27 de fevereiro de 2010

Força Madeira

Em honra dos nossos compatriotas Madeirenses, que tanto têm sofrido nos últimos dias, deixo aqui a minha homenagem, através do humor do sempre saudoso Max, um valoroso Madeirense que fez rir todo o país.
Um abraço fraterno e que o bom humor deste vídeo possa servir de estímulo para todos os Madeirenses.

26 de fevereiro de 2010

Levi Strauss, 181 anos.

Há 181 anos atrás, a 26 de Fevereiro de 1829 nascia em Buttenheim, na Alemanha, Löb Strauß.
Aos 17 anos, após a morte do seu pai, o jovem Löb Strauß emigra para os Estados Unidos, naturaliza-se Norte Americano e muda o seu nome para Levi Strauss.
Em 1853 funda, juntamente com o seu cunhado, a firma Levi Strauss & Company, que se dedicava à venda de tecidos e roupas.
Em 1872, por por proposta do costureiro Jacobs Davis, decidem reforçar as costuras das calças usadas pelos mineiros com rebites. O sucesso foi de tal ordem que em 1873 a patente é registada, dando assim origem à mais famosa marca de Jeans até aos dias de hoje.

24 de fevereiro de 2010

A verdadeira crise.

Nasce-se, e durante seis anos somos mimados, protegidos, vivendo na mais profunda dependência de terceiros.
Vem a Escola e começamos, gradual e paulatinamente a ser largados às feras.
A cada ano que passa a nossa autonomia aumenta.
Quando a vida estudantil acaba, mais cedo para uns que para outros, dependendo do extracto social, da vontade e capacidade própria, ou por mera opção, entra-se na fase do trabalho.
O dinheiro começa a entrar, mas mais rapidamente acaba por sair. Não chega, nunca chega, e como tal contraem-se empréstimos. Para a casa, para o carro, para a mobília …
Nessa altura já não se está na fase do trabalho, entrou-se, definitivamente, na fase da escravidão.
Dizem que já foi abolida. Balelas. Douraram-na isso sim, mas ela existe, sempre existiu e vai continuar a existir.
Também aqui, dependendo essencialmente da inteligência de cada um, há os que se alforriam mais cedo que outros, por norma nunca antes dos cinquenta e tal anos de idade.
E como não há, nem nunca houve, escravos felizes, a verdade é que as sociedades actuais são, regra geral tristes, presas na escravidão que o dinheiro representa.
Como qualquer psicólogo ou sociólogo vos dirá, as pessoas produzem tanto mais quanto maior for o seu grau de satisfação, de alegria.
Ora, se assim é, não é difícil concluirmos que vivemos numa sociedade predominantemente improdutiva, o que só pode desaguar em crises como esta que vivemos agora, como as que já vivemos no passado e as que, seguramente, vamos viver no futuro.
Nestas alturas de crise, surgem os homens dos gráficos, com contas feitas e refeitas, e que nos explicam, ou tentam explicar, porque é que aqui chegámos e como é que daqui podemos sair.

Sabem o que eles são ?

Vendedores de banha da cobra !

A crise não é financeira, nem económica, não tem nada de matemático nela.
A crise é Humana, ou melhor, a crise é de falta de Humanismo.
Nas equações deles, nos seus gráficos, nas suas previsões, o Homem é constantemente visto e mencionado como um recurso.

Recurso ?

Mas que raio de sociedade é esta que me chama recurso, que me trata como um número ?

O paradigma está errado logo na base, e não há economista que resolva a(s) crise(s).
Só quando o Homem ganhar por si próprio e pelo meio em que vive o respeito devido, é que as crises cessarão e este Mundo poderá tornar-se, quem sabe, num verdadeiro Éden.
Repense-se a sociedade, o ensino, os valores de base, relativizem-se as matemáticas, as economias, em suma os números, e aposte-se definitivamente no Humanismo, no bem estar, na espiritualidade, na cultura geral, e libertemos o Homem da sua condição de escravo.

A solução da(s) crise(s) existe, chama-se ALEGRIA.

22 de fevereiro de 2010

Gestores Públicos, vulgo BOYS !


