Celebra-se hoje, a Proclamação da República Portuguesa, data a todos títulos assinalável na nossa história, que marcou o fim duma monarquia decadente e com total incapacidade governativa, e onde foram dados os primeiros passos para que se alcançasse um regime democrático (mau grado os 40 anos de ditadura Salazarista que estavam para vir).
De entre as figuras proeminentes na origem do movimento Republicano, gostaria de destacar José Félix Henriques Nogueira, que nas suas primeiras teses Republicanas defendia o Iberismo.
A ideia de unificação de Portugal e Espanha, conhecida como Iberismo, teve o seu inicio ainda no Século XVIII, através do revolucionário Espanhol José Marchena.
Foi no entanto durante o Séc. XIX que os movimentos Republicanos nos dois Países mais aprofundaram e defenderam o Iberismo.
Em Portugal foi José Félix Henriques Nogueira o maior defensor de tal movimento, que foi perdendo força à medida que as teses de Teófilo Braga ganhavam corpo e se adequavam mais às vontades dos Republicanos da altura.
Hoje, dia 5 de Outubro de 2009, pergunto-me se não deveríamos, em vez de comemorar a Proclamação da República Portuguesa, de chorar a Não Proclamação do Iberismo ?
É que, caso o Iberismo tivesse vingado, seríamos hoje cidadãos do 5º maior País da UE, teríamos hoje um País com uma situação única no plano geoestratégico em termos Mundiais, com uma capacidade também ela única ao nível de sectores essenciais como são a Agricultura e as Pescas. Um País Ibérico teria uma capacidade única em termos Mundiais, de penetração e de influência política em zonas importantes do Globo como são África (pelas ex-colónias Portuguesas) e na América do Sul, onde a juntar ao Brasil teríamos todos os restantes países de língua Espanhola.
Bem sei que todo o rumo histórico dos dois Países tornou, e continuaria a tornar, impossível o Iberismo, mas a verdade é que sob o ponto de vista da estratégia política Europeia, e até Mundial, esse teria sido um caminho francamente mais favorável às duas Nações.
E se calhar melhorava a auto-estima deste povo lusitano. Dê uma saltinha ao Foguetório, para ver como anda a nossa auto-estima em comparação com a de "nuestros hermanos".
ResponderEliminarOlá Manuela.
ResponderEliminarÉ preocupante de facto, mas é apenas o resultado lógico de uma série de factores que contribuem para este "estado de alma".
Aliás, para quem me conheça bem, ler aquilo que aqui escrevi nest post, é revelador do que, no meu caso, me vai na alma.
Penso que a solução já não passa pelo "iberismo"; aliás, neste momento não me parece sequer que fosse solução pois Espanha está tão mal como nós.
ResponderEliminarTê-lo-ia sido se as circunstâncias da História assim o tivesssem proporcionado.
Neste momento, digo eu, resta lutar aqui para que o futuro aconteça e ainda que em Bruxelas os timoratos dêem lugar a homens com verdadeiro visão de Estado que consigam galvanizar os europeus para um projecto federal.
Ó Eduardo, a ideia é muita boa, mas pelas caras que vi, quando perguntei aos meus primos espanhóis, se gostariam dessa união, ficaram a olhar para mim, como bois para palácios!...
ResponderEliminarVão lá querer agora, herdar semelhante pântano...
Era ter degolado o D. Afonso Henriques, quando atraiçoou a mãe! É que ainda hoje, estamos a pagar, esse acto nojento de sua excelência... nada a fazer... mas era bom, da forma que põe as coisas, realmente! :))
Olá Eduardo, tudo bem?
ResponderEliminarLi seu artigo e gostei muito, apesar de não avalair todos os aspectos. Entrei através de pesquisas na net, mas gostaria de saber qual seu contato para eu enviar um e-mail sobre assuntos de Geopolítica o Geografia Física. Sou Editora Chefe da Revista Cnhecimento Pratico Geografia - SP.
Meu e-mail neia@criativo.art.br . Por favor me envie seus contatos.
abraços