desaquartelar as tropas, basta mandar o Ministro que ele parte aquela merda toda !

20 de outubro de 2009

Cátedra Rui Nabeiro

Numa altura em que cada vez mais somos bombardeados com notícias que nos dão conta de empresários desonestos, corruptos e que em nada contribuem para o bem estar das sociedades, parece-me da mais elementar justiça, falar dum empresário, Português, e que é um exemplo do que de mais positivo se pode esperar de alguém que tem dinheiro, tem poder, mas acima de tudo tem princípios e tem um coração de ouro.
Falo, como é óbvio, do Sr. Comendador Rui Nabeiro, presidente do Grupo Delta Cafés.
Muitos têm sido os meios de comunicação social que têm feito programas e escrito artigos sobre a história da sua vida e da forma como ele construiu um império financeiro a pulso. Mas, a meu ver, pouco se tem falado das suas acções filantrópicas.
E é sobre uma dessas suas ultimas acções de amor ao próximo que gostaria de fazer eco aqui.
Muito pouco se noticiou sobre a Cátedra Rui Nabeiro, e no entanto, muito se deveria de ter dito acerca desta iniciativa, uma vez que se trata da primeira Cátedra instituída por uma empresa em Portugal.
A Cátedra Rui Nabeiro foi criada por acordo entre a Delta Cafés e a Universidade de Évora.
Trata-se de uma Cátedra destinada à promoção da investigação, do ensino e da divulgação científica na área da Biodiversidade.
Quando hoje temos, no Mundo inteiro, milhares e milhares de empresários que enriquecem á custa de negócios que arrasam com os recursos do nosso planeta, penso que é um orgulho para todos os Portugueses, termos em Portugal um empresário de grande sucesso, que aplica uma parte dos seus recursos a uma causa que visa, sobretudo, desenvolver esforços no sentido da preservação do ambiente e, em particular, da fauna e da flora, bem como antever os cenários que poderão resultar das previsíveis alterações climáticas e das constantes intervenções antropogénicas decorrentes do desenvolvimento das sociedades humanas.
Mais uma vez, Rui Nabeiro dá um exemplo de sabedoria e de saber estar na vida.
Pena que sejam poucos os que lhe seguem o exemplo.
Da minha parte, enquanto Português, mas acima de tudo enquanto habitante do Planeta Terra, o meu muito obrigado ao Sr. Comendador Rui Nabeiro, e um grande bem haja.

19 de outubro de 2009

Assim se fazem os "Grandes"

Este fim-de-semana o meu querido Glorioso voltou a dar-me uma enorme alegria.
Não, não estou a falar da goleada de 6-0 ante o modesto, mas honroso, Monsanto. Estou, isso sim, a referir-me a um conjunto de 3 medidas que a Direcção do SLB tomou e que só dignificam a grande Instituição que é o Sport Lisboa e Benfica.

1º) No âmbito deste jogo para a Taça de Portugal, a Direcção do SLB acordou que a sua parte da receita reverterá integralmente a favor do Monsanto.

2º) Na semana que antecedeu o jogo, o SLB fez chegar ao Monsanto um conjunto significativo de bolas de futebol, para que a equipa do Monsanto se pudesse familiarizar com as mesmas durante os treinos, uma vez que havia sido acordado que seriam bolas desse modelo que seriam usadas no jogo.
Todas essas bolas foram posteriormente oferecidas pelo SLB ao Monsanto.

3º) O jogador Ricardo Costa do Monsanto, considerado pelos sócios e adeptos como sendo a “jóia da coroa” do Monsanto, encontra-se lesionado com alguma gravidade e nem pôde defrontar o SLB.
O SLB acordou com o Monsanto que o Departamento Médico do SLB se encarregará do tratamento do referido atleta, até que o mesmo se encontre de novo apto para a prática do futebol.

A grandeza dos clubes vê-se muito para além dos meros resultados desportivos. Vê-se na sua forma de interagir com a sociedade, e nos exemplos de desportivismo que devem ser a base de qualquer agremiação desportiva.
Neste particular, honra seja feita à Direcção do SLB que esteve ao nível da grandeza do resultado.

16 de outubro de 2009

É impressão minha ?

É impressão minha, ou a nova lei que proíbe a exibição de animais perigosos ou exóticos, acabou por entalar o Mário (Jamais) Lino ?

