Mesmo retirado da vida política activa, ou pelo menos assim aparenta, o Dr. Mário Soares continua a demonstrar que não consegue passar sem os seus inflamados discursos populistas, que visam, como sempre visaram, agradar a Gregos e Troianos.
Na sua
coluna de opinião no DN, o Dr. Mário Soares, aproveitando a onda positiva que se formou a partir da praça Tharir, elaborou um texto onde se revela igual a si mesmo, sempre disposto a piscar o olho à esquerda, à direita, ao centro e todas as demais direcções que possam surgir.
Começa o seu artigo duma forma tão inflamada que quase me assustou, cheguei a temer que fosse reclamar também para si a paternidade da mudança de regime no Egipto, como fez com o 25 de Abril, onde nem "padastro" chegou a ser.
Usou para o efeito, a sempre sonora expressão "O Povo é quem mais ordena", mas que vinda da sua boca soa a oco e a falta de respeito, porque a a mesma deve ser proferida apenas por quem efectivamente a sente e por ela lutou e continua a lutar.
Na continuidade do seu artigo está, como é óbvio, uma vénia monumental aos seu Padrinhos Americanos (afinal de contas, não há almoços grátis, não é assim Sr. Dr. ?), agora pessoalizado na pessoa de Obama.
Claro ! então ele é parvo, não ?
Agora Obama é fixe (onde é que nós já ouvimos isto Sr. Dr. ?), e para ajudar à envolvência popularucha do seu discurso, aproveita para dar umas pauladas ao já moribundo Bush, que sempre ajuda a fazer regozijar mais uns tolos (não que as pauladas a tal animal não sejam bem arreadas, claro).
Mais adiante, e ao melhor estilo Hollywoodesco, onde é preciso ter o publico sempre agarrado, o Dr. Soares aproveita para vomitar umas frases carregadas de antissemitismo, que nos dias que correm e para aqueles que gostam pouco de pensar e de ler as suas entrelinhas, é coisa que fica sempre bem.
Mais para o fim do artigo, e quase se esquecendo da sua condição de laico, o Dr. Soares decide, praticamente, aderir ao Islamismo.
A verdade é que depois de ler o artigo do Dr. Soares, eu próprio fiquei como que viciado nos seus clichés e chavões populistas, de tal forma que sou eu que agora não resisto a acabar este meu singelo post com duas "pérolas" idênticas :
- O Dr. Soares acha que somos todos tolos, não acha ?
Pois olhe que não Sr. Dr. olhe que não !
E só para acabar, deixe-me perguntar-lhe (leiam em Castelhano, se não for pedir muito) :
- Y tu porque no te callas ?