27 de fevereiro de 2012

Fim.


Como tudo na vida, há um princípio e um fim.
No dia 27 de Agosto de 2009, dei inicio a este meu querido projecto do "chegateaqui", hoje, dia 27 de Fevereiro de 2012, 30 meses depois, tomei a decisão, ainda que difícil para mim, de colocar um ponto final neste projecto.

A todos os que comigo partilharam opiniões, saberes, alegrias, desabafos e até disparates, o meu muito obrigado.
Um blogue sem seguidores e/ou comentadores não é um blogue, é, quanto muito um diário pessoal ou até mesmo um exercício de narcisismo.
São os seguidores e comentadores que dão sentido ao blogue, e o "chegateaqui" não fugiu à regra.

Obrigado a todos, e até qualquer dia ... vou andando por aí !

Eduardo Miguel Pereira.

26 de fevereiro de 2012

Domingo cultural.

Esconderijo
(repostagem dum texto meu que aqui deixei há algum tempo e que hoje se me afigurou actual)

Começa baço, espesso, depois vem-me tudo à memória, a infância e juventude, soltas, descomprometidas, e de súbito ... turvo, negro e profundo.
Tão profundo que dói.
Rio, antes, sorrio, a dor também nos faz sorrir.
E quantas vezes não choramos alegres ?
Na melancolia de um sorriso de tristeza vislumbro mais longe que numa gargalhada destemperada.
E logo eu que rio tanto.
Serei oco ?
Talvez. Pelo menos na alegria assim serei.
Já na tristeza conheço-me e reconheço-me melhor. Vou mais fundo, deixo a superficialidade do riso e mergulho no eu sério, pensativo e penetrante.
É o meu esconderijo, aqui estou só, seguro, ninguém aqui chega. É um lugar estranho este. Pequeno mas sem limites, com um silêncio musical e o mais brilhante dos escuros.
Quando daqui saio penso :
- Escapei ! voltei a escapar.
Temo que um dia não consiga de lá sair, que fique aprisionado no esconderijo da minha consciência.
A loucura deve ser algo parecido, inconsciente.
A realidade é uma besta mas acorda-me, resgata-me, salva-me.
Hoje foi bom levar o papel e o lápis para o esconderijo, senti-me acompanhado pelo som áspero do carvão no papel.
Quebrou a música do silêncio.
O esconderijo jamais será o mesmo.

25 de fevereiro de 2012

Sábado, tempo de lazer.

Inaugurado há pouco mais de um ano, o percurso pedestre "Arribas do Tejo", situado entre as freguesias do Gavião e de Belver, é um verdadeiro "must" para os amantes de passeios na natureza.


Enquadrado pelas belezas naturais do Tejo e das suas arribas, e pelo magnífico Castelo de Belver, o percurso (circular) faz-se sem grandes dificuldades.



O percurso inicia-se na bela vila de Belver, e desce em direcção Tejo, passando pela aldeia de Torre Fundeira. Mais adiante, no Cabeço do Pintalgaio, a paisagem é deslumbrante e com uma particularidade. Daqui avistam-se terras de três regiões distintas, Alentejo, Ribatejo e Beira Baixa.


Já em terras do concelho de Gavião, a praia do Alamal, com vista para Belver, convida ao descanso. O passadiço de madeira que se segue serpenteia o Tejo e permite uma progressão suave e de grande beleza paisagística.


Atravessada a ponte, o percurso sobe até ao ponto de partida. Por essa altura a fome aperta e as iguarias da região são capazes de agradar a qualquer estômago. A não perder, o ensopado de enguias, o achigã frito e a lebre com couve, entre outros pratos típico.

24 de fevereiro de 2012

23 de fevereiro de 2012

5ª Feira. Pensamentos e citações.

Tu que tanto avisaste a malta
Partiste cedo demais
Continuas fazendo falta
A nós, simples mortais



22 de fevereiro de 2012

4ª Feira. Crónica de escárnio e mal dizer.

