29 de novembro de 2011

Forças de Segurança ?

Passados que estão 5 dias das grandes manifestações do passado dia 24, quero aqui voltar ao tema, desta vez motivado pela actuação de alguns elementos das forças de segurança.
Forças de Segurança, tal como o nome indica, são as organizações que têm como missão proteger e garantir a lei, a ordem e a segurança pública, num Estado.
Ora, perante isto, a questão que coloco é a seguinte :

- Agentes não uniformizados, vulgo à paisana, e sem qualquer distintivo que os identifique enquanto elementos das forças de segurança, que se misturam com os manifestantes ao longo do trajecto que estes cumpriam na manifestação, e que depois são eles mesmos, os tais agentes à paisana, que provocam escaramuças de forma a gerar a desordem, para passarem a intervir com o uso da força e das armas (um cassetete é uma arma) carregando violenta e indiscriminadamente sobre as pessoas que se manifestavam de forma ordeira, estão a agir de forma adequada enquanto elementos duma força de segurança ?

Parece-me que a resposta a esta questão é demasiado óbvia.

O que já não se me afigura tão óbvio, é tentar entender o que motiva um agente duma força de segurança, que é um funcionário público, que viu os seus vencimentos e as suas regalias serem tão drasticamente cortados pelas políticas deste governo, aceitar o papel de cão-de-fila que esse mesmo Governo lhe reservou, e obedecer-lhe de forma tão cega.

Entenderá esse elemento duma força de segurança que a obediência canina que presta a esse dono, molestando violentamente os seus iguais, lhe devolverá aquilo que o mesmíssimo dono lhe acabou de retirar, em termos de salários e de regalias ?

Confesso que de há muito tempo a esta parte o meu respeito pelas forças de segurança deste país tem decrescido a olhos vistos, mas até aqui ainda fazia um esforço para tentar entender e encontrar algumas atenuantes para a incorrecta forma de agir destas mesmas forças.
Neste momento, encontro apenas três explicações para esta forma de ser e de estar dos elementos das nossas forças de segurança, e que são as seguintes :

1 - As nossas forças de segurança são, na sua maioria, servidas por um conjunto de indivíduos de fraco nível intelectual.

2 – As nossas forças de segurança são, na sua maioria, servidas por um conjunto de indivíduos incompetentes e de fraquíssimo carácter, que encontraram ali, naquele “empregozinho do estado”, a única forma de poderem ganhar um salário que lhes permita a sobrevivência.

3 – Como atenuante aos dois pontos anteriores, cumpre-me reconhecer que, também na sua maioria, estes agentes das forças de segurança incorrem muitas vezes em actos menos correctos e inadequados às suas funções por se encontrarem em avançado estado de embriaguez. E aqui, a culpa acaba por não poder ser totalmente atribuída a eles, mas sim a quem legisla e permite que, em (praticamente) todas as instalações destas mesmas forças de segurança existam bares onde são vendidas, sem qualquer tipo de restrição, bebidas alcoólicas a agentes que se encontram de serviço. Algo totalmente inaceitável, em especial porque se tratam das unidades de trabalho daqueles a quem confiamos a nossa segurança.

Nada como desinvestir na Educação e embriagar as forças de segurança para fazer perpetuar no tempo e com toda a pujança o regime vigente.

27 de novembro de 2011

Património Imaterial da Humanidade.

Sete minutos e meio, mais coisa menos coisa, em que o Ti Alfredo canta à sua querida Ti Judite, companheira de toda uma vida.
Silêncio que se vai cantar o Fado.

26 de novembro de 2011

Que bom é ser uma papoila saltitante !



A seguir aos Sábados Gloriosos, vêm sempre os Domingos ... Paciência !

25 de novembro de 2011

Inaceitável !


O jornal desportivo do fcp (a letra pequena é propositada, jamais consigo atribuir letra grande a este gentio), vulgarmente conhecido como "O Jogo", tem hoje na sua capa (pelo menos Online, porque em papel ainda não vi) a imagem que apresento acima.

O uso abusivo e descabido duma expressão tão umbilicalmente ligada ao meu querido PCP, para caracterizar um individuo que faz da corrupção, da desonestidade e do despotimo a sua forma de ser e de estar, é algo que me desagrada profundamente e que repudio de forma veemente.