13 de outubro de 2009

Sobreiro trava deserto

Nos últimos anos, têm sido efectuados vários estudos, por entidades competentes como sejam a WWN (World Wide for Nature) e o ISA (Instituto Superior de Agronomia), que apontam o Sobreiro, como solução para a desertificação do território Português.
As nossas florestas de Sobreiro, quando geridas de forma adequada, formam sistemas altamente sustentáveis em termos ecológicos e económicos, e são ainda geradoras de níveis elevados de biodiversidade.
Numa floresta de Sobreiro na zona de Grândola foram encontradas 264 espécies de fungos, 50 musgos, 308 plantas vasculares , 140 insectos, seis espécies de peixes, 12 anfíbios, 13 répteis, 73 aves e 14 mamíferos; rapinas ameaçadas, como a Águia de Bonelli e mamíferos como o Lince Ibérico, o felino mais ameaçado do mundo.
O Sobreiro tem ainda a particularidade de ser uma árvore que melhora a matéria orgânica dos solos ao retirar os nutrientes de níveis mais profundos, que devolvem aos solos com a queda das folhas, originando solo produtivo.
A importância do sobreiro é também significativa ao nível do ciclo hidrológico, facilitando a infiltração da água no solo, minimiza as suas perdas por escoamento superficial.
A sustentabilidade económica destas florestas, através da extracção de cortiça, a pecuária, caça, mel, plantas aromáticas e cogumelos, e mais recentemente o turismo, permite ainda que se travem os níveis de despovoamento.
Segundo a WWN, por forma a combater a desertificação do nosso território é necessário que, mais que manter, se aumentem as actuais florestas de Sobreiro, não só ao nível das sua mancha de distribuição, mas também em termos de densidade.
A WWN afirma ainda que em 2020, caso a gestão florestal das florestas de sobreiro seja inadequada, o avanço da desertificação será superior a mil metros por ano, o que no caso dum território pequeno como o nosso, é algo francamente assustador.
É preciso que as pessoas interiorizem duma vez por todas o velho ditado, muito conhecido em particular no Alentejo, que diz “Quem se preocupa com os seus netos, planta um sobreiro”.

12 de outubro de 2009

Ganhou Almada !

Mais do que festejar a vitória da CDU, festejo o facto do Povo Almadense ter mostrado de forma clara e inequívoca que tem memória, que tem princípios e que respeita os filhos da nossa cidade.
Estou-me cagando para o politicamente correcto, porque vergonha tenho eu de ter gramado aqui, durante esta campanha, com um verme como é o candidato do PS para Almada e que eu me recuso a reproduzir aqui o seu nome.
Um verme que, aproveitando o seu tenebroso passado recente, e a ira que isso causa nas pessoas bem formadas, tudo fez durante esta campanha para que fosse agredido, tendo os seus lacaios provocado tudo e todos nas suas acções de campanha, tentando com isso que se criasse aqui um novo caso como o da Marinha Grande há décadas atrás.
Mas enganou-se, porque nem ele tem o calibre de Soares, nem o povo Almadense desce a esse nível.
Mais uma vez o Povo Almadense demonstrou a sua superioridade política e intelectual, deixando bem claro que aqui não há lugar para patifes, para mal feitores, muito menos para aqueles que não respeitam a dignidade humana.
Enquanto cidadão anónimo de Almada, deixo aqui um grande bem hajam para todos quantos contribuíram para a vitória da Dignidade, não esquecendo também de manifestar o meu mais profundo agradecimento à nossa Presidente, Maria Emília Sousa, por tudo o que de bom tem feito pela nossa cidade, pelo nosso Povo.
Almada sempre !

9 de outubro de 2009

Willy Brandt

Fez ontem, dia 8 de Outubro, 17 anos que morreu Willy Brandt, a quem quero aqui prestar a minha homenagem.
Juntamente com Olof Palme, Willy Brandt é até hoje um dos políticos de referência que marcaram definitivamente a minha orientação política.
Ambos Sociais Democratas e ambos lideres históricos dos seus respectivos países que, sob as suas batutas, atingiram níveis de desenvolvimento e de justiça social inigualáveis até aos dias de hoje.
Willy Brandt, através da sua Ostpolitik (política de aproximação às nações da Europa de Leste), pode ser considerado como o Pai da reunificação das duas Alemanhas.
Foi aliás, através desta sua política de aproximação, que teve início a regularização das relações da Alemanha Federal com a Polónia, URSS e, mais tarde, com a Alemanha Democrática, o que lhe valeu inclusivamente o Prémio Nobel da Paz em 1971.
Willy Brandt foi Chanceler Alemão entre 1969 e 1974, ao serviço do SPD, onde demonstrou sempre a sua fidelidade aos seus ideais de esquerda-socialista.

