31 de dezembro de 2011

Para 2012 ...

Peço, tão somente, que a beleza da letra desta canção se torne na mais profunda das realidades da vida, não só a nível nacional, mas a nível mundial.



Bem hajam todos vós.

Abraço.

27 de dezembro de 2011

Sobreiro, símbolo nacional.

Agora, para além da bandeira nacional e do hino nacional, também o (magnífico) sobreiro passa a ser um dos símbolos nacionais (ver aqui).
Iniciativa acertada esta, mas que de nada valerá se a mesma se ficar apenas pelo "show-off" e pelos logótipos que irão criar para assinalar esta iniciativa.
Sobreiro como símbolo nacional, sim, mas com iniciativas e criação/aplicação de (mais) legislação que permita não só a sua preservação, mas acima de tudo, a sua expansão.
Tal como no passado já aqui referi, o sobreiro é uma mais valia nacional que, devidamente protegido e explorado, nos tem para oferecer sustentabilidade ecológica e financeira.

Não será, com certeza, com esta morosidade na justiça e com a mesma a fazer vista grossa aos poderosos que delapidam o, agora símbolo nacional, sobreiro, que este se tornará no verdadeiro "ouro" nacional a que parece destinado.

23 de dezembro de 2011

Carta ao Pai Natal.

Querido Pai Natal, se a memória não me atraiçoa, a última vez que te enviei uma cartinha foi já há 35 anos atrás (depois do Mário Soares assumir a Governação deixei de acreditar em ti ... desculpa !).
Mas este ano o desespero é tão grande que não vejo outra solução que não seja recorrer aos teus serviços (e contactos) para me ajudares a passar melhor a quadra Natalícia e a encarar o ano de 2012 com alguma coragem.

Como deves compreender, 35 anos sem te pedir nada, fazem com que os meus pedidos deste ano sejam, digamos assim, grandotes.
Espero que entendas a minha situação e que correspondas ás expectativas que deposito na tua pessoa.

Vamos lá então :

Querido Pai Natal, peço-te que tenhas paciência, muita, mas mesmo muita paciência, e que expliques o seguinte aos nossos Governantes.

1) A dívida Portuguesa deverá ser renegociada, quer no tempo, bem como nas taxas de juro aplicadas.

2) Não deveremos privatizar o sector empresarial do Estado, porque com isso estaremos a hipotecar o futuro do País, e aí sim, o pagamento da dívida é pouco mais que uma miragem.

3) Explica aos nossos governantes, que as relações históricas que Portugal tem com África, Brasil, China e Índia (todas elas economias emergentes) deverão, agora mais que nunca, servir para cativar investimentos (nos dois sentidos) que permitirão a revitalização da economia Portuguesa.

4) Sendo Portugal o País da UE com melhores relações com estas economias emergentes, a nossa postura na UE deve ser de "peito aberto" e nunca de "parente pobre" aceitando que nos diminuam e nos ridicularizem nas negociações. No futuro, a necessidade da UE em negociar com estas economias será cada vez maior, e Portugal deverá assumir o papel principal nas relações da UE com estes países.

5) A posição geo-estratégica de excelência que Portugal detém em termos Europeus (somos a porta de entrada de mais de 80% dos produtos que chegam ou saem da Europa por tráfego marítimo), deverá ser aproveitada ao máximo, através da construção de grandes plataformas nos Portos de Sines e de Aveiro, o que nos daria, assim, um verdadeiro monopólio neste negócio de muitos e muitos milhões.

6) A criação destas infra-estrutras, e a sua mais que certa rentabilização, poderiam ser usadas precisamente como "moeda de troca" no abatimento da nossa dívida, através da assinatura de protocolos (que favoreçam Portugal, e não que o prejudiquem como até aqui) que possbilitassem "descontos" aos países da UE que delas usufruíssem e com esses "descontos" a resultarem em abatimento da nossa dívida.

7) A revitalização do nosso sector das pescas é uma necessidade premente e inadiável. Somos o País da UE com maior frente marítima e consequentemente teremos de assumir, de vez, o papel de maiores fornecedores de peixe à UE.

8) A nossa Agricultura deverá ser repensada e revitalizada. Não temos território que nos permita produzir em quantidade, mas temos um clima e terrenos que nos permitem produzir com grande qualidade. Os mercados hoje em dia absorvem dois tipos de produtos.
O produto normalizado produzido em grande quantidade e a preços baixos, e o produto de grande qualidade (dito Gourmet) produzido em pouca quantidade e a preços elevados. É precisamente neste segundo tipo de produtos que Portugal pode e deve investir.
Exemplos ?
Cereja do Fundão; Maçãs e Pêras do Oeste; Laranjas Algarvias; Vinho de Norte a Sul do Pais; Espargos, Cogumelos e Trufas dos nossos Montados de Sobro; Mel; etc. etc. etc.