Srs. jornalistas do "O Jogo", vocês já me habituaram à vossa constante parcialidade, à mentira e ao fraco jornalismo, mas ofenderem assim o meu partido político é algo que não admito.
Tivesse eu dinheiro e comprava todos os exemplares hoje publicados para lhes poder atear fogo !

22 de novembro de 2011

Mais que um direito, um dever.


Tendo em conta o ataque claro e despudorado que o actual Governo está a infligir ao Povo Português, aos seus mais básicos direitos e garantias, a nossa resposta não pode ser outra que não seja uma adesão massiva à Greve Geral do próximo dia 24.
Crises sempre existiram e continuarão a existir, o que não podemos permitir é que esta mesma crise sirva de desculpa para nos fazerem regredir no tempo, tentando devolver-nos a uma existência vergada a um novo e ainda mais cruel Fascismo que aquele que vivemos durante 40 anos.
O roubo dos 13º e 14º meses, aumento do número de horas de trabalho, diminuição de salários, liberalização dos despedimentos sem justa causa, tentativa de assassinato do Sistema Nacional de Saúde e do Ensino gratuito, tudo isto, mais não são que medidas Fascistas, que visam a subjugação dum Povo inteiro ao poder do grande Capital, e que jamais criarão condições para que Portugal possa efectivamente ultrapassar a actual crise.

Dia 24, fazer greve é muito mais que um dever, é, isso sim, uma obrigação e um acto da mais nobre cidadania.

18 de novembro de 2011

Momentos.

Durante toda a minha infância, e fazendo fé nos relatos dos meus Pais, várias foram as vezes em que as minhas atitudes e respostas tinham tanto de rápidas e brilhantes quanto inconvenientes e causadoras das maiores vergonhas … para eles, claro, que eu arrepiava caminho como se nada fosse.
Uma dessas situações, que foi contada vezes sem conta pelos meus Pais, e da qual eu por acaso me lembro perfeitamente, aconteceu algures nos finais dos anos 70 junto à muralha do Castelo de São Jorge.
Uns amigos dos meus Pais vivam ali muito próximo do Castelo de São Jorge, e de vez em quando lá calhava um almocinho domingueiro na sua casa.
Lembro-me bem desses almoços por causa dum detalhe maravilhoso, o dono da casa (de quem, confesso, já não me lembro do nome), era um indefectível adepto do Belenenses, e a toalha da mesa usada nesses almoços era, nada mais, nada menos, que uma enorme bandeira do Clube de Belém.
Mas adiante. Após o almoço desse dia, lá seguimos em romaria até às muralhas do Castelo de São Jorge para contemplar a esplendorosa vista sobre o Tejo.
Ali chegados, eis que me deparo com uns miúdos da minha idade que estavam entretidos a jogar ao berlinde, rapidamente me enturmei com aquela rapaziada e, munido dos meus próprios berlindes, que nunca me saíam dos bolsos das calças, lá me lancei na jogatana.
Por ali fomos ficando, nós, absortos no jogo do berlinde, os adultos, entretidos à conversa, quando de súbito notámos que havia uma certa agitação no ar, os adultos que por ali andavam todos sussurravam entre eles e começaram a virar os seus olhares na nossa direcção.
Achei aquilo muito estranho, até que levantei a cabeça e descobri a razão de toda aquela agitação.
Quem é que andava por ali na passeata, e se dirigia agora a nós, aquele grupo de gaiatos que jogava ao berlinde ?
Nada mais, nada menos, que o Sr. Dr Mário Soares.
Assim que os nossos olhares se cruzaram, aquela (na altura) enorme figura dirige-se-me com o mais rasgado sorriso, próprio de quem andava em campanha, e pergunta-me :

- Então menino, também posso jogar convosco ?

Surpreso, e sempre com a minha língua mais rápida que o meu próprio raciocínio, gritei alto e bom som na direcção dos meus Pais :

- Olha Mãe, é o Bochechas !

Ainda hoje me lembro na perfeição que nos segundos imediatamente a seguir à minha exclamação o silêncio foi ensurdecedor, mas rapidamente cortado pelas mais altas gargalhadas que todos os adultos que por ali andavam podiam soltar.

O Dr. Mário Soares, esse, endireitou o espinhaço e arrepiou caminho dali para fora sem olhar para trás.

Os meus Pais, esses, viraram-me as costas e fizeram de conta que nem me conheciam.

E eu, passados estes anos todos, dou por mim a pensar que em miúdo, afinal, era bem mais educado do que sou hoje.

14 de novembro de 2011

E esta hem !