A lista que abaixo apresento, refere-se a um conjunto de cargos de Presidentes/Administradores de empresas públicas, ou de capitais maioritariamente públicos, e que foram empossados nos cargos já no período de governação Sócrates.
Quanto aos valores salariais em causa não vou emitir qualquer comentário, deixo isso para a consciência de cada um, mas não quero deixar de salientar duas questões que me chamaram particular atenção enquanto reunia esta informação.

1) A esmagadora maioria dos nomes que aparecem nesta lista, são de elementos com ligações directas ou indirectas ao PS.

2) Boa parte destes Presidentes/Administradores já manifestaram publicamente a necessidade de congelamento no aumento de salários, ou até mesmo redução dos mesmos, bem como a necessidade de recorrer aos despedimentos para equilíbrio das contas das "suas" empresas.

Elaborei esta lista com base num artigo do Jornal Sol de 22 de Janeiro de 2010. Tive o cuidado de esperar até este momento, cerca de um mês, para ver se surgia algum desmentido relativamente a esta informação. Como tal não se verificou, aqui deixo esta informação, onde acrescentei ao valor dos salários a data em que os nomes foram empossados nos cargos, de forma a poder constatar-se que os mesmos ocorreram durante o ultimo governo do PS.

Mata da Costa: Presidente dos CTT, 200.200 Euros
Eleito em Abril 2008

Carlos Tavares: CMVM, 245.552 Euros
Eleito em Setembro 2005

António Oliveira Fonseca: Metro do Porto, 96.507 Euros
Eleito em Março 2008

Guilhermino Rodrigues: ANA, 133.000 Euros
Eleito em Abril 2008

Fernanda Meneses: STCP, 58.859 Euros
Eleito em Abril 2006

Joaquim Reis: Metro de Lisboa, 66.536 Euros
Eleito em Novembro 2007

Luís Pardal: Refer, 66.536 Euros
Eleito em Outubro 2005

Amado da Silva: Anacom 224.000 Euros
Eleito em Junho 2006

Faria de Oliveira: CGD, 371.000 Euros
Eleito em Janeiro 2008

Pedro Serra: AdP, 126.686 Euros
Eleito em Maio 2005

José Plácido Reis: Parpública, 134.197 Euros
Eleito em Junho 2007

Cardoso dos Reis: CP, 69.110 Euros
Eleito em Junho 2006

Vítor Santos: ERSE, 233.857 Euros
Eleito em Dezembro 2006

Fernando Nogueira ISP 247.938 Euros
Eleito em Setembro 2006

Guilherme Costa: RTP, 250.040 Euros
Eleito em Janeiro 2008

Afonso Camões: Lusa, 89.299 Euros
Eleito em Abril 2009

21 de fevereiro de 2010

Uma questão de ética.

A (pouco) conhecida actriz Portuguesa, Inês de Medeiros, foi eleita como deputada do PS pelo circulo de Lisboa nas ultimas eleições.
No entanto, como ela própria declarou, a sua residência é em Paris, razão pela qual lhe foram atribuídas ajudas de custo diárias de 580€, bem como, o pagamento de viagens de ida e volta para Paris aos fins de semana (deduzo que sejam de avião, pois ainda não temos TGV).
Acredito, ou pelo menos quero acreditar, que esta situação não esteja fora do âmbito legal.
Mas não foi sem espanto, que verifiquei que esta senhora fez parte da equipa de deputados do PS que esteve presente na comissão de ética, onde Mário Crespo e José Manuel Fernandes foram prestar esclarecimentos.

Se consultarmos o dicionário podemos verificar que :

Ética : conjunto de regras de conduta.

Se calhar convinha que alguém do PS (re)pensasse melhor as escolhas dos seus deputados para as comissões de ética, não ?

18 de fevereiro de 2010

Limpar Portugal

Falta pouco mais de um mês (20 de Março), para podermos todos contribuir para um Portugal mais limpo, mais ecológico e, acima de tudo, mais civilizado.
É uma óptima maneira de passar um Sábado diferente, inscrevam-se, levem a família e aproveitem para desta forma passarem uma grande mensagem de cidadania aos vossos filhos.
O planeta Terra agradece !

16 de fevereiro de 2010

PSD, que (triste) futuro ?

São 3, até ver, os candidatos à presidência do PSD.
Tendo em conta que o mais certo é que o vencedor desta "corrida" venha a ser o próximo 1º Ministro Português, devo confessar que fico imensamente preocupado com o que aí vem. Como se não me bastasse já o que tem sido a governação PS de José Sócrates.

