27 de agosto de 2010

Aniversário do chegateaqui.

Pois é, faz hoje um ano que decidi dar vida a este projecto blogosférico do "chegateaqui".
Foram 365 dias de prazer, de preocupação, de análise, de luta, de trabalho, de revolta, de esforço, em suma, foi algo que me deu prazer e que me permitiu vir a conhecer, ainda que vitualmente, pessoas com um carácter e uma dimensão humana que me surpreenderam, e que enriqueceram um pouco mais a minha existência.
A todos, sem execpção, que comentaram os meus posts o meu muito obrigado, sem vocês isto não faria sentido.
Comecei, há um ano atrás, com uma música, pretendo, passado um ano, deixar também aqui uma música que tem servido de hino à minha existência, uma espécie de azimute. Na vida, como nos Blogues, tento sempre fazer o melhor e dar o melhor, mas sempre, mantendo-me fiel aos meus principios, ás minhas crenças e às minha convicções, em suma, faço-o, mas faço-o "à minha maneira".
 

23 de agosto de 2010

Triste manifestação.

Democracia é isto mesmo, é permitir que mesmo aqueles que não têm razão nenhuma se possam manifestar, dizer as maiores barbaridades, e defenderem as maiores acefalias sem que daí advenham quaisquer consequências para as suas pessoas.
Bom, mas então, apoiado na mesma democracia, deixem-me manifestar aqui o meu total desacordo e repúdio pela manifestação ocorrida este fim-de-semana na zona da Arrábida, onde algumas dezenas de pessoas a bordo das suas embarcações reclamaram das restrições, segundo eles excessivas, que o Parque Marinho Luiz Saldanha impõe.
Já no passado eu havia aqui manifestado o meu contentamento pelas medidas tomadas no sentido de preservar este verdadeiro santuário da vida marinha Portuguesa.
Aqueles que agora reclamam, são os mesmos de sempre, são aqueles que não nutrem o menor respeito pela Natureza e pela Biodiversidade e estão muito tristes por não poderem ir passear os seus barcos e motos de água para a zona do Portinho da Arrábida, deixando ali largos rastos de óleo e gasolina, para não falar da poluição sonora. São os pescadores que durante anos dizimaram toda a vida marinha ali existente e que no fundo obrigaram à criação do Parque Marinho. São aqueles que têm interesses turísticos na zona e que se movem apenas pelo seu próprio lucro, e são alguns políticos menos escrupulosos, ou até mesmo, porque não dizê-lo, pouco inteligentes, que reclamam sem saber do quê e para quê.
O Parque Marinho Luiz Saldanha foi uma criação magnífica, espero sinceramente que não hajam cedências nenhumas, reforço NENHUMAS, porque o que está em causa é a Natureza, é a Biodiversidade, é, no fundo, a herança que podemos e devemos deixar às gerações vindouras.
Em jeito de desabafo, deixo aqui a minha convicção que, muito provavelmente, se pegarem nos manifestantes que andaram a fazer tristes figuras na Arrábida e os levassem a visitar o Arquipélago Fernando de Noronha, todos eles viriam de lá maravilhados e reclamando que no País deles ninguém se preocupa em preservar a  Natureza. Vai uma apostinha ?

p.s.
Em complemento recomendo a visualização do vídeo que coloquei na barra esquerda do blogue (já aqui ao lado).

19 de agosto de 2010

Portugal de Luto.

E nem é de estranhar que isso venha a acontecer, porque as pessoas estão fartas desta Injusta Justiça que temos.
É esta a triste realidade dum País onde os Governos Desgovernam, onde se fazem Riquezas pela acumulação de Dívidas, onde os Juízes não têm Juízo e onde o Procurador procura mas não (se) Encontra.
Temos, portanto, um País às avessas, e assim sendo, não é de estranhar que, mais dia menos dia, o Povo inverta a Linha de Comando e entenda começar a Governar às Avessas, debaixo para cima, e pelas próprias mãos.
Assim se vive, nesta Desportugalização constante. 

16 de agosto de 2010

C'est en Septembre

Começo muitas vezes o dia com a minha voltinha matinal pelos blogues. E nessas voltinhas têm sido tantas as boas sensações que a minha querida ex-professora, autora do blogue Banalidades, me proporciona, com os seus belos poemas, com a sua sensibilidade, que hoje decidi deixar-lhe aqui, pequena mas sentida dedicatória, tendo por tema "Setembro" e as suas belas manhãs, como ela tão bem retratou no seu ultimo post.
Espero que goste.

15 de agosto de 2010

Relva sempre verdinha na Luz.

Este ano uma coisa é certa, a relva do meu Estádio da Luz vai estar sempre um miminho !
Também, com uma carrada de estrume Espanhol no valor de 8,5 milhões € não se pode esperar outra coisa.