Não queria acabar sem deixar registo da minha constante perplexidade de Portugal ser, por ventura, o único país Europeu que tem um Partido Social Democrata marcadamente de direita, contrariamente, por exemplo, ao SPD Alemão de Willy Brandt, ou ao SAP de Olof Palme, que tinham nas políticas de esquerda as suas bases ideológicas.

8 de outubro de 2009

Canção da Vida Perdida


Acorda para a vida senão é tarde demais
Andas enganado com o que te querem vender
Tu vives de menos e trabalhas demais
Um dia vais ver deitaste tudo a perder
Quem agora te avisa já sabe como é
Passou pela vida com os olhos abertos
Viu muitos caírem sem regresso possível
São os parvos da vida armados em espertos

Tens tudo a ganhar e nada a perder
Basta para isso que tu saibas rever
Rever os dias que passas a correr
Sem olhares para aqueles que te vêem morrer
Deixa-te disso aprende a viver
Quem tudo quer ter tudo deita a perder

Sei bem o que pensas neste momento da vida
Ainda gozas com tudo aquilo que digo
Mas um dia mais tarde com a vida perdida
Vais ver que eu estava a ser teu amigo
A pena que tenho é que depois vais ver
Que tudo o que te disse e que não fazia sentido
É a verdade mais crua
E que te sentes perdido

4 de outubro de 2009

Républica vs Iberismo

Celebra-se hoje, a Proclamação da República Portuguesa, data a todos títulos assinalável na nossa história, que marcou o fim duma monarquia decadente e com total incapacidade governativa, e onde foram dados os primeiros passos para que se alcançasse um regime democrático (mau grado os 40 anos de ditadura Salazarista que estavam para vir).
De entre as figuras proeminentes na origem do movimento Republicano, gostaria de destacar José Félix Henriques Nogueira, que nas suas primeiras teses Republicanas defendia o Iberismo.
A ideia de unificação de Portugal e Espanha, conhecida como Iberismo, teve o seu inicio ainda no Século XVIII, através do revolucionário Espanhol José Marchena.
Foi no entanto durante o Séc. XIX que os movimentos Republicanos nos dois Países mais aprofundaram e defenderam o Iberismo.
Em Portugal foi José Félix Henriques Nogueira o maior defensor de tal movimento, que foi perdendo força à medida que as teses de Teófilo Braga ganhavam corpo e se adequavam mais às vontades dos Republicanos da altura.
Hoje, dia 5 de Outubro de 2009, pergunto-me se não deveríamos, em vez de comemorar a Proclamação da República Portuguesa, de chorar a Não Proclamação do Iberismo ?
É que, caso o Iberismo tivesse vingado, seríamos hoje cidadãos do 5º maior País da UE, teríamos hoje um País com uma situação única no plano geoestratégico em termos Mundiais, com uma capacidade também ela única ao nível de sectores essenciais como são a Agricultura e as Pescas. Um País Ibérico teria uma capacidade única em termos Mundiais, de penetração e de influência política em zonas importantes do Globo como são África (pelas ex-colónias Portuguesas) e na América do Sul, onde a juntar ao Brasil teríamos todos os restantes países de língua Espanhola.
Bem sei que todo o rumo histórico dos dois Países tornou, e continuaria a tornar, impossível o Iberismo, mas a verdade é que sob o ponto de vista da estratégia política Europeia, e até Mundial, esse teria sido um caminho francamente mais favorável às duas Nações.