O 1º a declarar-se candidato foi Pedro Passos Coelho, de 45 anos. Entrou para a JSD com 16 anos e foi seu presidente entre 1990/95, foi deputado à Assembleia da Republica pelo PSD, foi vice-presidente do grupo parlamentar do PSD e chegou a vice-presidente do PSD em 2005.
Licenciou-se em Economia com a bonita idade de 36 anos (mais vale tarde que nunca, que isto de ser político profissional dá que fazer !), e teve o 1º emprego, fora da actividade política, com a idade de 40 anos, no Grupo Fomentinvest, do seu amigo de partido Ângelo Correia.

O 2º que se lançou à liça, foi Paulo Rangel, fará 42 anos depois de amanhã, é licenciado em Direito e foi professor universitário. Era, até há alguns anos atrás, um perfeito desconhecido do panorama político nacional (o que até joga a seu favor, tendo em conta o baixo nível da classe), foi Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Justiça, Aguiar Branco, no governo de Santana Lopes. Depois da vitória de Manuela Ferreira Leite, surge como líder parlamentar do PSD e no passado ganhou, de forma categórica, as eleições Europeias.

O 3º candidato, Aguiar Branco, é advogado e sócio da firma José Pedro Aguiar Branco & Associados. É presidente da Assembleia-Geral de sociedades como a Semapa, Portucel e Impresa. Teve, também, um passado na JSD. No PSD foi "andando por ali" até que em 2004/5 Pedro Santana Lopes o nomeia como Ministro da Justiça.

Resumindo, o mais que provável 1º Ministro deste País pode ser :

1) Um entachado político, sem expriência de vida (profissional) fora da esfera política, tardiamente licenciado e que tenta agora o apogeu político aproveitando o mau momento interno do PSD.

2) Um professor, que descobriu tardiamente a veia política, mas que denota ter todos os tiques do "chico-esperto" político, que não olha a meios para atingir os seus fins.

3) Um advogado, que tem "andado por aí" na vida política, o que lhe permitiu alguns cargos de "carregar pela boca" nalgumas empresas, mas que na realidade não passa dum verbo de encher nesta "guerra".

Não foi para isto, seguramente, que Francisco Sá Carneiro lutou.

11 de fevereiro de 2010

Voltou.

Agora é oficial, voltou o




As parecenças são cada vez maiores


A única diferença é que o "botas" era poupado ao passo que o Engº (?) gasta que se farta.

10 de fevereiro de 2010

Patriotismo - por Afonso Lopes Vieira


Se um inglês ao passar me olhar com desdém,
num sorriso de dó eu pensarei: — Pois bem!
se tens agora o mar e a tua esquadra ingente,
fui eu que te ensinei a nadar, simplesmente.
Se nas Índias flutua essa bandeira inglesa,
fui eu que t'as cedi num dote de princesa.
e para te ensinar a ser correcto já,
coloquei-te na mão a xícara de chá...

E se for um francês que me olhar com desdém,
num sorriso de dó eu pensarei: — Pois bem!
Recorda-te que eu tenho esta vaidade imensa
de ter sido cigarra antes da Provença.
Rabelais, o teu génio, aluno eu o ensinei
Antes de Montgolfier, um século! Voei
E do teu Imperador as águias vitoriosas
fui eu que as depenei primeiro, e ás gloriosas
o Encoberto as levou, enxotando-as no ar,
por essa Espanha acima, até casa a coxear

E se um Yankee for que me olhar com desdém,
Num sorriso de dó eu pensarei: — Pois bem!
Quando um dia arribei á orla da floresta,
Wilson estava nu e de penas na testa.
Olhava para mim o vermelho doutor,
— eu era então o João Fernandes Labrador...
E o rumo que seguiste a caminho da guerra
Fui eu que to marquei, descobrindo a tua terra.

Se for um Alemão que me olhar com desdém,
num sorriso de dó eu pensarei: — Pois bem!
Eras ainda a horda e eu orgulho divino,
Tinha em veias azuis gentil sangue latino.
Siguefredo esse herói, afinal é um tenor...
Siguefredos hei mil, mas de real valor.
Os meus deuses do mar, que Valhala de Glória!
Os Nibelungos meus estão vivos na História.