Bom, querido Pai Natal, tinha muito mais coisas para te pedir, mas por esta altura acredito que, das duas uma, ou já te deixaste dormir a ler este minha carta, ou estás aflito a pensar que não vais ser capaz de cumprir a preceito as tarefas que aqui te encomendo.
Se for esse o caso, deixo-te aqui uma dica :

- Destitui o Governo, e entrega-o a uma "rapaziada" que tem sede partidária ali na Soeiro Pereira Gomes. Vais ver que nunca mais te escrevo !

21 de dezembro de 2011

Regresso ... triste regresso.

Eu bem que queria regressar com outro ânimo, com outra disposição, mas a verdade é que a cada dia que passa a busca por esses estados de espírito torna-se, irremediavelmente, numa guerra perdida.
Confesso, que nem nos piores cenários que por ventura tenha traçado no passado, quando ficou claro que o PSD de Passos Coelho e o CDS de Paulo Portas iriam ganhar as eleições, eu alguma vez supus que pudéssemos ser confrontados com aquilo a que hoje estamos sujeitos.
Há uma sensação tão grande de desgosto, de desesperança, de desespero, que nos leva a temer que, ao acordar, no dia seguinte, novas medidas surjam no nosso quotidiano e que nos reduzam ainda mais a ténue esperança de que as maldades, as atrocidades, o ataque cego e maléfico deste Governo tenham, finalmente, cessado.

É impressionante e, infelizmente histórico, aquilo que se passa actualmente em Portugal e que, chamo a particular atenção de todos vós, não está a acontecer em  mais nenhum país da UE, nem sequer na Grécia (informem-se bem e verão que somos os únicos a sofrerem tão violentos ataques por parte do Governo). Falo, obviamente, das políticas de austeridade que surgem diariamente e em catadupa e que nos empurram a passos largos para uma existência em tudo semelhante àquela que alguns povos experimentaram aquando da Revolução Industrial, onde as pessoas trabalhavam entre 12 a 18 horas por dia e recebiam por isso uma fatia de broa e uma malga de vinho. É para aí que caminhamos, não tenham disso dúvida alguma, e quanto mais tarde acordarem para essa realidade, mais complicado é tentar inverter este rumo.
E o que mais me impressiona, é precisamente o estado letárgico em que os Portugueses parecem ter mergulhado, permitindo que tudo isto aconteça sem esboçarem qualquer tipo de reacção verdadeiramente activa, verdadeiramente audaz, arrojada e capaz de meter em sentido quem nos dizima enquanto povo, enquanto seres humanos, a cada dia que passa.

Hoje, chegámos ao cúmulo de ver um membro do PSD, o Dr. Paulo Rangel, sugerir a criação duma Agência nacional para quem queira emigrar.
Sabem qual foi a primeira imagem que me veio à cabeça quando li a entrevista a este energúmeno ?
Os comboios carregados de Judeus, empilhados uns em cima dos outros, que os levavam para Auschwitz.
Assim querem estes Srs. fazer connosco. Criar aí uma Agência (que dará tacho a mais uns quantos amigos) que frete uns comboios que sairão de Santa Apolónia ou da Campanhã carregados de miseráveis Portugueses, que levarão consigo apenas a roupa que têm no corpo e dispostos a aceitar qualquer malga de vinho e um naco de broa que lhes engane a fome.

Meus caros, estamos perante uma situação limite, estamos na iminência de fazer história pela negativa, tornando-nos na primeira nação que desaparecerá do mapa enquanto tal.

Em Democracia, podemos e devemos lutar pelos nossos direitos sempre dentro dos limites que essa mesma Democracia estabelece.
Uma vez fora dela, como é o caso actual, toda e qualquer forma de luta é aceitável e bem vinda.

E mais não digo ...

11 de dezembro de 2011

Pausa.


Se é verdade que o que não falta são motivos para escrever posts atrás de posts, não é menos verdade que estou a atravessar uma fase em que me falta a vontade e a pachorra para escrever.
Cansaço ?
Talvez, não sei. Em mais de 2 anos de Blogue a verdade é que nunca tal me havia acontecido.
Se calhar está na hora de fazer uma pausa, para carregar baterias.
Não querendo simplesmente parar sem dar cavaco àqueles que habitualmente me seguem, deixo aqui este meu ... desabafo, digamos assim, esperando que entendam esta minha paragem.

