15 de setembro de 2009

Trajecto de vida


Sou um filho de Almada
Com passagem por Milfontes
Santiago minha amada
Galveias nos horizontes

Por onde quer que passei
Acabei por me encantar
Mas mais encantado fiquei
Por todas as terras amar

Almada é coração
Milfontes foi loucura
Santiago a razão
Galveias é frescura

Não gosto de Lisboa
Chego mesmo a odiar
A sua paisagem só é boa
Se de Cacilhas a mirar

E de Lisboa nem falo mais
Tenho de lá ir obrigado
São sete colinas fatais
Reza a sina e canta o Fado

Em Almada fui menino
Fiz da rua o meu recreio
Tinha Milfontes como destino
Quando a mocidade veio

De Milfontes ficam os verões
De Santiago as amizades
Foram fortes sensações
Batem-me ás vezes as saudades

No auge da juventude
Regressei a Almada
Vim viver na plenitude
A minha terra amada

Almada meu amor
Terra da minha paixão
Amo-te com muito fervor
Trago-te no coração

5 comentários:

  1. Vila nova que é Milfontes,
    Almada nova Lisboa,
    Galveias longe de montes,
    e Santiago junto à lagoa.

    (há muitos anos que não fazia isto, Eduardo peço desculpa pela ousadia)

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  2. Boa Paulo !
    ás vezes dá-me para isto das quadras. É a costela (que são todas) Alentejana a falar mais alto.
    Estas tinha para aqui guardadas e hoje lembrei-me de as pôr aqui.

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  3. Anónimo15/9/09

    Bem!... eu já sabia que o Eduardo era poeta, mas assim... enfim, um homem cheio de virtudes, sorte a da sua família! :)) Fossem todos assim!
    Mas uma coisa lhe digo, as colinas são fatais, concordo, mas o fado é de fugir!... :))
    Milfontes é a verdadeira maravilha... que saudades do meu tempo de motard! :((

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  4. Fada,
    obrigado pelos elogios.
    Sou muito mauzinho com Lisboa, não é ?
    Apesar de ser um apaixonado pelo (bom) fado.
    Ah Milfontes ! vivi lá nos (loucos) anos 80 e aquilo foi uma boa "escola".
    São de lá todas as minhas origens familiares.
    Ex-motard ? que é lá isso ? uma vez motard, sempre motard !

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  5. Anónimo15/9/09

    Deixei de ser motard infelizmente, devido a um acidente bastante complicado... nem é bom falar.
    Quanto aos 8o e 90, foram os melhores anos para se viver! Maravilha! :))
    Eu vi logo, que vinha de boa casta alentejana! :)
    Não é só o vinho... as pessoas também!

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