28 de setembro de 2009

Filhos de Portugal

O Zé acordou, como sempre, sobressaltado com o barulho irritante do besouro do despertador.
Seguiram-se os rituais de sempre, banho, barba e a correria do costume entre as peças de roupa que vestia e o pequeno-almoço tomado aos solavancos, entre uma meia e um botão de punho.
Os miúdos que teimam em se atrasar e ele que ainda tem de levar o mais pequeno ao infantário, já que a Maria leva a mais velhinha ao colégio, que lhes custa uma fortuna e já não lhes permite pagar o extra do transporte.
Finalmente, e após as primeiras discussões matinais que envolveram todos os elementos do agregado familiar, saem para a rua. A Maria arranca esbaforida no seu pequeno utilitário, que já anda com a inspecção atrasada há dois meses, e acaba a maquilhagem durante o percurso até ao colégio, onde deixa a mais velhinha, apressada e sem sequer confirmar se a menina entrou efectivamente no colégio. O Zé arrancou com um sonoro chiar de pneus no monovolume da família, em direcção ao infantário. O trânsito naquelas ruas é sempre infernal, o Zé pragueja alto e bom som, usando da sua inesgotável capacidade de vociferar os maiores palavrões que se conhecem na língua Portuguesa, e até em Inglês, que isto do palavrão também se internacionalizou. Aparentemente absorto do comportamento destemperado do seu pai, o mais pequeno segue entretido com a sua PSP no banco de trás, na cadeirinha do bebé que o Zé se esqueceu de apertar convenientemente.
Chegado ao infantário o Zé entrega em correria o filho e segue para o seu emprego.
Aguardemos 8 a 9 horas ...
18:30, a Maria chega ao colégio onde apanha em correria, em nada inferior à da manhã, a mais velhinha, que é arrancada com evidente alegria da sala de estudo, onde via pela 52ª vez o filme “À procura de Nemo”.
Uma hora depois é a vez do Zé receber nos braços o mais novinho, que chora compulsivamente por já ser o último que aguardava pela chegada de alguém que o tirasse dali para fora.
Por volta das 20:00 a família está finalmente reunida á mesa, onde jantam uma lasanha que o micro-ondas acabou de confeccionar. O Zé, em desatino total conta á mulher como o safardanas do chefe o anda a entalar com o sacana do relatório. A Maria ouve, em silêncio, aquela ladainha que já se tornou parte da refeição e limita-se a abanar a cabeça de forma afirmativa, mas a sua cabeça já só pensa na roupa dos miúdos que ainda tem que passar a ferro antes de se ir deitar. Tudo isto, claro está, passa-se à mesa e em frente dos miúdos, que eles precisam de saber o que custa vida, segundo o Zé.
Um dia, passados alguns anos, estes miúdos, os filhos de Portugal, são chamados a votar, e …

23 de setembro de 2009

Reciclagem em Portugal dá passo atrás.


A Sociedade Ponto Verde anunciou hoje que, para evitar a falência, irá abandonar já a partir de Outubro a retoma e envio para reciclagem dos plásticos mistos (embalagens de manteiga e iogurtes, por exemplo).
Desde 2007 que passou a ser possível depositar os denominados plásticos mistos no contentor amarelo do Ecoponto. Esta facilidade causou no entanto um incremento no custo relativo ao processo de selecção dos lixos, que é efectuado por entidades (leia-se empresas) criadas a nível municipal.
Segundo o Presidente do C.A. da Sociedade Ponto Verde, os plásticos mistos representam 2% das embalagens recolhidas, mas consumiam já 13% dos recursos da empresa.
Esta é a explicação apresentada pela SPV, e é aceitável, o que me parece menos aceitável é que uma empresa que foi criada, por produtores, importadores e distribuidores de embalagens com vista a que se cumprissem as metas legais de reciclagem, dê agora um passo atrás com esta justificação.
A verdade é que a SPV já atingiu hoje o valor previsto em termos de metas de reciclagem previstos para 2011 e quer agora "aliviar" as suas finanças.
Só que ao fazê-lo está a obrigar o País a dar um grande passo atrás em matéria de protecção ambiental, uma vez que os tais plásticos mistos passarão agora a ser incinerados ou depositados em aterros.
Parece-me um passo atrás vergonhoso e que carecia de intervenção das autoridades competentes (Ministério do Ambiente ?) para o evitar.

19 de setembro de 2009

(De)formação Cívica


Na 2ª feira passada teve inicio mais um ano escolar e foi feita, nesse mesmo dia, uma reunião de apresentação ao pais, como já vem sendo hábito. Constatei, no caso concreto da Escola (pública) do meu filho, algumas melhorias, o que é sempre de saudar. O que não é de saudar e mais uma vez me causa, por um lado tristeza, por outro preocupação quanto ao futuro, é a forma displicente como é tratada a disciplina de Formação Cívica. Continua a ser uma disciplina de plano secundário em relação ás demais, leccionada por um professor de outra qualquer disciplina, com uma carga horária de (apenas) 45 minutos semanais e com uma avaliação diferenciada e que nem conta para a passagem final de ano. Quando aqui há uns anos vi ser criada esta disciplina, devo confessar que fiquei muito feliz e com aquela esperança de que, devagar, mas sustentadamente estaríamos a caminhar no sentido certo, qual quê ! Estamos, mais uma vez, perante uma medida que se pretendia (re)estruturante, mas que mais não foi que uma manobra de maquilhagem para calar alguns. Formação Cívica deveria ser uma das disciplinas base do nosso ensino, e que visasse sobretudo formar as novas gerações para o futuro, dando-lhes conhecimentos sólidos sobre cidadania, e correctos comportamentos sociais a todos os níveis. Ao invés, estamos perante uma disciplina tratada de forma menor, que ajudou apenas o propósito de aumentar a carga horária dos alunos, mantendo-os na escola durante mais tempo. Mais uma vez lastimo a forma displicente como vamos perdendo todos os "comboios" que passam rumo ao futuro. E com tanto "comboio" destes perdidos, não haverá depois "TGV" que nos salve. É que nesta linha, o "comboio" só costuma passar uma vez !