Se for um Japonês que me olhar com desdém,
num sorriso de dó eu pensarei: — Pois bem!
Vê no museu Guimet um painel que lá brilha!
Sou eu que num baixel levo a Europa á tua ilha!
Fui eu que te ensinei a dar tiros, ó raça
belicosa do mundo e do futuro ameaça.
Fernão Mendes Zeimoto e outros da minha guarda
foram-te pôr ao ombro a primeira espingarda.

Enfim, sob o desdém dos olhares, olho os céus;
Vejo no firmamento as estrelas de Deus,
e penso que não são oceanos, continentes,
as pérolas em monte e os diamantes ardentes,
que em meu orgulho calmo e enorme estão fulgindo:
— São estrelas no céu que o meu olhar, subindo,
extasiado fixou pela primeira vez...
Estrelas coroai meu sonho Português!


P.S.
A um Espanhol, claro está, nunca direi: — Pois bem!
Não concebo sequer que me olhe com desdém.

9 de fevereiro de 2010

Líder precisa-se.

Ao revermos a história de Portugal, e todos os momentos áureos que tivemos, não é difícil identificar a característica mais vincada do povo Português.
O Português é capaz das maiores façanhas, mas para tal precisa de quem o lidere, de quem o oriente, de quem lhe diga qual o caminho, o que fazer, como fazer. No fundo o Português é dotado, é esperto, mais até que inteligente, mas tem falta de iniciativa, tem, regra geral, pouca visão, e é acomodado.
Daí que, quando de tempos a tempos surge um líder, um visionário, alguém com discurso motivador, Portugal dá um pulo e avança. Foi assim logo no início, com D.Afonso Henriques, foi assim com D.Nuno Álvares Pereira em Aljubarrota, foi assim com D.João II e Vasco da Gama e os seus descobrimentos.
O Português quer é ter alguém que assuma o risco e que tome decisões por si, se isso acontecer, acreditem, nada melhor que ter um bando de Portugueses por perto para se conquistar o que se queira.
O Português gosta da sua matilha, mas quando esta tenha à sua frente um verdadeiro “macho Alfa” capaz de os convencer a tudo, e aí, acreditem, o Português faz mesmo tudo.
Ora, o que temos hoje em dia, ou melhor, o que temos desde há muitos anos a esta parte, é uma total ausência de um “macho Alfa” capaz de conduzir esta matilha a outros patamares. Ou seja, continuamos à espera que numa manhã de nevoeiro, surja finalmente o nosso D.Sebastião, que nos tire do marasmo.
E quanto a isto não há nada a fazer, desiludam-se aqueles que julgam que devemos de fazer como os “outros”, porque nós somos nós, somos assim, e as idiossincrasias dos povos não se mudam.
Há é que, pegando nessas idiossincrasias, servirmo-nos delas de forma inteligente para daí tirarmos proveitos.
Já viram a enorme vantagem que temos ?
É que a nós basta-nos descobrir um ! um líder capaz de nos fazer arrancar rumo ao sucesso.
A história não engana, nós somos capazes dos maiores feitos, basta-nos descobrir quem nos lidere.
Será assim tão difícil arranjar um, um só ser que seja capaz de nos liderar positivamente ?

7 de fevereiro de 2010

Alentejo.