Antes de sair de casa esta manhã, liguei a televisão para tentar ouvir as previsões do tempo para hoje.
Passados uns minutos, lá estava a Sra. da Meteorologia que anunciava qualquer coisa do género :

"Portugal está em alerta Laranja, esta situação deve-se a uma enorme depressão que se abate sobre o território nacional"

Dei por mim a pensar :

- Olha ! foi preciso ouvir a Sra. da Meteorologia para finalmente ter uma análise sucinta, real e honesta da verdadeira situação política-social do país.

11 de novembro de 2011

Ele há bocas !

Até ontem, tudo me fazia crer que a mastigação de bolo-rei era, de longe, o pior uso que se poderia dar à boca da Cavacal figura do nosso (meu não é !) Presidente.
Afinal, estava redondamente enganado. Depois de ouvir o discurso proferido por Cavaco Silva em Inglês, na sua visita aos EUA, toda a minha pele se arrepiou.
Afinal, aquela boca era capaz de bem pior !
Os grunhidos guturais e imperceptíveis que aquela triste figura produziu, fizeram-me automaticamente acreditar que o mal amanhado sotaque Francês de Mário Soares ("Mon ami Miterrand", quem não se lembra ?) era, afinal, a mais bela sinfonia que se podia ouvir.

Confesso, aquilo foi assustador. Pus-me a pensar no pânico que seria, uma noite destas, quando me levantasse a meio da noite para ir fazer o meu xixi, dar de caras com um Cavaco, no escuro, apenas com um foco de luz a incidir de baixo para cima, iluminando aquela carantonha de caraça de Carnaval, e o homem abrir a bocarra e desatar a falar em Inglês !
Ui ! qual Pesadelo em Elm Street, qual Shining, qual carapuça !
Aquilo é terror, e dos grandes.

Perante tudo isto, quero deixar aqui o meu apelo a todas as pastelarias produtoras de bolo-rei, para que façam um esforço e enviem diariamente um bolinho-rei para o Palácio de Belém.
Dessa forma, será possível manter o Sr. Presidente com a boca atafulhada em bolo-rei o que, apesar de não ser agradável de ver, é bem melhor que ouvi-lo a falar Inglês.

9 de novembro de 2011

Boa notícia, finalmente ... ou talvez não ?

No meio de tanta notícia triste, tanta notícia trágica, que nos deixam cada vez mais desanimados e desesperançados num futuro melhor, eis que hoje nos surge uma boa notícia.
Está para breve a instalação em Portugal dum aparelho de radioterapia que permite, com elevado grau de sucesso, a eliminação dum cancro através de apenas uma sessão de tratamento.
O aparelho ficará instalado na Fundação Champalimaud, restando agora saber-se quem e de que forma poderá vir a beneficiar deste tipo de tratamento, pois só aí se poderá afirmar, com total segurança, que esta é mesmo uma excelente notícia.

7 de novembro de 2011

Pensamentos.

Coitado daquele que, com frequência, expressa as suas saudades pelos tempos do Passado.
Aquele que vive de forma plena o Presente, contrói assim um Futuro melhor, restando-lhe apenas ter saudades, sim, mas do que ainda está para vir.

3 de novembro de 2011

Descubra as diferenças.



Assim à partida as diferenças são ... tudo !

Não têm nada em comum, no que ao aspecto físico diz respeito.
Mas foquemo-nos, por ora, nas semelhanças :

Ambos são Portugueses.
Ambos são assassinos.
Ambos cometeram crime de homicídio (qualificado ?) em solo Brasileiro.
Ambos assassinaram cidadãos Portugueses em solo Brasileiro.

A diferença, a grande diferença, meus caros, não está na carantonha rafeira do Militão em contraponto com a carinha de rato de sacristia do Duarte Lima, nada disso.
A grande diferença meus caros, é que um deles foi automaticamente preso, e muito bem, donde espero que não saia a não ser para o seu próprio enterro, ao passo que o outro, ao que consta, está em parte incerta e, acima de tudo, está a ser-lhe dado tempo e espaço para que tudo possa fazer de forma a que se possa valer de todas as artimanhas legais que possibilitem nunca vir a conhecer o cárcere.

Em suma, e onde eu quero chegar meus caros, a grande diferença é que um era um "gajo" qualquer e o outro é um político do PSD, antigo líder parlamentar nos tempos de Cavaco Silva.

Assim vai a nossa "cega" justiça !