16 de setembro de 2009

Banda Sonora política #4

Dedico este tema musical de hoje à Dra. Manuela Ferreira Leite.
Depois de tudo quanto disse e fez até ao momento, só lhe posso mesmo dizer :

15 de setembro de 2009

Trajecto de vida


Sou um filho de Almada
Com passagem por Milfontes
Santiago minha amada
Galveias nos horizontes

Por onde quer que passei
Acabei por me encantar
Mas mais encantado fiquei
Por todas as terras amar

Almada é coração
Milfontes foi loucura
Santiago a razão
Galveias é frescura

Não gosto de Lisboa
Chego mesmo a odiar
A sua paisagem só é boa
Se de Cacilhas a mirar

E de Lisboa nem falo mais
Tenho de lá ir obrigado
São sete colinas fatais
Reza a sina e canta o Fado

Em Almada fui menino
Fiz da rua o meu recreio
Tinha Milfontes como destino
Quando a mocidade veio

De Milfontes ficam os verões
De Santiago as amizades
Foram fortes sensações
Batem-me ás vezes as saudades

No auge da juventude
Regressei a Almada
Vim viver na plenitude
A minha terra amada

Almada meu amor
Terra da minha paixão
Amo-te com muito fervor
Trago-te no coração

13 de setembro de 2009

Acabe-se de vez com esta Rosa Alaranjada.

Tal como era de esperar, Sócrates esmagou Ferreira Leite no debate de ontem.
E por mais estranho que possa parecer, eu fiquei satisfeitíssimo que tal tenha sucedido.
Só tenho pena é que esta situação não possa ser devidamente aproveitada pelo Povo Português, dada a sua falta de cultura política.
Durante décadas que a grande franja do nosso eleitorado, que são os indecisos, e que vão votando á vez entre PS e PSD, o fazem baseados na falsa sensação do voto útil.
Mas útil para quem ?
Para o Povo nunca o há de ter sido certamente. Há de ter sido, e foi-o seguramente, para que pudéssemos assistir ao crescimento político de personagens que, num País onde houvesse a menor cultura política, teriam morrido á nascença.
É necessário que as pessoas parem, pensem, usem um bocadinho da sua inteligência e apelem á sua memória e parem de vez com esta acefalia do voto útil, que ora cai para o lado do PS ora cai para o lado do PSD.
Foi através deste voto útil, a que eu prefiro chamar voto estúpido, que nós conseguimos ter os últimos 4 brilhantes 1º Ministros que tivemos e que colocaram o País onde colocaram.
Chega ! é tempo de se votar efectivamente de forma útil, e para o fazer já não restam dúvidas, depois do que se tem visto nos últimos tempos nesta campanha.
O PS governou como governou nos últimos 4 anos e deixou-nos no estado em que estamos. Governou com base na mentira, com base no abuso de poder, que de forma continuada abafou os escândalos, e foram vários, que envolveram o 1º Ministro e que num País com cultura política teria valido a queda do Governo.
Do lado PSD temos uma líder, prepotente, arrogante, ditatorialmente determinada e disposta a retirar-nos a democracia em que vivemos. Disse ela que seriam por 6 meses, eu acredito que com ela, seria para sempre.
Restam duas hipóteses, ou o voto útil cai à direita, ou cai à esquerda, o que equivale a dizer que já só resta uma hipótese, pois ninguém no seu perfeito juízo entregará, em especial na conjuntura actual, o seu voto a um CDS que, a meu ver, até tem nas pessoas do seu líder e do deputado Nuno Melo os únicos políticos capazes (para quem se reveja nas políticas neoliberais de direita), mas ainda assim insuficientes de se constituírem como uma real opção para formar governo.
Chegámos, por exclusão de partes á esquerda, mas também aqui há que ter cuidado, é que há a esquerda do PCP e a esquerda do Bloco. São esquerdas, uma e outra, têm grandes afinidades, mas vejo um Bloco cada vez mais vaidoso, mais embevecido com os resultados favoráveis das ultimas eleições, e quando assim é, há que ter cuidado, porque quem assim reage, deslumbra-se com facilidade se chegar ao poder.
Já no PCP, vejo finalmente, com a liderança de Jerónimo, um PCP rejuvenescido, livre de algumas amarras do passado, e que defende políticas económicas, financeiras e sociais que vão de encontro áquilo que são as expectativas do Povo. Acima de tudo vejo um PCP que aligeirou o seu aparelho partidário, que o tornava num partido demasiado inflexível e incapaz de gerar confiança absoluta naqueles que, como eu, sendo de esquerda, não são necessáriamente Comunistas.