Palavra mágica que começa no Além e termina no Tejo, o rio da portugalidade. O rio que divide e une Portugal e que à semelhança do Homem Português, fugiu de Espanha à procura do mar.
O Alentejo molda o carácter de um homem. A solidão e a quietude da planície dão-lhe a espiritualidade, a tranquilidade e a paciência do monge; as amplitudes térmicas e a agressividade da charneca dão-lhe a resistência física, a rusticidade, a coragem e o temperamento do guerreiro. Não é alentejano quem quer. Ser alentejano não é um dote, é um dom. Não se nasce alentejano, é-se alentejano.
Portugal nasceu no Norte mas foi no Alentejo que se fez Homem. Guimarães é o berço da Nacionalidade, Évora é o berço do Império Português. Não foi por acaso que D. João II se teve de refugiar em Évora para descobrir a Índia. No meio das montanhas e das serras um homem tem as vistas curtas; só no coração do Alentejo, um homem consegue ver ao longe.
Mas foi preciso Bartolomeu Dias regressar ao reino depois de dobrar o Cabo das Tormentas, sem conseguir chegar à Índia para D. João II perceber que só o costado de um alentejano conseguia suportar com o peso de um empreendimento daquele vulto. Aquilo que para o homem comum fica muito longe, para um alentejano fica já ali. Para um alentejano não há longe, nem distância porque só um alentejano percebe intuitivamente que a vida não é uma corrida de velocidade, mas uma corrida de resistência onde a tartaruga leva sempre a melhor sobre a lebre.
Foi, por esta razão, que D. Manuel decidiu entregar a chefia da armada decisiva a Vasco da Gama. Mais de dois anos no mar... E, quando regressou, ao perguntar-lhe se a Índia era longe, Vasco da Gama respondeu: «Não, é já ali.». O fim do mundo, afinal, ficava ao virar da esquina.
Para um alentejano, o caminho faz-se caminhando e só é longe o sítio onde não se chega sem parar de andar. E Vasco da Gama limitou-se a continuar a andar onde Bartolomeu Dias tinha parado. O problema de Portugal é precisamente este: muitos Bartolomeu Dias e poucos Vasco da Gama. Demasiada gente que não consegue terminar o que começa, que desiste quando a glória está perto e o mais difícil já foi feito. Ou seja, muitos portugueses e poucos alentejanos.
D. Nuno Álvares Pereira, aliás, já tinha percebido isso. Caso contrário, não teria partido tão confiante para Aljubarrota. D. Nuno sabia bem que uma batalha não se decide pela quantidade mas pela qualidade dos combatentes. É certo que o Rei de Castela contava com um poderoso exército composto por espanhóis e portugueses, mas o Mestre de Avis tinha a vantagem de contar com meia-dúzia de alentejanos. Não se estranha, assim, a resposta de D. Nuno aos seus irmãos, quando o tentaram convencer a mudar de campo com o argumento da desproporção numérica: «Vocês são muitos? O que é que isso interessa se os alentejanos estão do nosso lado?» Mas os alentejanos não servem só as grandes causas, nem servem só para as grandes guerras. Não há como um alentejano para desfrutar plenamente dos mais simples prazeres da vida. Por isso, se diz que Deus fez a mulher para ser a companheira do homem. Mas, depois, teve de fazer os alentejanos para que as mulheres também tivessem algum prazer. Na cama e na mesa, um alentejano nunca tem pressa. Daí a resposta de Eva a Adão quando este, intrigado, lhe perguntou o que é que o alentejano tinha que ele não tinha: «Tem tempo e tu tens pressa.» Quem anda sempre a correr, não chega a lado nenhum. E muito menos ao coração de uma mulher. Andar a correr é um problema que os alentejanos, graças a Deus, não têm. Até porque os alentejanos e o Alentejo foram feitos ao sétimo dia, precisamente o dia que Deus tirou para descansar.
E até nas anedotas, os alentejanos revelam a sua superioridade humana e intelectual. Os brancos contam anedotas dos pretos, os brasileiros dos portugueses, os franceses dos argelinos... só os alentejanos contam e inventam anedotas sobre si próprios. E divertem-se imenso, ao mesmo tempo que servem de espelho a quem as ouve.
Mas para que uma pessoa se ria de si própria não basta ser ridícula porque ridículos todos somos. É necessário ter sentido de humor. Só que isso é um extra só disponível nos seres humanos topo de gama.
Não se confunde, no entanto, sentido de humor com alarvice. O sentido de humor é um dom da inteligência; a alarvice é o tique da gente bronca e mesquinha. Enquanto o alarve se diverte com as desgraças alheias, quem tem sentido de humor ri-se de si próprio. Não há maior honra do que ser objecto de uma boa gargalhada. O sentido de humor humaniza as pessoas, enquanto a alarvice diminui-as. Se Hitler e Estaline se rissem de si próprios, nunca teriam sido as bestas que foram.

4 de fevereiro de 2010

Lei das Finanças Regionais (5)

Caros, 1º Ministro e Ministro das Finanças, louvo a vossa preocupação em gastarem 50 milhões € com as Regiões Autónomas (ou será só com a Madeira ?, ainda não entendi !, ou se calhar é mesmo só com o Alberto João, não ?).
Pena que V.Exas. não tenham tido o mesmo cuidado nos gastos (via CGD que é o mesmo que dizer Estado) com o BPN, pois só ai gastaram o equivalente a termos 84 Regiões Autónomas da Madeira !

