Com a crise como pano de fundo, têm-se multiplicado os estudos que visam compreender as razões que colocam Portugal cada vez mais na cauda da UE, em termos de competitividade.
Muitos desses estudos, identificaram a falta de qualificações académicas dos trabalhadores, como sendo um dos maiores motivadores da falta de competitividade Portuguesa.
Mas então, o que dizer do estudo efectuado por por Renato Carmo, investigador do ISCTE, em relação às habilitações literárias dos nossos empresários ?
Os números apurados por este investigador mostram que, quase 23% dos nossos empresários tem apenas a 1ª classe e que mais de 20% tem apenas o 9º ano.
Se calhar estava na hora do nosso Governo criar um programa "Novas Oportunidades para Empresários", não ?
Embora eles se possam escrever nas Novas Oportunidades para o 9º e 12º anos, penso que cursos específicos faziam todo o sentido. Mas na ciência de driblar o fisco têm o doutoramento, embora agora andem à rasca com o Processo de Bolonha, isto é, uma administração fiscal mais competente.
ResponderEliminarEduardo, tenho muitas dúvidas que isso resolva alguma coisa; a menos que seja um programa a sério e não destinado a alimentar estatísticas.
ResponderEliminarNão lhes dês ideias...
Eduardo
ResponderEliminarLamento dizer, mas concordo com o Paulo. Daquilo que me apercebi, o "nível" de formação das Novas Oportunidades deixou muito a desejar... mas se fosse a sério..., como diz o Paulo, aí talvez valesse a pena.
Era de uma escola destas que precisávamos... desculpe deixar aqui o mesmo comentário que deixei no fio de prumo, mas não me ia repetir. :))
ResponderEliminarEssa medida de acabar com o ensino técnico, foi a pior após o 25 de Abril... é que nem todos nascem para serem doutores. A especulação realmente torna-se terrível. Um trabalho qualificado desses, mesmo pago e muito bem pago, é muito difícil de arranjar, aqui por estas bandas.
Quanto ao todos quererem ser doutores, não concordo. Ainda me lembro, de entrar com 10 anos para a Escola Técnica Industrial e Comercial de Famalicão, um colosso em condições neste tipo de ensino. Oficinas grandiosas, museu da escola, no campo da educação física, desde ténis até á ginástica e esgrima, premiavam os alunos melhores em cada área, quando se deu o 25 de Abril. No ano seguinte estava enfiada num pré fabricado, com disciplinas que nem sequer me encorajavam a estudar. Como eu, mais 1500 alunos, já na altura!
Hoje essa escola técnica é um liceu como todos os outros, ficaram apenas as grandiosas infraestruturas, tendo estado fechada muitos anos, por simbolizar o Estado Novo. Sempre gostei de trabalhar com máquinas e nunca mais tive hipótese de ter uma instrução qualificada, nesse sentido, não tinha onde. As irmãs nem sequer notaram, pois escolheram o ensino superior.
Mas digo-lhe que sofri muito. Não me adaptava a este tipo de ensino e muito menos condições.
Meu caro, daí que insista muito que na maior parte dos casos não temos empresários mas sim patrões! E à moda antiga ...
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