O momento alto da vida nacional nos últimos dias foi, quanto a mim e sem sombra de dúvidas, a confirmação clara e inequívoca de que, do meio do lodaçal político em que nos encontramos mergulhados, acabou por emergir uma figura carregada de altruísmo; de sentido patriótico e de grande espírito de solidariedade nacional.
Falo, obviamente, do Prof. Eduardo Catroga.
Fiquei sensibilizado, devo confessá-lo, com a forma franca, honesta e sincera como o Prof. Eduardo Catroga explicou em conferência de imprensa que aceitou o cargo de altíssima responsabilidade que os novos “patroões Chineses” da EDP lhe reservaram sem sequer discutir o vencimento que virá a auferir.
Numa altura em que é necessário “puxar por Portugal” sem olhar a esforços, louve-se a atitude patriótica deste homem que, às cegas, aceitou pôr todo o seu conhecimento e toda a sua força laboral ao serviço da nação, sem olhar a mais nada que não seja, a recuperação económica do país.

Bem sei, Sr. Prof. Eduardo Catroga, e usando um termo que lhe é bastante querido, que mais Euro menos Euro, isso para si são meros “pintelhos”.

E é por isso mesmo, e pela proximidade “pintelhal” que lhe digo :
- Ó Sr. Prof, você é bonzinho como o caral.. !

21 de fevereiro de 2012

3ª Feira. Resumo da jornada.

Depois de uma série de jogos brilhantes do Benfica, que já valiam comparações com a arrasadora equipa que valeu o último título às Águias, eis que, de forma totalmente inesperada, o Benfica soma como derrotas os seus dois últimos jogos.
Primeiro para a Champs, contra o Zenit, num jogo estranho onde o estado do relvado e o frio intenso ajudam a explicar o resultado, depois, ontem, num jogo em Guimarães, onde o Benfica esteve uma sombra de si próprio e se revelou incapaz de voltar ás boas exibições que vinha registando.
De positivo neste jogo, para mim claro, que sou um indefectível Benfiquista, apenas duas questões.
Primeiro, a ausência dos tão afamados "casos do jogo". Não houve casos, o Guimarães jogou bem, o Benfica nem por isso, e a vitória assenta bem ao Guimarães porque foi mais inteligente a gerir o tempo e o resultado.
Segundo, a novidade (pelo menos para mim foi), de ver um Jorge Jesus mais maduro e humilde e acima de tudo com uma postura perante a derrota sofrida condizente com a grandeza do clube que treina. Aceitou a derrota, não se refugiou nos lugares comuns dos erros de arbitragem e reconheceu mérito ao Guimarães, e em particular ao seu treinador. Ficou-lhe bem.

No Domingo, o porto ganhou sem surpresa o "meu Vitórrria", o que para mim constituiu tristeza dupla. De registar neste jogo, apenas a "particularidade" de, mais uma vez, o caminho para a vitória portista ter surgido através duma claríssima e nada usual falha de marcação do central Ricardo Silva. 
É curioso vermos a frequência com que jogadores que no passado já actuaram de azul-e-branco têm falhas clamorosas sempre que defrontam a sua antiga equipa. Idiossincrasias !

No Sábado, o Sporting ganhou, sem brilho, sem glória e acima de tudo sem táctica. Ainda estou para entender qual foi o sistema táctico em que o onze Sportinguista assentou o seu jogo. Estou para entender eu, deve estar para entender o Sá Pinto e devem estar para entender os jogadores do Sporting. Valeu-lhes a vitória que é, na conjuntura actual, o que mais lhes interessa. As tácticas e as "notas artísticas" podem esperar.

Parabéns ainda para o meu Praia de Milfontes, que continua a fazer um campeonato brilhante na 1ª Distrital de Beja, onde segue isolado no 2º lugar, após vitória caseira por 2-1 sobre o Panóias.

Sorte contrária teve o meu Cova da Piedade que perdeu por 1-0 em Grândola, mantendo-se ainda assim num bom 6º lugar na 1ª Distrital de Setúbal, o que perspectiva um campeonato tranquilo até ao fim.

20 de fevereiro de 2012

2ª Feira Ecológica.