12 de setembro de 2009

Almada, Cidade Educadora


Defendo, e cada vez mais, que uma sociedade que se quer evoluída, com maior civismo e cidadania, e naturalmente melhor preparada para os desafios que constantemente se nos deparam, deve ser alicerçada na Educação e Cultura.
Sem Educação e Cultura, bem podem chover Euros, que os mesmos escorrem, sem proveito, para a sarjeta da ignorância e da incapacidade de evolução.
Nesse sentido, é com redobrado orgulho que quero deixar aqui, aquilo que considero ser um exemplo para o País no que à Educação e ao cuidado de educar um povo diz respeito.
Almada, a minha cidade, a terra que me viu nascer, tem, através da sua Câmara Municipal, desenvolvido um projecto ao nível da Educação verdadeiramente exemplar.
Tentarei de forma abreviada, mas ainda assim esclarecedora, deixar aqui as linhas mestras do que foram, nos últimos 4 anos, essa gestão sustentada do plano Almada Cidade Educadora.
Foram investidos pela autarquia, nos últimos 4 anos, cerca de 24 milhões de Euros na construção de 9 novas escolas básicas com jardim-de-infância. As novas escolas que têm sido construídas em Almada assentam arquitectonicamente em tipologias avançadas, com mais salas disponíveis, o que permite ás associações de pais, grandes dinamizadoras das actividades de enriquecimento cultural (AEC's), o alargamento dos horários de funcionamento das escolas, facilitando assim a vida de enumeras famílias.
Também os mais desfavorecidos têm sido alvo da atenção redobrada neste projecto Cidade Educadora. Durante o ano passado foram servidas 800 mil refeições quentes nos 44 refeitórios escolares existentes, permitindo assim condições de igualdade no ensino aos alunos mais carenciados. De salientar ainda que, para garantir a qualidade da alimentação nas escolas, a Câmara de Almada celebrou um protocolo com o Instituto Ricardo Jorge que efectua o controlo micro biológico dos alimentos que são confeccionados nos refeitórios escolares.
Foi também desenvolvido uma rede de transporte especial para os alunos com mobilidade reduzida, que garante o transporte de dezenas de alunos nestas condições entre a casa e a escola.
A rede de bibliotecas escolares tem tido também um crescimento constante, contando o concelho hoje em dia com cerca de 40 destas unidades.
Como se pode ver, a aposta na Educação em Almada é uma realidade, e mais importante que isso, é uma realidade sustentada e devidamente estruturada o que permitirá, seguramente, um futuro melhor para a sua população.
Não queria acabar sem deixar de referir que o meu orgulho se deve, sobretudo, ao meu enorme "bairrismo" por Almada e ao poder verificar que a Educação é um pilar na evolução do meu concelho, o que vai de encontro ás minhas expectativas e á minha visão de futuro para o nosso País.

10 de setembro de 2009

Banda Sonora política (#3)

Hoje dedico este tema, a um eventual Bloco-Central que (infelizmente) nos possa vir a (des)governar a partir de dia 27.
Cuidado ! é que lá para o fim da música, a letra torna-se "fracturante" !