O mais certo, é que muito rapidamente surja um assunto que de imediato me devolva as ganas de vir aqui a correr, escrever e dizer de minha justiça.
Mas até lá, olha ... peço desculpa, mas vou recolher-me um bocadinho. Mais vale regressar cheio de força do que andar aqui a escrever por obrigação e sem daí retirar o prazer que isto me dá, e sem conseguir fazer passar as mensagens que gosto passar.

Até já !

7 de dezembro de 2011

Pensamentos.

Orgulho. Eis um sentimento que evito a todo o custo e que me causa grande repulsa, o que me deixa, uma vez mais, em verdadeiro contra-ciclo com a sociedade actual e o seu modo de viver, o seu modo de estar.
Se alguém fez algo que lhe trouxe algum reconhecimento, lá surge, alto e bom som, a famosa frase “orgulho-me muito de ter feito isso”.
Se o filho entrou para Medicina, lá está, “tenho muito orgulho no meu filho”.
Se o seu clube de coração ganhou o campeonato, lá vem, “tenho muito orgulho em ser do …”.

A simples necessidade das pessoas manifestarem o seu orgulho a terceiros é, só por si, o sinal mais claro e evidente de que há ali uma grande e desmesurada dose de vaidade, uma grande e desmesurada necessidade de afirmação pessoal e social e de superiorização em relação aos demais.
O orgulho é, por isso, a mais básica forma de demonstração de vaidade, de inveja e tentativa de superiorização sobre o seu igual, e isso é, a meu ver, uma das características mais negativas que podemos ver no ser humano.
Vivemos hoje numa sociedade de vaidades, numa sociedade de imagem, numa sociedade onde o “parecer que” vale mais que o “ser”, quando o objectivo principal devia ser o da satisfação, da alegria e da vontade de progredir e fazer progredir, movidos por aquilo que efectivamente somos, e não por aquilo que gostaríamos que os outros pensassem ou imaginassem que somos.

Se alguém fez um trabalho que lhe trouxe reconhecimento, o seu primeiro sentimento deveria ser o da satisfação e da realização pessoal por tal feito, e nunca a necessidade de correr a gritar ao mundo “olhem para mim, foi eu que fiz isto. Tenho muito orgulho nisso”.
Se o filho se tornou Médico, ou um génio da Ciência, ou seja lá o que for que lhe traga conforto e qualidade de vida, a alegria dos pais deveria ser o sentimento dominante, deveriam sentir a satisfação plena do dever cumprido. Mas não, a primeira coisa a fazer é pedir ao filhinho o diploma de curso para emoldurar e colocar no hall de entrada para que todos os que lá vão a casa sejam imediatamente bombardeados com o orgulho daqueles pais.

É triste que uma sociedade inteira troque os mais nobres e reconfortantes sentimentos, como a alegria, a satisfação, a realização pessoal, no fundo o prazer de viver, pela necessidade exacerbada e extrema de se mostrarem, de se evidenciarem, de se superiorizarem aos demais.
E talvez isto, esta pequena curiosidade linguística a que aqui me refiro e que esconde por detrás de si mesma toda uma cadeia de sentimentos e de formas de ser e de estar, ajude a explicar o porquê de termos chegado ao triste estado de fraco desenvolvimento cívico, social e humano a que chegámos.

6 de dezembro de 2011

Itália, a antítese Lusa.

No actual panorama político Europeu, ficou ontem bem claro que a realidade Italiana é uma verdadeira antítese da realidade Portuguesa.

Enquanto eles têm uma Minstra das Finanças que chora,



nós temos um Ministro das Finanças que nos faz chorar.

4 de dezembro de 2011

Vaselina em queda.

Ao que parece, e de acordo com a notícia de hoje do CM, o lema do Parque de Diversões Opczono na Polónia passou a ser

"No parque de diversões escorrega melhor"


Segundo fonte fidedigna, parece que a notícia está a gerar um profundo mau estar junto dos produtores de Vaselina, que vêem assim as suas vendas bastante afectadas.

1 de dezembro de 2011

Dose dupla.

Joe Bonamassa, o menino prodígio da guitarra que aos oito anos de idade já chamava a si a atenção do "Pai" dos Blues actuais, B.B. King, cresceu e tornou-se em muito mais que uma esperança, sendo hoje uma certeza do panorama musical dos Blues.
Com uma carreira construida de forma sustentada, Bonamassa é hoje um dos nomes mais importantes da nova geração dos Blues.
Apaixonado que sou pelo Blues, hoje deixo-vos aqui, em dose dupla, o som e o estilo (já) inconfundivel de Bonamassa. Num primeiro vídeo (muito bem conseguido, diga-se) interpretando um tema seu "Stop", e no segundo vídeo (uma autêntica prova de fogo à sua capacidade musical), num duo com o meu músico preferido, Mr. Eric (Slow Hands) Clapton, tocando o antiguinho "Further on up the road".