O desperdício de água potável no consumo doméstico assume, cada vez mais, proporções de autêntica calamidade, tendo em conta a crescente escassez que este bem (água potável) regista.
Enquanto as entidades competentes não legislarem sobre esta matéria, obrigando, ao nível da construção, a que se criem soluções onde algumas águas residuais (por exemplo as que saem das máquinas de lavar roupa ou loiça, ou até mesmo as que saem do lava-loiças) sejam armazenadas em tanque próprio que servirá depois para uso nas descargas do autoclismo, teremos de ser nós, cidadãos conscientes, a alterar hábitos que visem a salvaguarda do nosso planeta.

Uma solução simples e que para além de ecológica se revela também muito interessante sob o ponto vista da redução de despesas (necessidade que hoje deve assolar a grande generalidade do Povo Português) é a de aproveitar a água que normalmente se gasta em cada banho até que a temperatura da mesma esteja adequada.
Basta, para o efeito, ter um balde (com capacidade entre 5 a 10 litros), para onde se faz correr a água até que esta esteja à temperatura desejada. Depois, quando for necessário efectuar a descarga do autoclismo, poder-se-á usar, em vez do autoclismo, a água entretanto armazenada no balde.

Com isto poupamos, e muito, no desperdício de um bem precioso e cada vez mais escasso, e acabamos ainda por poupar na conta da água.
Posso assegurar-vos que se nota na factura. No meu caso, um agregrado familiar de 3 pessoas, a poupança passou a ser de 3 a 5 Euros em cada factura.

Poupe água, o planeta agradece !

19 de fevereiro de 2012

Domingo cultural.


Excerto :

"Não há nada mais humilhante do que ser assalariado. O meu destino é ser livre. E a servidão do assalariado é perversa: dá-lhe a falsa noção de que é livre porque dispôe de dinheiro para as suas necessidades mais elementares. Mas não me queixo. Quem se queixa está a empurrar os seus problemas para os outros."

18 de fevereiro de 2012

Sábado, tempo de lazer.

Enquanto a chuva não chega, e os dias continuam solarengos e convidativos ao passeio, nada como aproveitar para desfrutar das maravilhas naturais do nosso querido Portugal e ao mesmo tempo tratar da saúde.

Um passeio pedestre pela magnífica Arriba Fóssil da Costa de Caparica é um desses pequenos tesouros escondidos, que está “já aqui”, ao alcance de todos, mas em especial daqueles que moram na Zona de Lisboa e Margem Sul do Tejo.

Pode-se ir de carro, mesmo até à Fonte da Telha, ou, para os mais conhecedores da zona, evitar a descida até lá abaixo e deixar a viatura na estrada que dá acesso ao quartel da Nato.
A caminhada pode iniciar-se na zona da Arriba que fica mesmo sobre a povoação da Fonte da Telha, em direcção a Sul (seguindo sempre a linha costeira). A vista é deslumbrante, os trilhos são acessíveis e diversos (não saiam deles, porque ao fazê-lo estão a prejudicar o delicado ecossistema dunar) e a fauna e a flora convidam a um passeio calmo e contemplativo, sem correrias.

A evitar, os trilhos que estejam muito próximos da zona limite da Arriba, pois é preciso não esquecer que estamos a pisar terreno arenoso e fustigado pela erosão, onde o perigo de derrocada é permanente.

Munidos de roupa e calçado adequado, bem como de água e alguma alimentação (recomendam-se barras energéticas e fruta), o ideal é ir percorrendo a Arriba, sempre para Sul, até se atingir a Lagoa de Albufeira. Cenário idílico e de grande valor ambiental e ecológico.


O regresso, ou se faz pelo mesmo caminho, ou então pode escolher outro tipo de paisagem e de terreno, optando aí pela estrada de terra batida que cruza a zona de mata e pinhal adjacente à Herdade da Apostiça até se atingir de novo o quartel da Nato.

Reserve uma manhã inteira, ou tarde inteira para este magnífico passeio. A dificuldade do percurso é baixa e acessível a praticamente todos.
Nesta última foto fica-se com uma perspectiva geral da zona da caminhada. A Fonte da Telha fica ao fundo (na parte superior da foto), junto à linha de costa, e caminha-se até se atingir a Lagoa de Albufeira. A zona de mata e pinhal, é toda a mancha verde que se encontra acima da Lagoa.