No passado dia 28 de Março, passaram 200 anos do nascimento de um dos maiores vultos da cultura Portuguesa, Alexandre Herculano.
Notabilizou-se sobretudo no romance histórico, mas também deixou obra no campo da poesia e ainda na história, tendo sido ele quem, em 1846, publicou a 1ª História de Portugal com base nos princípios da historiografia científica. De salientar ainda a sua extensa obra em formato de Opúsculos que constituem património impar na cultura Portuguesa do género.
Triste o País que deixa passar totalmente em branco esta data e não respeita a memória da sua própria cultura. Não tomei conhecimento de alguma iniciativa governativa que celebrasse o nascimento de Alexandre Herculano, e muito menos vi, li, ou ouvi, qualquer referência à mesma nos diversos meios de comunicação social.
Em sua memória aqui deixo uma citação por ele proferida, que se me apresenta perigosamente actual :
"Há épocas de tal corrupção, que, durante elas, talvez só o excesso do fanatismo possa, no meio da imoralidade triunfante, servir de escudo à nobreza e à dignidade das almas rijamente temperadas".
Parabéns Herculano.