Bolas !!! que eu já tenho um pó ao tosco do Espanhol que nem o posso ver.

P.S.
Olha lá ó Jesus, estás à espera do quê para mandar esse gajo para a bancada pá ?
Toca lá a abrir a pestana a tempo, senão ...

9 de agosto de 2010

Incêndios resultam (também) de incorrecta florestação.

Os anos passam, os incêndios continuam e a nossa floresta morre, a uma velocidade preocupante.
Aumentaram as equipas de vigia florestal, gastaram-se milhares e milhares de Euros em mais meios de combate aos incêndios, melhorou-se a formação dos nossos valorosos bombeiros, mas tudo isso se revela insuficiente e incapaz de inverter o rumo catastrófico a que assistimos.
E tudo se irá repetir, ano após ano, enquanto se tentar combater o problema a jusante, porque a verdadeira chave da solução está a montante, e aí nada se tem feito para solucionar o problema.
E a montante o que é que temos ?
Temos uma incorrecta florestação do nosso território, onde proliferam, cada vez mais, vastas áreas de Pinhal e, acima de tudo, Eucaliptal, que são autênticos fósforos prontos a serem riscados e incendiados.
São os interesses económicos imediatos que ditaram e ditam leis nesta matéria, e enquanto assim for, continuaremos a assistir a este cenário de destruição da nossa floresta.
A verdadeira e natural floresta Portuguesa, aquela que povoava o nosso território antes da intervenção humana desregrada, era constituída essencialmente pelas florestas de Sobro e Azinho, em especial a Sul do território, enquanto a Norte se verificava, para além das zonas florestais de Sobro e Azinho,  vastas zonas de Castanheiros.
Em suma, tínhamos a norte florestas compostas de árvores de folha caduca, enquanto no sul pontificavam as florestas de árvores de folha perene.
Os Pinhais existiam sim, mas eram restritos á zona da península de Setúbal. E os Eucaliptais nem sequer existiam, tendo surgido apenas no Séc.XX para alimentar a industria de produção de pasta de papel.
Com a descaracterização da nossa mancha florestal, potenciaram-se os incêndios bem como outros problemas igualmente preocupantes e muito pouco divulgados, como são o caso do aceleramento do processo de desertificação do nosso território, e ainda a destruição dos aquíferos e também dos lençois freáticos.
Tanto a floresta de Sobro e Azinho, bem como a floresta de Carvalho, são muito mais resistentes ao fogo que as zonas de Pinhal e Eucaliptal que, para além disso, se revelam verdadeiros sorvedouros de água.
Já ia sendo tempo para que, quem de direito, tomasse as medidas necessárias no sentido de travar este processo de auto-destruição da nossa floresta.
Até lá, resta-nos chorar a destruição da nossa floresta, e o desmesurado dispêndio de meios humanos e financeiros no combate aos fogos.

3 de agosto de 2010

Lixo ecológico ... ou talvez não !

O nosso Governo anunciou hoje, com pompa e circunstância, através da Ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, o lançamento da 1ª pedra na construção duma Unidade de Digestão Anaeróbia da Central de Valorização Orgânica em Aviz/Fronteira.
Estas unidades, permitem a produção de energia eléctrica a partir dos resíduos sólidos que todos produzimos.
Assim à primeira vista, uma notícia destas deveria ser motivo de alegria para todos nós, e de felicitação ao Governo pela iniciativa. Mas a verdade é que sob o ponto de vista da emissão de CO2 esta decisão pode, ao invés de ser positiva, vir a ser negativa.
Tudo porque, na ânsia de fazer obra por fazer, e com motivações propagandistas, o nosso Governo comete erros inadmissíveis e com custos, não apenas financeiros, mas também, e acima de tudo, ambientais.
Construir uma unidade destas perto da aldeia de Seda, concelho de Aviz, numa zona mal servida de estradas, e sobretudo longe, muito longe, dos maiores centros populacionais que são os maiores produtores de resíduos sólidos, revela-se um erro crasso, dispendioso e nada amigo do ambiente.
Para fazer chegar a matéria prima, neste caso o lixo (resíduos sólidos) até à unidade da Valnor, vai ser necessário que inúmeros camiões, carregados de lixo, se desloquem dos maiores centros urbanos, que distam centenas de Km's dali. Desta forma, a emissão de CO2 desses mesmos camiões será tremenda, talvez mesmo superior àquela que esse mesmo lixo produziria nos aterros. Isto, claro, para não falar do custo que será necessário suportar para fazer chegar os resíduos sólidos a tão distante destino.
Ser ecológico, caro Engº Sócrates e Dra. Dulce Passarinho, não é apenas cortar fitas de inauguração de unidades de produção energética não poluente, antes, há que planear bem todos os passos que deverão ser dados para que a sustentabilidade seja efectiva.