O mesmo Governo que me pede para apertar o cinto, que me pede que pague mais impostos, que me pede que trabalhe mais anos por menos dinheiro, que me retira regalias sociais na saúde, na educação, na velhice, este mesmo Governo, é aquele que, por incumprimento escandaloso da sua parte, se prepara para levar à falência o melhor e mais amigo do ambiente meio de transporte da minha cidade, o Metro Sul do Tejo, em Almada.
Obra emblemática e essencial para uma cidade que se quer evoluída e sustentável em termos ambientais, e que só foi por diante por força da intervenção do poder local, leia-se Câmara Municipal de Almada, que avançou com verbas do seu orçamento, que deveriam de ter sido cedidas atempadamente pelo Governo Central, para que a mesma fosse concluída e colocada ao serviço da população, corre agora o sério risco de vir a cair na falência.
Deve o Estado à MTS cerca de 7 Milhões de Euros, pondo com isso em risco um investimento avultadíssimo e que se tem revelado um sucesso e uma enorme melhoria na qualidade de vida duma das cidades mais populosas do país.
Talvez, digo eu, se esse mesmo Estado fosse mais poupadinho, e não tivesse gasto 10 Milhões de Euros nos festejos do Centenário da Republica, não estivássemos agora a correr o risco de ver o Metro Sul do Tejo ser encerrado.
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