Na semana passada foi noticiado que os níveis de desflorestação da Amazónia tinham baixado cerca de 46%. Segundo o governo Brasileiro, este valor é o mais significativo desde que os registos começaram a ser efectuados há 21 anos atrás.
Ainda segundo o governo Brasileiro, entre Julho de 2008 e Agosto de 2009, foram destruídos "apenas" pouco mais de 7.000 Km2.
A minha primeira reacção a tal notícia é, obviamente, de satisfação e de esperança. No entanto, e tendo em conta o acentuado decréscimo de popularidade de Lula da Silva junto do povo Brasileiro, bem como a proximidade da Cimeira de Copenhaga, espero bem que não estejamos perante alguma "reengenharia" nos números apresentados.
Não gostaria de acabar sem deixar aqui de lembrar que, desflorestar pouco mais 7.000 Km2/ano, é o mesmo que todos os anos arrasarem com um pedaço de terra do tamanho do Baixo Alentejo !
A Amazónia pode ser grande, mas é finita !
Reduzir a desflorestação em linguagem política quer dizer, na realidade, que a área desflorestada nesse ano foi inferior à do ano anterior. Como se 7000 km2 fosse coisinha de pouca importância. O que seria de louvar era PARAR por completo a desflorestação.
ResponderEliminarEu não sei se parou ou se reduziu substancialmente pois é de temer que estejamos ante reengenharia numérica e desvio da acção para outros locais, como por exemplo o Paraguai onde uma empresa brasileira parece que está a fazer à floresta local o que agora se diz que caiu drásticamente na Amazónia.
ResponderEliminarParalelamente, e como bem assinala, o Baixo Alentejo é enorme!
PARAR ! era isso mesmo que se exigia, mas bem sabemos que o negócio, com verdadeiros contornos mafiosos, montado na Amazónia nos remete para uma realidade bem diferente.
ResponderEliminarDesconhecia essa situação do Paraguai, infelizmente a rede parece ser tentacular. É mais uma a juntar a outra de que pouco se fala que é a desflorestação em Borneo, que é a 3ª maior ilha do Mundo e que tem índices de desflorestação muitíssimo superiores aos da Amazónia.
O bicho homem está fortemente empenhado em acabar com o planeta.
Os números devem ser fiáveis, o problema é a sua interpretação. A saber: tínhamos 100 hectares e foram à vida 10; no ano seguinte tínhamos 90 e arrassaram-se apenas 9. De facto, o desflorestamento desceu de 10 para 9, mas face à área florestal ainda disponível, que descera de 100 para 90, foram ao ar os mesmos 10%. Acho que um dia um político virá anunciar com toda a pompa que a deslorestação terminou. Pelo simples facto de a floresta já não existir e não haver por onde desflorestar.
ResponderEliminarSegundo li no sustentabilidade é acção: só parando (reduzindo) de comer carne podemos parar com esta desflorestação.
ResponderEliminarLá se vai o «Filé mignon»...
Bem visto, Paulo Lobato! E já agora, era bom também que os brasileros apostassem em energias verdadeiramente renováveis em vez de apostarem do biocombustível, um embuste para o planeta... e uma ajuda "preciosa" à desflorestação!
ResponderEliminarOlá Eduardo.
ResponderEliminarGostaria que aceitasse o desafio que lhe deixei na minha chafarrica. :))
Abraço
É verdade Eduardo, a história do Bórneu é igualmente escabrosa. Paradoxalmente, o comércio de madeiras exóticas aliado às necessidades e manias ocidentais decorrentes do óleo de palma levaram a que a floresta local fosse pura e simplesmente arrasada.
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