8 de setembro de 2009

Aberração motociclistica


O Governo introduziu no passado mês de Agosto uma alteração ao Código da Estrada, permitindo que os condutores com mais de 25 anos e habilitados a conduzir veículos de categoria B (ligeiros de passageiros), passem a estar também habilitados á condução de veículos da classe A1, ou seja, motociclos até 125 cc.
Quando anualmente se gastam fortunas em campanhas de prevenção rodoviária, que visam a redução do número de acidentes e consequentemente do número de feridos e mortos daí resultantes, só posso ver esta medida como algo de profundamente contraditório e impensado.
Será que aqueles que analisaram (e terão mesmo analisado ?) esta questão já alguma vez conduziram um motociclo ?
Terão eles noção que, mesmo tratando-se da mais baixa cilindrada da classe de motociclos, estamos a falar de veículos que fazem tempos dos 0 aos 100 Km/h muito inferiores à grande maioria dos automóveis que circulam nas nossas estradas e que atingem velocidades superiores aos 120 Km/h ?
Não devem ter noção alguma da aberração de lei que aprovaram e dos problemas que, seguramente dai advirão.
Deixem-me dar aqui dois exemplos que, sendo absurdos, não deixam de ser possíveis e que só atestam a “alarvidade” cometida.
Imaginemos que um individuo com carta de condução de categoria B, não sabe andar de bicicleta, mas como é aventureiro ou não regula bem, decide comprar uma mota de 125 cc para ver se aprende a andar de mota. O mais certo é que esse individuo se mate em menos de 15 minutos, ou que pelos menos fique gravemente ferido ou até incapacitado para o resto dos seus dias. E tudo isto com a devida aprovação do nosso Governo.
Ou então, para não dar um exemplo tão absurdo, vou dar aqui outro que também não deixa de ser possível.
Imaginemos que, por exemplo o meu querido Pai, decide agora comprar uma mota até 125 cc para dar uns passeios. Eu não me preocuparia, não fosse ele ter 75 anos de idade, não sentar o rabo, nem sequer numa bicicleta, há mais de 20 anos, já não ter bons níveis de visão, e ainda piores de audição, e nem me vou referir á falta de agilidade bem própria da sua idade.
Enfim, eu só consigo tirar daqui uma de duas conclusões, ou foram irresponsáveis ao aprovarem tal lei (nº78/2009) ou então, não é descabido pensar que houve alguém que beneficiou, e muito, ao conseguir fazer aprovar tamanha aberração.
Sou motociclista há 23 anos, ando todos os dias de mota, e penso que, em particular as nossas cidades, muito lucrariam com o aumento do número de motociclistas e respectiva redução de automobilistas.
Mas não aceito isso a qualquer preço, muito menos quando o preço a pagar seja a própria vida ou a incapacidade física das pessoas.
Espero bem que esta lei seja revista e, obviamente, revogada.

7 de setembro de 2009

Banda Sonora política (#2)

De novo Jorge Palma a dar voz á minha banda sonora, o que não é de admirar dada a enorme admiração que nutro por ele.
Dedico este tema, e mais uma vez a letra do tema em especial, ao Camarada Jerónimo.
Que esta letra seja um hino para o Jerónimo nas eleições que se seguem.

"Enquanto houver ventos e mar, agente vai continuar"

Podes crer que vamos Jerónimo !


6 de setembro de 2009

Comboio, o futuro.