Lei das Finanças Regionais (4)

O deputado do PS, Francisco Assis, acabou de defender na SIC Notícias as posições tomadas pelo Governo PS relativamente à aprovação da Lei das Finanças Regionais.
E -lo, acrescentando ainda que, a ajuda a dar aos Açores deveria ser superior àquela que é dada à Madeira, dadas as superiores dificuldades que os Açores têm em relação à Madeira.
Concordo.
Fico agora à espera que o PS, de acordo com esta directriz se proponha a baixar o IVA para os residentes no Alentejo, que é de longe e de há muito a zona mais pobre do País, e a que enfrenta maiores dificuldades e isolamento.

Lei das Finanças Regionais (3)

O 1º Ministro José Sócrates e o seu Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos ameaçaram hoje demitir-se caso a Lei das Finanças Regionais fosse aprovada. Com esta ameaça conseguiram que o mercado bolsista caísse, só hoje, 5%, restando-nos ver o que sucederá nos próximos dias.
Será que esta queda no mercado bolsista não pode vir a prejudicar o País em mais de 50 milhões € ?

Lei das Finanças Regionais (2)

O Governo PS está preocupado com o valor de 50 milhões € de apoio às Regiões Autónomas, que representa qualquer coisa como 0,004€ do défice.
Gostaria que alguém deste mesmo Governo me explicasse porque é que no ano passado, o valor de 130 milhões de € para as mesmas ajudas não foi motivo de preocupação para o Governo ?

Lei das Finanças Regionais

Tenho de tirar a cartola ao Engº Sócrates.
Engodou toda a oposição com a falsa ameaça de se demitir caso a Lei das Finanças Regionais fosse aprovada, dando-lhes assim corda suficiente para se enforcarem todos ao mesmo tempo.
Não só não se demite, como arranjou álibi perfeito para justificar, assim, a impossibilidade de se alcançar o valor de 3% para o défice até 2013.

3 de fevereiro de 2010

Imaginemos ...

Imaginemos, que de repente, nos surgia no panorama político nacional alguém que proferia o seguinte discurso :

"(...) Represento uma política de verdade e de sinceridade, contraposta a uma política de mentira e de segredo. Advoguei sempre que se fizesse a política da verdade, dizendo-se claramente ao povo a situação do País, para o habituar à ideia dos sacri­fícios que haviam um dia de ser feitos, e tanto mais pesados quanto mais tardios.
Advoguei sempre a política do simples bom senso contra a dos gran­diosos planos, tão grandiosos e tão vastos que toda a energia se gastava em admirá-los, faltando-nos as forças para a sua execução.
Advoguei sempre uma política de administração, tão clara e tão sim­ples como a pode fazer qualquer boa dona de casa — política comezinha e modesta que consiste em se gastar bem o que se possui e não se despen­der mais do que os próprios recursos."

Quem quer que fosse o orador, era seguramente um sério candidato a ganhar as eleições, não era ?
Deixo aqui este exercício de imaginação apenas para se reflectir sobre o perigo de se acreditar em determinados discursos em alturas de grande crise. Sejam eles discursos "comezinhos", como este, ou, e porque os extremos se tocam, discursos de grandes projectos como aqueles que nos têm sido impingidos ultimamente.

Ah ! antes que me esqueça ... este foi um discurso de António de Oliveira Salazar, proferido em 1928, também numa altura de grande crise nacional.

2 de fevereiro de 2010

Farinha do mesmo saco.

Consta que da tão propalada negociação do orçamento de estado entre o PS, PSD e CDS-PP, resultaram duas directrizes.
Na 1ª, PSD e CDS-PP aceitam uma abstenção construtiva, seja lá isso o que for !
Na 2ª, e por instruções de Cavaco Silva a PSD e CDS-PP (?), José Sócrates vai ser obrigado a lançar uma figura de 2º plano do seu PS para a liça das Presidenciais.
Dessa forma, Alegre perde larga fatia do apoio que julgava obter do PS, ficando quase irremediavelmente fora da corrida, ao mesmo tempo que a tal figura de 2º plano do PS jamais constituirá entrave à reeleição de Cavaco Silva.
A ser verdade (o tempo o dirá) e a menos que surja algum novo candidato credível, os Portugueses não têm escolha, ou votam na merda, ou votam no cagalhão ! se for assim eu voto em branco que sempre é mais limpinho.