A aposta definitiva numa rede ferroviária abrangente e devidamente estruturada, que “rasgue” o País de Norte a Sul e de Este a Oeste, tarda a aparecer em Portugal.
Portugal investiu e muito, e neste momento até demais, em auto-estradas.
Foi importante dotar o País desta rede de auto-estradas, é um facto indesmentível. Portugal apresentava aí um atraso significativo e que era gerador de gravíssimos problemas de deslocação de pessoas e bens, com as consequentes agravantes sociais e económicas que dai advinham.
Mas o capítulo auto-estrada está esgotado. Portugal precisa agora, e a meu ver, urgentemente, duma rede ferroviária que lhe permita servir o Pais de forma a inverter uma série de factores desequilibrados, quer sociais bem como económicos e até mesmo estruturais.
É cada vez maior a desertificação do interior Português, e esta situação tem de ser analisada como deveras preocupante, não apenas pela grave situação social que isso constitui, mas também pela forma, diria mesmo estúpida, como se esbanjam os enormes recursos e potencialidades que esse mesmo interior, de sul a norte, possui.
Temos um País cada vez mais desequilibrado e a tombar a “Oeste”, as grandes cidades, todas elas próximas da nossa linha costeira, estão esgotadas, os recursos naturais que circundavam estas mesmas cidades têm sido dizimados e com isto têm-se cometido crimes ambientais violentos e imperdoaveis. Há excesso de população nestas cidades, e isso acarreta uma série de problemas gravíssimos sob o ponto de vista social. Ao invés, o interior desertifica-se e intensifica-se o crescimento duma população idosa, normalmente, doente, de baixos recursos económicos e, consequentemente, também aqui, geradora de gravíssimos problemas sociais.
Portugal é um País estreito, com cerca de 200 Km’s de largura em grande parte do seu território. Não será por isso muito difícil de ver que o comboio se constitui como o principal factor de esbatimento destas assimetrias entre o interior e a nossa zona costeira.
Uma linha férrea moderna e a funcionar em condições, e nem estamos obviamente a falar das loucuras do TGV, poderá colocar pessoas e bens, em cerca de 1 hora a hora e meia entre as grandes cidades e o interior do País.
O actual desequilíbrio que se verifica potenciou, entre muitos outros factores negativos, uma desmesurada especulação imobiliária nas zonas das grandes cidades, com as consequentes dificuldades que isso produz nas condições de vida das suas populações. Um País onde a rede ferroviária viesse cativar as pessoas a passarem a viver em zonas mais interiores traria, logo de imediato, melhorias nas suas condições de vida, ao poderem adquirir habitações que, com o mesmo grau de qualidade, custariam certamente muito menos que nas grandes cidades.
O crescimento populacional no interior, atrairia para o mesmo, inevitavelmente, investimento em infra-estruturas e negócios que servissem as necessidades daqueles que agora lá passariam a viver. Teríamos pois, um aumento no número de empregos na zona interior e uma, cada vez maior, fixação da sua população jovem, mitigando assim, e de forma gradual, um dos seus maiores problemas da actualidade.
Nas grandes cidades teríamos, consequentemente, um inevitável decréscimo populacional, diminuindo assim aquele que constitui hoje em dia o seu maior problema, e assim, também, um melhoramento do seu tecido social.
Estaríamos pois, perante um País muitíssimo mais equilibrado, com uma cada vez maior sustentabilidade e com índices de crescimento superiores.
E tudo isto, com base no desenvolvimento do nosso atrasado sistema ferroviário, que teima em continuar um verdadeiro, “pouca-terra, pouca terra, buu buu”

5 de setembro de 2009

Banda Sonora política (#1)

Vou dar início, neste meu humilde espaço, a uma banda sonora dedicada aos nossos ilustres políticos.
Dedico este 1º tema, por razões obvias, ao nosso 1º Ministro José Sócrates.
Se não soubesse que o grande Jorge Palma tinha escrito este tema há uns valentes anos atrás, diria mesmo que esta letra poderia ser o excerto duma conversa, tida ontem á noite, após o Jornal da Noite da TVI, entre José Sócrates e o seu "homem de campo" Pedro Silva Pereira.



4 de setembro de 2009

Obrigado Ponte de Sôr, o País agradece.

Felizmente que, aqui e ali, vão surgindo bons exemplos daquilo que urge ser feito em Portugal ao nível da Educação e Cultura.
Mais uma vez, é através de uma iniciativa do poder local que a obra surge.
Estou a referir-me ao excelente projecto “Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sôr/ Centrum 7Sóis7Luas”, que será inaugurado amanhã em Ponte de Sôr.
Este centro foi construído na antiga Fábrica do Arroz, ocupa um espaço de 10.000m2, e tem como objectivo ser um espaço multidisciplinar de âmbito cultural.
Para o efeito, esta infra-estrutura albergará, auditório, anfiteatro, oito ateliers, cinco salas de exposição e um espaço verde com jardins móveis do Arquitecto Leonel Moura.
Contará ainda com espaços para residência temporária de artistas, á imagem do que já acontece em vários países Europeus, onde a preocupação com a cultura assume particular importância. A infra-estrutura compreende também diversos serviços dedicados à cultura, arte contemporânea, passando por áreas como o teatro, a dança, a pintura, a escultura e a fotografia.
Muito importante pareceu-me ser também o comentário do Presidente da Câmara de Ponte de Sôr, João Taveira Pinto, ao afirmar que pretende “que o projecto constitua uma tentativa de interacção do espaço cultural com as escolas do concelho, através da realização de workshops direccionados para as crianças, servindo como ferramenta para que comecem a perceber desde muito cedo a importância da cultura nas suas vidas”.
A obra está feita, as ideias estão lançadas, compete agora aos responsáveis e respectivos colaboradores o cumprimento dos propósitos que estiveram na origem deste projecto.
Mas mais importante ainda, compete á população em geral, e á de Ponte de Sôr em particular, o pleno usufruto desta infra-estrutura por forma a que a Educação e a Cultura se constituam como os pilares das futuras gerações.